Sozinha na floresta
Por Bernardo Mello Franco/Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - Ao reaparecer na segunda-feira após um sumiço de 45
dias, Marina Silva usou uma metáfora amazônica para descrever a fase de
seu projeto político. "Este não é o momento da cheia. É o momento da
vazante", disse, referindo-se à época em que os rios perdem volume e
ficam com as margens expostas.
Três meses depois da derrota na eleição presidencial, Marina amarga uma
temporada de seca. Os dois coordenadores da campanha de 2014, Walter
Feldman e Luiza Erundina, abandonaram o barco. A ex-senadora ficou
sozinha na floresta com os escudeiros que a acompanham desde que assumiu
o Ministério do Meio Ambiente, há 12 anos.
Marina quer registrar a Rede Sustentabilidade em março. O partido
nascerá nanico: segundo dirigentes, deve atrair até cinco deputados
federais, menos de 1% dos 513. Sem mandato, a ex-senadora será
representada pela 18ª bancada da Câmara, ao lado de PSOL e PHS. É muito
pouco para influenciar votações e pressionar o governo Dilma.
No Congresso, o embate com o Planalto tende a ser liderado por Aécio
Neves. Ele terá a tribuna do Senado, a infantaria do PSDB e a força dos
51 milhões de votos no segundo turno, quando Marina o apoiou.
Diante deste quadro, alguns aliados entendem que a acriana deveria fazer
um recuo estratégico e disputar a Prefeitura do Rio ou a de São Paulo
no ano que vem. Ela desautoriza as conversas, indicando que seu projeto é
nacional e mira 2018.
A sobrevivência da terceira via marineira dependerá de fatores ainda
imponderáveis, como os danos que a Operação Lava Jato causará aos
grandes partidos e a decisão do ex-presidente Lula de entrar ou não em
uma nova disputa presidencial.
Em público, a ex-senadora desconversa sobre a hipótese de disputar o
Planalto pela terceira vez seguida. "Não consigo ficar na cadeira cativa
de candidata. Meu objetivo de vida não é ser presidente do Brasil",
disse, na segunda-feira.
Bebê que sobreviveu a acidente com ônibus que matou 11 está em abrigo
Familiares da criança já entraram em contato com o Conselho Tutelar. Onze vítimas do acidente em MT foram identificadas; veja a lista de nomes.
Pollyana Araújo
Do G1 MT
Um bebê que aparenta ter cerca de seis meses de idade encontra-se em um abrigo de Primavera do Leste,
a 239 km de Cuiabá, após sobreviver ao acidente com um ônibus que
deixou 11 mortos, nesta quinta-feira (29). Nenhum documento de
identificação dele foi encontrado e a suspeita é de que os familiares
dele, com quem estava no veículo, estejam entre as vítimas fatais da
tragédia, ocorrida na BR-070, em General Carneiro, a 449 km da capital.
Além dela, outras quatro crianças foram encaminhadas para o Lar da Criança, em Primavera do Leste, depois de terem perdido os pais ou familiares com quem elas estavam no veículo. No entanto, todas elas foram retiradas do abrigo por familiares na noite desta quinta-feira. O acidente ocorreu por volta de 4h da madrugada de ontem.
Segundo a conselheira, as crianças com idades entre 3 a 6 anos, sem contar o bebê, não souberam relatar ao certo com quem estavam e onde moravam. No entanto, os familiares entraram em contato com o Conselho Tutelar e resgataram as crianças.
O acidente
As vítimas estavam em um ônibus da empresa Satélite Norte, que saiu de Imperatriz (MA) com destino a Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá. No veículo, havia 42 passageiros, além do motorista. O condutor teria supostamente cochilado ao volante e, em uma curva, conhecida como 'Curva do Índio', saiu da pista, seguindo em linha reta, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ao tentar voltar para a pista, o veículo tombou. Algumas vítimas foram arremessadas para fora do veículo e outras ficaram debaixo do ônibus.
Dos 26 feridos no acidente, 20 precisaram ficar internados. No entanto, apenas um foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Primavera do Leste, para onde outros cinco feridos também foram levados. Outros estão internados em hospitais de Barra do Garças, Rondonópolis e no Pronto Atendimento de Primavera do Leste.
Identificação
Os 11 mortos no acidente já foram identificados. Após o acidente, os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Primavera do Leste, onde devem ser liberados para as respectivas famílias. Entre as vítimas estão duas crianças, um adolescente de 12 anos e uma menina de nove anos.
Confira os nomes das vítimas que morreram no acidente e as respectivas idades:
Jandrea Sousa de Oliveira - 44 anos
Fernanda Oliveira Elli - 9 anos
Maurício P. da Silva - 30 anos
Antônio Souza - 24 anos
Marizete Souza S. Caetano - idade não informada
Divina Malha B. Cardoso - 50 anos
Valdeci Oliveira Sousa - 47 anos
Luzia Duarte da Silva - 44 anos
Agnaldo P. Siqueira Júnior - 12 anos
Maria Pereira de Siqueira - 44 anos
Gislaine Ribeiro de Britto - 17 anos
Deputados tomarão posse e elegerão nova Mesa Diretora neste domingo
A posse dos candidatos eleitos para ocupar as 42 cadeiras da
Assembleia Legislativa do Maranhão, ocorre neste domingo, dia 1º de
fevereiro, às 9h30, em sessão preparatória no Plenário Nagib Haickel. O
deputado Rigo Teles (PV) – o mais antigo na Casa e com maior número de
mandatos, proclamará o nome dos eleitos e diplomados e, em seguida, será
tomado o compromisso solene dos empossados.
De pé, todos os presentes, o Presidente proferirá o seguinte compromisso: “Prometo
manter, defender e cumprir a Constituição do Brasil e a Constituição do
Estado; observar as Leis, desempenhando com lealdade, dedicação e ética
o mandato que me foi confiado pelo povo do Maranhão”. Feita a chamada nominal, cada deputado, de pé, ratificará o compromisso, com estas palavras: “Assim o prometo”.
