'Acho que vai fazer a diferença e abrir muitas portas', festeja Paula. Namoro só duas vezes por semana foi decisivo para estudante, diz pai.
G1/Rio de Janeiro
Paula Freire e seu namorado Davi: disciplina ajudou a estudante (Foto: Káthia Mello/G1) |
Treinamento e dedicação são as dicas da estudante carioca Paula Freire, de 19 anos, para conquistar a nota 1.000 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao G1, ela contou que chorou muito quando soube que estava entre 250 estudantes de todo o país a conseguir a nota máxima.
"Eu fiz muita redação porque sei que quem treina mais sempre escreve melhor. Fazia e pedia para os professores corrigirem os erros", contou.
Paula acredita que o sucesso na redação vai ajudá-la a entrar no desejado curso de medicina em uma das universidades públicas do Rio. "Acho que vai fazer a diferença e abrir muitas portas", disse.
Paula alcançou nota 1.000 em redação (Foto: Arquivo Pessoal)
Filha única, conta que gostava de estudar sozinha em casa. O local preferido era a sala, onde tinha mais espaço. "Só ia para o meu quarto quando meu pai chegava do trabalho porque ele é o mais 'barulhento' da família", disse.
Bem humorado e feliz, o pai, Paulo Sérgio Freire, revelou o que foi decisivo na conquista da filha. Davi Basílio, de 21 anos, namorado de Paula há quase dois anos, só conseguia ver a moça duas vezes por semana. "Ele vinha estudar com ela às quartas-feiras. Eu acho que era 'armação', mas acho que ajudou muito porque relaxava e tirava o estresse dela", contou Paulo Sérgio.
A estudante acabou de chegar de uma viagem à Bolívia onde participou de um evento voluntário de assistência social com crianças e adultos. A viagem já faz parte do sonho de ser médica da jovem, que contribuiu para o projeto Médicos sem Fronteiras.
A inspiração para estudar medicina veio da mãe, Nancy Freire,
enfermeira. "Desde os 8 anos ela ia comigo para o trabalho e sempre foi
curiosa e gostava brincar de médico e receitar", contou.
Outros nota 1.000
Outros dois estudantes do Rio, que também conquistaram nota máxima na redação, já tinham partcipado do exame. João Pedro Maciel Schlaepfer, de 19 anos, decidiu fazer o Enem pela terceira vez para mudar de carreira. Cursa geografia desde o ano passado, mas quer fazer letras. A nota 1.000 foi uma grande supresa.
"Há dois anos que não fazia redação e nem me exercitei muito. Quando vi
o tema fiquei com preguiça na hora e decidi usar as técnicas que já
tinha aprendido", explicou João, que quer cursar letras na Pontifícia
Universidade Católica (PUC) por ser a única faculdade que oferece a
formação de escritor.
Para Maria Eduarda de Aquino Correa Ilha, de 18 anos, a nota máxima em
redação é resultado da sua persistência em fazer direito, na
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Maria Eduarda disse que
decidiu investir em um curso preparatório e na técnica passada pelos
professores para alcançar o seu objetivo.
A estudante confessou que acreditava em uma boa nota desde o dia da prova já que os professores avaliaram o rascunho da redação e deram nota 1.000. "Só fiquei desanimada quando vi que muita gente tinha tirado nota zero. Agora, estou muito feliz", revelou.
O objetivo dela é esperar a primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no dia 26 de janeiro e comemorar. "Será um dia depois do meu aniversário. Vai dar tudo certo porque o principal presente eu já ganhei."
A estudante confessou que acreditava em uma boa nota desde o dia da prova já que os professores avaliaram o rascunho da redação e deram nota 1.000. "Só fiquei desanimada quando vi que muita gente tinha tirado nota zero. Agora, estou muito feliz", revelou.
O objetivo dela é esperar a primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no dia 26 de janeiro e comemorar. "Será um dia depois do meu aniversário. Vai dar tudo certo porque o principal presente eu já ganhei."