Jornalista diz que a frase mais eloquente do ministro da Justiça ontem à CPI "é um acinte": "Temos de parar com aquela mania de proteger os amigos e pedir punição para os inimigos"; Luis Nassif comenta: "para um partido - o dele - em que as principais lideranças foram punidas com prisão e perda de direitos políticos, e que atualmente é alvo de uma operação que isentou - contra todas as evidências - o presidente do partido contrário, a frase soa irônica"
247 – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, "limitou-se a dizer o óbvio" em seu depoimento à CPI da Petrobras nesta quarta-feira, criticou o jornalista Luís Nassif. Para ele, "o que o ministro Cardozo tem é fácil de diagnosticar. Em qualquer idioma, o diagnóstico correto é medo, paura, peur, angst, miedo, phóbos".
"Cardozo abandonou-a à sua própria sorte e comprou blindagem contra críticas deixando a tropa solta, indisciplinada. Parece um general, em plena guerra, entregando os pontos e negociando a rendição previamente com os inimigos", ataca Nassif, destacando o trecho do depoimento em que o ministro diz não ter conhecimento do conteúdo da sindicância da PF sobre o grampo na cela de Alberto Youssef.
Nassif chama, ainda, de "acinte" o que seria, segundo ele, "a frase mais eloquente" de seu depoimento: "Temos de parar com aquela mania de proteger os amigos e pedir punição para os inimigos".
O jornalista comenta: "Para um partido – o dele – em que as principais lideranças foram punidas com prisão e perda de direitos políticos, e que atualmente é alvo de uma operação que isentou – contra todas as evidências – o presidente do partido contrário, a frase soa irônica. A frase correta deveria ser: 'Temos de ganhar a coragem de pedir punição não só para os amigos como para os adversários que cometam crime'".
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