Plenário da Assembleia Legislativa
Neste
mesmo domingo (dia 1º), às 11h30, será realizada a sessão preparatória
para a eleição da nova composição da Mesa Diretora da Casa, atualmente
presidida pelo deputado Arnaldo Melo (PMDB). As duas sessões serão
presididas pelo deputado Rigo Teles (PV), decano da Assembleia
Legislativa, com seis mandados consecutivos.
ABERTURA DOS TRABALHOS
A
abertura dos trabalhos legislativos ocorre no dia 2 de fevereiro
(segunda-feira), em sessão solene no Plenário Nagib Haickel, marcada
para as 16 horas. Antes, às 15h30, haverá a cerimônia de praxe de
hasteamento das bandeiras e desfile de tropa.
A sessão solene será
iniciada com execução do Hino Nacional, seguida do pronunciamento do
governador do Estado (leitura da mensagem governamental). Em seguida,
será proferido o discurso do novo presidente da Assembleia Legislativa
e, no encerramento da sessão, haverá a execução do Hino Maranhense.
DEPUTADOS ELEITOS E DIPLOMADOS
Eleitos
nas urnas de 5 de outubro de 2014, os 42 deputados estaduais do
Maranhão foram diplomados, em 19 de dezembro do ano passado, em
solenidade realizada em São Luís, pelo Tribunal Regional Eleitoral
(TRE-MA). São estes os parlamentares que serão empossados no próximo dia
1º de fevereiro:
– Pela coligação Pra Frente Maranhão 2 (PMDB, DEM, PTB, PV, PT do B, PSC, PRTB e PR – 16 diplomados):
Josimar Cunha Rodrigues, Andréa Trovão Murad Barros, Antonio Pereira
Filho, Roberto Costa Santos, Edilázio Gomes da Silva Júnior, Nina Ceres
Couto de Melo, Leo Túlio de Sousa Cunha, Max Pereira Barros, José
Adriano Cordeiro Sarney, Stênio dos Santos Rezende, Rigo Alberto Teles
de Sousa, Rogério Rodrigues Lima, César Henrique Santos Pires, Marcus
Vinícius de Oliveira Pereira, Fábio Henrique Ramos Braga e Hemetério
Weba Filho.
– Pela coligação Todos Pelo Maranhão 4 (PSB, PDT, Pc do B, PSDB – 9 diplomados):
Humberto Ivar Araújo Coutinho, Ubirajara do Pindaré Almeida Sousa, José
Arimatéa Lima Neto Evangelista, Fábio Henrique Dias de Macedo, Raimundo
Soares Cutrim, Valéria Maria Santos Macedo, Marco Aurélio da Silva
Azevedo, Sérgio Barbosa Frota e Othelino Nova Alves Neto.
– Pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB – 3 diplomados): Glalbert Nascimento Cutrim, Ana de Nazaré Pereira Silva Macedo Mendonça e Jesuíno Cordeiro Mendes Junior.
– Pela coligação Força Jovem (PRP, PSDC e PTN – 3 diplomados): Francisco de Sousa Dias Neto, Alexandre Vicente de Paula Almeida e Paulo Roberto Almeida Neto.
– Pela coligação Vamos Juntos Maranhão (PEN, PMN, PHS e PSD – 3 diplomados): Eduardo Salim Braide, José Carlos Nobre Monteiro e Ricardo Tadeu Ribeiro Pearce.
– Pela coligação Mudança Para Um Novo Maranhão (PP, PROS, SD e PPS – 3 diplomados): Carlos Wellington de Castro Bezerra, Levi Pontes de Aguiar e Roberto Campos Filho.
– Pelo Partido Social Liberal (PSL – 2 diplomados): Edson Cunha de Araújo e Maria da Graça Fonseca Paz.
– Pelo Partido dos Trabalhadores (PT – 2 diplomados): José Inácio Sodré Rodrigues e Francisca Ferreira.
– Pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC – 1 diplomado): Edivaldo de Holanda Braga.
(Com informações da Agência Assembleia)
Desistência de refinaria prometida por Roseana Sarney e Edison Lobão deixa Bacabeira no prejuízo
Localização e falta de infraestrutura foram determinantes para que a Petrobras abandonasse o projeto da Refinaria de Bacabeira. |
Bom Dia Brasil
O Bom Dia Brasil foi para a estrada para mostrar por que a Petrobras decidiu interromper a construção de duas refinarias no Nordeste que estavam previstas no PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. A empresa gastou bilhões de reais para não chegar a lugar nenhum.
As refinarias seriam construídas no Ceará e no Maranhão, bem perto das capitais. A equipe do Bom Dia Brasil percorreu nos dois estados 120 quilômetros. Juntas, elas deveriam produzir 900 mil barris por dia. Um investimento seria no total de R$ 40 bilhões em cada uma. A Petrobras chegou a gastar R$ 2,7 bilhões nas obras que já foram feitas até agora.
As refinarias foram anunciadas como projetos estratégicos e defendidas pelo então presidente Lula. Mas, segundo especialistas ouvidos pelo Bom Dia Brasil, o negócio era tão ruim, que a estatal preferiu perder o dinheiro que já tinha sido gasto. O motivo? Era preciso investir muito em infraestrutura e a localização dos projetos não era estratégica.
Não foi só a Petrobras que saiu perdendo. O prejuízo também foi grande para quem mora nas regiões do Maranhão e do Ceará onde as refinarias seriam construídas.
O anúncio da instalação da refinaria da Petrobras em 2010 movimentou a tranquila Bacabeira, a 60 quilômetros de São Luís. “Os empresários que fizeram grandes investimentos contando com uma coisa e a coisa foi outra”, diz o técnico administrativo Henrique Calver.
A promessa era a criação de 25 mil empregos diretos e indiretos. E quando as obras pararam, muita gente que veio de longe atrás de uma vaga ficou de braços cruzados, sem saber o que fazer.
O eletricista Adriano Ribeiro se mudou com a família inteira de Manaus para trabalhar na refinaria. Hoje, todos estão desempregados, vivendo de bicos. “Agora está todo mundo procurando emprego na cidade, muitos estão indo embora e está desse jeito”, conta.
Alguns empresários pretendiam investir alto na região, com a chegada da refinaria. Uma grande rede de hotéis projetou um resort, moderno, com 150 apartamentos, mas, com a paralisação das obras da refinaria, o hotel de seis andares se transformou em uma obra abandonada no meio do mato. Um retrato da decepção de quem esperava lucrar com o crescimento da economia local.
Outros empreendimentos também foram construídos, com a previsão de um comércio mais aquecido. Mas dona Iracilda segue, como antes, na cadeira de balanço, à espera de clientes. “Muita expectativa e na hora não aconteceu nada”, diz.
A maioria dos desiludidos com a promessa de emprego já foi embora, mas os forasteiros ainda são muitos em Bacabeira. Alguns até arrumaram emprego provisório, enquanto alimentavam a esperança de trabalhar na refinaria. “Muita gente veio para tentar realizar a vida aqui. É um sonho e esse sonho nunca vai ser realizado”, diz um morador.
Os portões agora cercam um grande terreno sem qualquer utilidade. Localizada estrategicamente no Complexo Portuário do Pecem, a refinaria era uma das maiores promessas de desenvolvimento para o Ceará.
A comerciante Raimunda Andrade construiu uma pousada e ampliou um restaurante, pensando nos milhares de trabalhadores que viriam para a região. “Imaginei, vou jogar tudo aqui, mas depois vou recuperar tudo e vou ser feliz. E agora eu estou aqui sem saber o que fazer, que direção tomar”, conta.
Algumas perdas são impossíveis de calcular. Por volta de 80 famílias que moravam no terreno da refinaria tiveram as casas desapropriadas e foram distribuídas para assentamentos e vilas. Hoje estão ainda mais inconformadas por terem de ceder espaço para uma refinaria que nem vai sair do papel.
As indústrias do estado também não escondem a frustração. “Eu acho que essa situação que nós estamos vivendo no Ceará, com a desistência da Petrobras em construir esse grande monumento industrial é uma grande decepção”, afirma O presidente da Federação das Indústrias do Ceará, Beto Studart.
O governo do Ceará já disse que vai pedir indenização e que não desistiu da refinaria.“É claro que a própria resolução do balanço da Petrobras diz isso que todos os prejuízos do estado serão ressarcidos, mas não é isso que nós queremos, queremos é que a refinaria venha para o estado do Ceará”, diz o governador do Ceará, Camilo Santana.
A Petrobras informou que os projetos foram encerrados porque os resultados econômicos não demonstraram atratividade. A estatal também declarou que adotará todas as providências necessárias para reavaliar os compromissos assumidos com os governos estaduais e municipais.
No entendimento do Ministério de Minas e Energia, o cancelamento dos projetos está associado ao momento delicado por que passa a Petrobras.
O Bom Dia Brasil foi para a estrada para mostrar por que a Petrobras decidiu interromper a construção de duas refinarias no Nordeste que estavam previstas no PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. A empresa gastou bilhões de reais para não chegar a lugar nenhum.
As refinarias seriam construídas no Ceará e no Maranhão, bem perto das capitais. A equipe do Bom Dia Brasil percorreu nos dois estados 120 quilômetros. Juntas, elas deveriam produzir 900 mil barris por dia. Um investimento seria no total de R$ 40 bilhões em cada uma. A Petrobras chegou a gastar R$ 2,7 bilhões nas obras que já foram feitas até agora.
As refinarias foram anunciadas como projetos estratégicos e defendidas pelo então presidente Lula. Mas, segundo especialistas ouvidos pelo Bom Dia Brasil, o negócio era tão ruim, que a estatal preferiu perder o dinheiro que já tinha sido gasto. O motivo? Era preciso investir muito em infraestrutura e a localização dos projetos não era estratégica.
Não foi só a Petrobras que saiu perdendo. O prejuízo também foi grande para quem mora nas regiões do Maranhão e do Ceará onde as refinarias seriam construídas.
O anúncio da instalação da refinaria da Petrobras em 2010 movimentou a tranquila Bacabeira, a 60 quilômetros de São Luís. “Os empresários que fizeram grandes investimentos contando com uma coisa e a coisa foi outra”, diz o técnico administrativo Henrique Calver.
A promessa era a criação de 25 mil empregos diretos e indiretos. E quando as obras pararam, muita gente que veio de longe atrás de uma vaga ficou de braços cruzados, sem saber o que fazer.
O eletricista Adriano Ribeiro se mudou com a família inteira de Manaus para trabalhar na refinaria. Hoje, todos estão desempregados, vivendo de bicos. “Agora está todo mundo procurando emprego na cidade, muitos estão indo embora e está desse jeito”, conta.
Alguns empresários pretendiam investir alto na região, com a chegada da refinaria. Uma grande rede de hotéis projetou um resort, moderno, com 150 apartamentos, mas, com a paralisação das obras da refinaria, o hotel de seis andares se transformou em uma obra abandonada no meio do mato. Um retrato da decepção de quem esperava lucrar com o crescimento da economia local.
Outros empreendimentos também foram construídos, com a previsão de um comércio mais aquecido. Mas dona Iracilda segue, como antes, na cadeira de balanço, à espera de clientes. “Muita expectativa e na hora não aconteceu nada”, diz.
A maioria dos desiludidos com a promessa de emprego já foi embora, mas os forasteiros ainda são muitos em Bacabeira. Alguns até arrumaram emprego provisório, enquanto alimentavam a esperança de trabalhar na refinaria. “Muita gente veio para tentar realizar a vida aqui. É um sonho e esse sonho nunca vai ser realizado”, diz um morador.
Os portões agora cercam um grande terreno sem qualquer utilidade. Localizada estrategicamente no Complexo Portuário do Pecem, a refinaria era uma das maiores promessas de desenvolvimento para o Ceará.
A comerciante Raimunda Andrade construiu uma pousada e ampliou um restaurante, pensando nos milhares de trabalhadores que viriam para a região. “Imaginei, vou jogar tudo aqui, mas depois vou recuperar tudo e vou ser feliz. E agora eu estou aqui sem saber o que fazer, que direção tomar”, conta.
Algumas perdas são impossíveis de calcular. Por volta de 80 famílias que moravam no terreno da refinaria tiveram as casas desapropriadas e foram distribuídas para assentamentos e vilas. Hoje estão ainda mais inconformadas por terem de ceder espaço para uma refinaria que nem vai sair do papel.
As indústrias do estado também não escondem a frustração. “Eu acho que essa situação que nós estamos vivendo no Ceará, com a desistência da Petrobras em construir esse grande monumento industrial é uma grande decepção”, afirma O presidente da Federação das Indústrias do Ceará, Beto Studart.
O governo do Ceará já disse que vai pedir indenização e que não desistiu da refinaria.“É claro que a própria resolução do balanço da Petrobras diz isso que todos os prejuízos do estado serão ressarcidos, mas não é isso que nós queremos, queremos é que a refinaria venha para o estado do Ceará”, diz o governador do Ceará, Camilo Santana.
A Petrobras informou que os projetos foram encerrados porque os resultados econômicos não demonstraram atratividade. A estatal também declarou que adotará todas as providências necessárias para reavaliar os compromissos assumidos com os governos estaduais e municipais.
No entendimento do Ministério de Minas e Energia, o cancelamento dos projetos está associado ao momento delicado por que passa a Petrobras.
Do Marrapá
Motorista de linha é assassinado em Tuntum
Maria Ivan, moradora do Povoado Mucura, presenciou toda a ação dos assaltantes que assassinaram Bacana |
Conforme
relatos preliminares, o suposto assalto que vitimou o motorista de
linha (passageiros) Gílson, conhecido por Bacana, ocorreu nas imediações
da fazenda Alternativa, próximo ao povoado Ipu-Iru, por volta das 5h da
madrugada de hoje. Ele e seus passageiros, a maioria do povoado Baixão
da Santa Rosa, faziam mais uma viagem de rotina com destino a cidade de Tuntum.
Ainda
de acordo com as informações, dois homens pilotando uma motocicleta
pediram parada a Bacana, que prontamente atendeu. Um dos homens teria
subido em seu caminhão F-350, cor vermelha, e anunciado o assalto, para
logo em seguida recolher os pertences dos passageiros. De dentro da
cabina Bacana observava tudo, quando inesperadamente um dos supostos
assaltantes atirou no vidro traseiro do veículo, acertando em cheio a cabeça de
Bacana. Ele teve morte imediata.
Um
dos passageiros, mesmo abalado, conseguiu trazer o caminhão até a
cidade. O corpo de Bacana vai ser transladado hoje para o povoado Baixão
da Santa Rosa, área do sertão, distante da sede cerca de 150
quilômetros.
Blog do Lobão - Tuntum(com edição)
ESPECIAL: A alternativa ao atoleiro não é o abismo
É urgente mobilizar inteligências e forças que assegurem a preservação dos direitos e avanços sociais conquistados nos últimos 12 anos.
Saul Leblon/Carta Maior
A julgar pelo andar da carruagem, há a disposição manifesta de engatar o comboio da nação ao trem descarrilado de uma receita de arrocho, da qual a própria União Europeia tenta agora se livrar, talvez tardiamente.
A tragédia recente em Paris e as eleições gregas deste domingo constituem marcadores históricos desse percurso em direção ao impasse.
No Brasil, o consenso midiático que referenda o abismo como opção ao atoleiro é apenas mais um ingrediente do desatino à solta.
A interdição do debate desempenha aqui o papel de impedir que a sociedade avalie alternativas para construir democraticamente as linhas de passagem de uma inadiável repactuação de seu desenvolvimento.
Não há tempo para ilusões.
Ou se faz isso de forma negociada ou a lógica dos mercados conduzirá o país à recessão selvagem, com todos os seus complementos --dos conhecidos, no plano econômico, aos imponderáveis na esfera institucional.
Romper o interdito midiático é um requisito para o Brasil percorrer essa travessia à bordo da democracia e da justiça social.
Em um planeta açoitado por uma crise de demanda, salpicado de ressurgências fascistas, com o hálito gelado da deflação a soprar o cangote das principais economias ricas, o país - sem dúvida - precisa de ajustes para direcionar seu potencial de crescimento a um futuro feito de mais democracia, igualdade e cidadania.
Subordinado à temerária bússola do arrocho fiscal, porém, com cortes no investimento público, desmonte do pleno emprego e do mercado de massa, as chances de lograr esse desfecho são remotas.
Em todo o mundo sua contrapartida foi o aprofundamento do torniquete fiscal, a fragilização do investimento produtivo e o desmonte dos laços de coesão social.
O atoleiro descrito a seguir pelo prêmio Nobel, Joseph Stiglitz - um dos autores presentes neste Especial - refere-se à encruzilhada vivida hoje pela Europa.
A tragédia recente em Paris e as eleições gregas deste domingo constituem marcadores históricos desse percurso em direção ao impasse.
No Brasil, o consenso midiático que referenda o abismo como opção ao atoleiro é apenas mais um ingrediente do desatino à solta.
A interdição do debate desempenha aqui o papel de impedir que a sociedade avalie alternativas para construir democraticamente as linhas de passagem de uma inadiável repactuação de seu desenvolvimento.
Não há tempo para ilusões.
Ou se faz isso de forma negociada ou a lógica dos mercados conduzirá o país à recessão selvagem, com todos os seus complementos --dos conhecidos, no plano econômico, aos imponderáveis na esfera institucional.
Romper o interdito midiático é um requisito para o Brasil percorrer essa travessia à bordo da democracia e da justiça social.
Em um planeta açoitado por uma crise de demanda, salpicado de ressurgências fascistas, com o hálito gelado da deflação a soprar o cangote das principais economias ricas, o país - sem dúvida - precisa de ajustes para direcionar seu potencial de crescimento a um futuro feito de mais democracia, igualdade e cidadania.
Subordinado à temerária bússola do arrocho fiscal, porém, com cortes no investimento público, desmonte do pleno emprego e do mercado de massa, as chances de lograr esse desfecho são remotas.
Em todo o mundo sua contrapartida foi o aprofundamento do torniquete fiscal, a fragilização do investimento produtivo e o desmonte dos laços de coesão social.
O atoleiro descrito a seguir pelo prêmio Nobel, Joseph Stiglitz - um dos autores presentes neste Especial - refere-se à encruzilhada vivida hoje pela Europa.
Pode, premonitoriamente, servir ao ocaso do Brasil amanhã.
Mobilizar inteligências e forças que impeçam esse desfecho é o propósito desse Especial de Carta Maior.
Com a palavra, Stiglitz:
'A estagnação que testemunhamos em 2014 é feita pelo homem. É o resultado da atividade política, e de políticas econômicas em várias grandes economias - política e políticas que sufocaram a demanda. E na ausência dela, os investimentos e os empregos não vão se materializar. É simples assim'.
Governo Roseana deixou dívida de R$ 750 milhões na Caema
Sucateamento e dívida milionária marcam a situação em que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) foi deixada pelo governo Roseana. As dívidas acumulam R$ 750 milhões e apenas 5% do esgoto da capital são tratados. A estrutura dos sistemas de abastecimento é completamente precária e há rodízio de água em São Luís. Em busca de solucionar os problemas, o governador Flávio Dino já determinou que sejam feitos investimento maciços.
“O segredo é investimento público. E obedecer ao princípio da moralidade administrativa, utilizando recursos públicos com seriedade e transparência, motivando os trabalhadores a perseguir a mesma direção. Assim poderemos superar a situação que está posta”, disse o presidente da Caema, Davi Telles, ao comentar os dados alarmantes.
De acordo com Davi, a dívida encontrada está entre R$ 500 mi e 700 mi. “Se a gente for considerar, por exemplo, apenas dívidas fiscais e de outras naturezas, a dívida consolidada chega a R$ 500 mi, e se consideramos os processos em que temos grandes chances de perda, a quantia chega a R$ 750 mi”, relata o presidente.
A gestão tem ainda o desafio de resolver o déficit mensal da instituição, que chega a aproximadamente R$ 8 milhões ao mês – considerando a diferença entre a arrecadação líquida, que está por volta de R$ 22 milhões, e as despesas correntes, que estão entre R$ 30 e 31 mi. “Para resolver esta situação, primeiro temos que auditar, saber do que realmente se trata este déficit, temos que organizar nossa contabilidade”, aponta Davi.
Uma licitação será feita com o objetivo de contratar empresa para realizar auditoria externa conclusiva, como exige a Lei 6.404, das Sociedades Anônimas. O secretário esclareceu que os relatórios de auditorias realizadas no governo Roseana são inconclusivos. Dessa forma não há sequer dados com informações completas do patrimônio da empresa.
Revitalização da Companhia – O Governo do Estado lançará mão de um conjunto de medidas para revitalizar a Caema. “A gente estabeleceu prioridades claras. Temos as prioridades finalísticas, que se referem aos serviços de água e esgoto e temos as prioridades meio, que são aquelas estruturais, que dizem respeito a tudo o que precisamos implementar para chegar aos nossos objetivos finais”, explica Davi.
Entre as prioridades meio está a reorganização interna da Caema, com a verificação da estrutura organizacional – o organograma dispõe de 512 cargos comissionados, sendo importante a verificação da necessidade de racionamento –, o investimento em tecnologia – a fragilidade, neste aspecto, fica clara sendo, por exemplo, a Caema a única companhia de saneamento ambiental do Nordeste que não tem o sistema de monitoramento automatizado dos reservatórios de água.
Outros pontos são a definição de rotinas e procedimentos internos e o investimento em estrutura – além da revitalização dos três sistemas de abastecimento de água e dos seis de tratamento de esgoto, é preciso 183 veículos, praticamente todos sucateados. A série de medidas meio será importante para alcançar as prioridades finalísticas, que resolverão os grandes problemas enfrentados pela Caema.
Falta de água no estado – Segundo dados do Atlas do Desenvolvimento Humano (PNUD) 2013, metade da população maranhense vive em casas sem água encanada e banheiro. Diante da cruel realidade, o governo busca implementar o programa Água Para Todos, que realizará instalações hidro sanitárias, levando água e banheiro a todos os maranhenses.
A intenção é começar pelos 30 municípios priorizados no Programa Mais IDH. “Vamos fazer redes de abastecimento e distribuição plena, não vai ser sistema simplificado. Com determinação do governador, vamos levar água para esses 30 municípios para todos os domicílios”, adiantou Davi Telles.
Blog do John Cutrim/Jornal Pequeno
Flávio Dino lança em Imperatriz o Programa ‘Mais asfalto’
O governador do Maranhão, Flávio Dino, lançou, nesta quarta-feira (28) em Imperatriz, o Programa Mais Asfalto. Acompanhado pelo secretário Estadual de Infraestrutura (Clayton Noleto) e pelo prefeito Sebastião Madeira, o governador assinou ordem de serviço para o asfaltamento de 17,5 km de asfalto nas principais vias do município.
“O nosso compromisso fundamental é romper a inércia nos serviços públicos. E é neste sentido que afirmamos que esta não é uma ação isolada. Vamos visitar periodicamente os municípios para levar melhorias e fiscalizar a execução de obras,” afirmou Flávio.
Ações na saúde
Durante a passagem por Imperatriz, Flávio Dino também assinou autorização de celebração de convênio para o fornecimento de serviços de radioterapia em Imperatriz. Com o novo serviço ao público que mais precisa, o atendimento de pacientes portadores de câncer que necessitam de radioterapia como tratamento será pela primeira vez descentralizado na capital. No prazo máximo de 30 dias, os maranhenses poderão buscar em Imperatriz o tratamento em radioterapia. A cidade terá capacidade de atendimento de 50 pacientes por mês.
Do Maranhão da Gente
Prefeitura de Ribamar abre 50 vagas para Assistência Social
A Prefeitura de São José de Ribamar lançou edital tornando público a realização de processo seletivo simplificado para contratação temporária de profissionais para os cargos de orientador social, atendente do cadastro único, assistente social, psicólogo, pedagogo, cuidador social, auxiliar de cuidador social e administrador.
Confira o edital completo aqui
Ao todo, estão sendo oferecidas 50 vagas. Os profissionais selecionados trabalharão nas equipes de referência dos programas, projetos e serviços sócio-assistenciais do município, todos ligados à Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Renda.
Os salários variam entre R$ 900,00 a R$ 1.800,00 e as inscrições gratuitas serão realizadas no período de 03 a 05 de fevereiro na própria SEMAS, cujo prédio fica localizado no bairro Moropoia, sede da cidade.
O processo seletivo será composto de duas etapas classificatórias – a primeira corresponde à avaliação de títulos, os quais deverão ser apresentados no momento da inscrição; e a segunda será a entrevista.
No momento da inscrição o candidato deverá apresentar formulário devidamente preenchido, currículo vitae, diploma de escolaridade, documentos pessoais (RG, CPF, PIS/PASEP – cópia e original), documento comprovando experiência na área pretendida e cópia do certificado de reservista (para candidatos do sexo masculino).
O resultado final será divulgado no dia 02 de março e ao mesmo será dada ampla divulgação.
Blog do Clodoaldo Corrêa
Dr. Tema concede aumento aos professores municipais
Prefeito de Tuntum Cleomar Tema |
Foi anunciado pelo Secretário Municipal de Educação Prof. Antonio dos Reis Barros Teixeira à diretoria do SINDSERT – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Tuntum, no final da tarde desta quarta-feira (28), em reunião na sede da Secretaria de Educação, o novo aumento concedido pelo Prefeito Dr. Tema aos professores da rede municipal.
O novo aumento concedido ao magistério público municipal de Tuntum pelo Prefeito Tema foi estabelecido em torno de 13,01% e tem efeito retroativo a 1° de janeiro, segundo informou o Secretário Dos Reis.
O Secretário Municipal de Educação de Tuntum ao fazer o anúncio do novo aumento concedido aos professores da rede pública municipal, no final da tarde desta quarta-feira (28), foi enfático ao dizer que o Prefeito Cleomar Tema continua privilegiando os educadores tuntunenses, reconhecendo que cada um deles tem um papel social relevante na formação de novos cidadãos.
Apesar das dificuldades financeiras que o município vem enfrentando nos últimos dois anos pela posição corajosa que o Prefeito Tema assumiu na defesa da candidatura vitoriosa de Flávio Dino, o gestor tuntunense não deixou de reconhecer a necessidade de uma educação de qualidade para os seus munícipes, disse ainda Antonio dos Reis. Assim conceder 100% do percentual concedido pelo governo federal para o reajuste do Piso Nacional do Magistério em 2015 é uma atitude destemida do Dr. Tema, é a visão de um gestor com o olhar no futuro de crianças, adolescentes, jovens e adultos que buscam melhoria de vida na educação, enfatizou o secretário de educação de Tuntum.
O novo aumento concedido ao magistério público municipal de Tuntum pelo Prefeito Tema foi estabelecido em torno de 13,01% e tem efeito retroativo a 1° de janeiro, segundo informou o Secretário Dos Reis.
O Secretário Municipal de Educação de Tuntum ao fazer o anúncio do novo aumento concedido aos professores da rede pública municipal, no final da tarde desta quarta-feira (28), foi enfático ao dizer que o Prefeito Cleomar Tema continua privilegiando os educadores tuntunenses, reconhecendo que cada um deles tem um papel social relevante na formação de novos cidadãos.
Apesar das dificuldades financeiras que o município vem enfrentando nos últimos dois anos pela posição corajosa que o Prefeito Tema assumiu na defesa da candidatura vitoriosa de Flávio Dino, o gestor tuntunense não deixou de reconhecer a necessidade de uma educação de qualidade para os seus munícipes, disse ainda Antonio dos Reis. Assim conceder 100% do percentual concedido pelo governo federal para o reajuste do Piso Nacional do Magistério em 2015 é uma atitude destemida do Dr. Tema, é a visão de um gestor com o olhar no futuro de crianças, adolescentes, jovens e adultos que buscam melhoria de vida na educação, enfatizou o secretário de educação de Tuntum.
Governo do Estado garante pagamento de servidores no próximo dia 31
O governador Flávio Dino determinou o pagamento dos servidores para o próximo sábado (31). Previsto para o dia 3 de fevereiro, o pagamento ainda no mês de janeiro beneficiará cerca de 112 mil servidores ativos e inativos.
“Após adotarmos medidas austeras como reduzir os gastos com custeio da administração tivemos condições de garantir o pagamento ainda no mês trabalhado. Conforme asseguramos antes, sempre que o governo tiver disponibilidade financeira vamos realizar o pagamento dos servidores no mês trabalhado. A valorização dos servidores públicos é um compromisso de nossa gestão”, disse o governador.
O governo passado deixou saldo de R$ 24 milhões em caixa e uma dívida de cerca de R$ 1,3 bilhão, com uma grande parcela dos pagamentos vencidas e outras vencendo neste mês de janeiro. Ainda assim, após a determinação do governador de contingenciamento de 30% do custeio do tesouro, a redução dos contratos vigentes e a melhor aplicação dos recursos públicos, 112 mil servidores receberão os salários no dia 31 de janeiro.
"A antecipação só foi possível devido ao corte de 30% do custeio e revisão dos contratos determinados pelo governador Flávio Dino", explicou a secretária Cynthia Mota (Planejamento).
Entre os servidores que compõem a estrutura da administração estadual, 74 mil são ativos - entre efetivos, comissionados e temporários das administrações direta e indireta - e 38 mil inativos, considerando aposentados e pensionistas.
De acordo com o secretário Felipe Camarão (Gestão e Previdência) o calendário divulgado anteriormente permanece inalterado. “Sabemos da importância do servidor para a garantia dos serviços públicos com qualidade à população e a diretriz do governador Flávio Dino é que todos os esforços sejam feitos para que possamos pagar os vencimentos no mês trabalhado. No entanto, não podemos antecipar com precisão a estimativa de receitas do Estado e isto faz com que haja necessidade de mantermos, por enquanto, o calendário de pagamento previamente divulgado”, disse.
Precatório do Maranhão teve propina de R$ 10 milhões no governo Roseana
O Globo - O acordo judicial entre o governo do estado do Maranhão e as empresas UTC e Constran para pagamento de um precatório de R$ 113 milhões resultou numa “comissão” de R$ 10 milhões, segundo depoimento do doleiro Alberto Youssef, que intermediou a operação. No depoimento de acordo de delação premiada, Youssef afirmou que R$ 3 milhões foram pagos a João Guilherme Abreu, que na época era chefe de gabinete da Casa Civil no governo de Roseana Sarney. O doleiro disse não saber se Abreu consultou Roseana e se dividiu o valor da propina com mais alguma pessoa.
Youssef ficou com R$ 4 milhões a título de comissão, que foram pagos em dinheiro na sede da empresa UTC. O doleiro contou que o dinheiro de Abreu foi levado em partes. Duas parcelas de R$ 800 mil foram levadas pelos emissários Adarico Negromonte e Rafael Angulo, além de um terceiro cujo nome não se recorda. Todos foram em voos comerciais. A outra parcela de R$ 1,4 milhão, foi levada pessoalmente por Youssef justamente na data de deflagração da Operação Lava Jato, quando ele foi preso num hotel em São Luís, a capital do Maranhão. Desta vez, o doleiro viajou em jato fretado.
Youssef deu detalhes da entrega do dinheiro. Contou que recebeu um telefonema no quarto do hotel e a pessoa afirmou que era “engano”. Desconfiado, retornou a ligação e descobriu que o telefone era da Polícia Federal em Curitiba. Foi então até o quarto de Marcos Antonio Ziegert, assessor da Casa Civil que já conhecia e que havia lhe apresentado Abreu, e entregou a ele a mala com o dinheiro e uma caixa de vinhos para presentear o chefe da Casa Civil. Em seguida, retornou a seu quarto e decidiu não fugir: ficou à espera da Polícia Federal.
Youssef disse que a operação não foi irregular, pois Abreu fez apenas um gesto de “boa vontade” ao pagar o precatório em 24 prestações,pois havia interesse do Maranhão em liquidar a dívida. Disse que foi contratado pela UTC porque conseguiu adiantar o pagamento da dívida, que poderia levar alguns anos para ser paga e que o governo do estado tinha ainda precatório do Banespa, atual Santander, que foi pago nos mesmos moldes.
O precatório da UTC/Constran foi retirado da lista de pagamento por ordem judicial e Youssef afirma que essa manobra teria sido feita pelo governo do estado para obter certidões. Sobre outros precatórios que estavam na fila para pagamento, à frente do precatório da UTC/Constran, ele disse que não sabe e que quem deve ser questionado é Abreu.
Youssef afirmou que o pagamento do precatório foi decidido numa reunião com Abreu, a contadora Meire Poza e uma procuradora do Estado do Maranhão que ele não se recorda o nome. Para o doleiro, havia interesse do Maranhão em pagar a dívida e lembrou que o Ministério Público também esteve presente no fechamento do acordo judicial de pagamento à UTC/Constran. Por isso, ele disse acreditar que a homologação do acordo não teve ilegalidade, uma vez que havia promotores presentes.
Abreu ficou com R$ 3 milhões e Youssef com R$ 4 milhões. O doleiro afirmou que a comissão a ser paga pelas construtoras era de R$ 10 milhões, mas no depoimento não é dito ou perguntado sobre a diferença de R$ 2 milhões.
Youssef afirma que ficou sabendo da dificuldade das empreiteiras em receber a dívida do governo do Maranhão numa reunião na sede da UTC da qual participaram dos diretores da empresa, Walmir Pinheiro e Augusto César Pinheiro. Segundo eles, as empresas iriam transferir o precatório a terceiros com um deságio superior a 50%, pelo valor de R$ 40 milhões.
O doleiro sugeriu entrar na negociação constituindo um fundo de capital para comprar o precatório, com a participação do Instituto de Previdência do Maranhão. Soube então que o instituto não poderia fazer o negócio, pois estava impedido de adquirir este tipo de papel (precatórios) do estado do Maranhão.
Youssef intermediava negócios com fundos de previdência de servidores de estados e municípios. Um dos citados na Lava Jato é o Instituto de Previdência de Petrolina (IGEPREV), dos servidores municipais, que teve prejuízo por investir quase R$ 1 milhão na Marsans, uma das empresas de Youssef.
O doleiro se especializou em criar fundos de investimentos em empresas de fachada. Fundos de pensão e institutos de previdência compravam estes papeis. Como os negócios não vingavam, tinham prejuízo. Essa era uma forma de desviar dinheiro dos fundos de pensão que ainda está sendo investigada pela Polícia Federal.
Imagens que mostraram Youssef entregando a mala de dinheiro a Marcos Antonio Ziegert já tinham sido obtidas pela Polícia Federal. No depoimento, prestado em novembro passado, o doleiro contou quem era o destinatário final. O depoimento sobre o Maranhão é Termo de Declarações de número 51 feito pelo doleiro. Cada tema perguntado pela Polícia Federal e pelos procuradores é alvo de um Termo de Declarações. No caso do Maranhão, o documento passou a integrar o processo não sigiloso porque Roseana Sarney já não dispõe de foro privilegiado.
“É certo que os indícios de crime ora relatados foram encaminhados ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça em vista da possível participação da então governadora Roseana Sarney. Ocorre que a referida pessoa não mais ocupa o cargo de governadora, não mais detendo, portanto, foro por prerrogativa de função”, afirmou o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara federal do Paraná, que centraliza investigações da Lava-Jato que não envolvem políticos, na decisão que compartilha o depoimento de Youssef a pedido da Secretaria de Transparência e Controle do Maranhão, que argumenta necessidade de estancar possíveis irregularidades.
Secretaria de Agricultura de Tuntum e Codevasf disponibilizam 50 kits de irrigação a pequenos produtores
Encontra-se
a disposição da Secretaria Municipal de Agricultura de Tuntum 50 kits
de irrigação adquiridos juntos ao Programa Água para Todos, da CODEVASF,
que já começaram a ser entregues a pequenos produtores rurais de
hortaliças da sede e da zona rural. A primeira entrega foi feita hoje
(28) pela manhã numa pequena área de cultivo com a presença do
secretário de Agricultura Antonio Durval e do engenheiro agrônomo Erivan
Pereira Almeida, prestador de serviço e representante da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba ( Codevasf ).
O
momento da entrega serviu para os técnicos agrícolas do município
compreenderem a simplicidade da instalação do equipamento que é dotado
de 400 metros de tubos fléxiveis finos e 70 metros de tubos grossos,
além de um tubo principal que faz a compressão da água, que é adaptado a
uma torneira comum. Segundo o agrônomo, o kit faz a irrigação por
gotejamento com total eficiência, capaz de cobrir até 500m2 de área
plantada. Uma outra vantagem do novo equipamento, é a economia de água.
O
pequeno produtor Francisco Ricarte da Silva, conhecido por Coquita, que
antes aguava sua plantação com regadores, disse que já tem pretensões
de dobrar a produção logo que começar a trabalhar com o equipamento.
"Daqui pra frente quero produzir mais, se possível dobrar a produção",
afirmou. Da pequena área, cerca de 300m2, é que Coquita consegue
mensalmente aumentar a renda familiar com a venda direta dos produtos
colhidos. Segundo ele, o seu faturamento mensal chega a ser superior a
mais de R$ 1.000,00 em determinados períodos.
Para
o secretario de Agricultura, Antonio Durval, o Dora, a ordem do
prefeito Dr. Tema é de priorizar políticas de incentivo a agricultura
familiar e ao pequeno produtor rural, para fomentar trabalho e geração
de renda às famílias carentes do município. Estiveram também presentes
na implantação do primeiro kit de irrigação, o engenheiro agrônomo
Charles Wagner Tavares, o secretário executivo de Agricultura, Paulo
Duarte, o assessor especial do gabinete do prefeito, Cícero Milhomem da
Cunha e os técnicos agrícolas Maurino Trindade e Miquéias Vanderley.
Do Blog do Lobão
Youssef diz ter pago propina da UTC no MA momentos antes de sua prisão
O doleiro Alberto Youssef afirmou em delação à Polícia Federal que efetuou pagamento de propina a um integrante do alto escalão do governo Roseana Sarney no Maranhão em nome da UTC no dia de sua prisão. Ele foi preso em março, em um hotel de São Luís (MA), durante as investigações da Operação Lava Jato.
Segundo Youssef, a entrega do dinheiro ocorreu momentos antes da prisão. Ao perceber que seria preso – após retornar uma ligação que descobriu ser de policiais federais do Paraná – , ele diz ter levado R$ 1,4 milhão ao quarto de João Abreu, a um emissário do então secretário da Casa Civil de Roseana Sarney. Depois disso, "retornou ao quarto e ficou esperando a polícia chegar", de acordo com relato à Polícia Federal.
Além do dinheiro, ele também levou uma caixa de vinhos como presente ao então secretário.
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, autorizou o compartilhamento do depoimento de Youssef e outras provas sobre o precatório com o atual governo do Maranhão, do governador Flávio Dino (PCdoB).
Geraldo Magela - 18.out.2005/Agência Senado | ||
O doleiro Alberto Youssef, preso durante a Operação Lava Jato, em depoimento ao Senado em 2005 |
O caso veio à tona no ano passado, após a contadora de Youssef, Meire Poza, ter revelado a propina em depoimento à PF. Segundo ela, o governo do Maranhão recebeu R$ 6 milhões para furar a fila de pagamento de precatórios e antecipar um pagamento de cerca de R$ 120 milhões para a empreiteira UTC/Constran.
Furar fila de precatório caracteriza, em tese, crime de responsabilidade, um dos motivos que podem levar ao impeachment de governador. Roseana já anunciou que abandonará a vida política.
Youssef estava em São Luís (MA) cuidando desse negócio quando foi preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, em 17 de março deste ano.
O doleiro afirma ter recebido R$ 4 milhões pela operação. Ainda segundo Youssef, Abreu recebeu, além dos R$ 1,4 milhão, outras duas parcelas de R$ 800 mil, por meio de emissários.
A Constran teria contratado o doleiro para receber o precatório porque não conseguia receber do governo pela pavimentação de estrada que executara nos anos 1980.
A Justiça do Maranhão suspendeu o pagamento do precatório.
O governo do Maranhão diz em nota que "não houve favorecimento no pagamento da ação de indenização proposta pela Constran, há mais de 25 anos". "Foi realizado acordo judicial, com acompanhamento do Ministério Público, para negociação dessa ação, que trouxe uma economia de R$ 28,9 milhões aos cofres públicos", disse, em agosto.
A empreiteira nega veementemente que tenha rompido a ordem cronológica.
"O acordo foi realizado seguindo todos os trâmites legais e respeitou todos os prazos estabelecidos pela lei. Além disso, a empresa aceitou receber o valor em 24 parcelas sem nenhuma correção ou juros. A Constran repudia qualquer tentativa de relacioná-la ao pagamento de propinas", disse, à época.
Folha de São Paulo
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