Governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B) sugeriu que o diálogo entre membros do PT e do PSDB é uma das saídas para solucionar a crise política no País; segundo ele, a presidente Dilma deve buscar apoio dos governadores como uma forma de retomar o seu capital político; "Dilma deve se apoiar nas lideranças políticas que não estão no olho do furacão, que são os governadores dos Estados. Ela tem que tentar construir uma agenda para o país que seja fora da agenda da crise política"
Maranhão 247 – O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), sugeriu que o diálogo entre membros do PT e do PSDB é uma das saídas para solucionar a crise política no País. Ao fazer referência à presidente Dilma Rousseff, o chefe do Executivo maranhense afirmou que a petita deve buscar apoio dos governadores estaduais como uma forma de retomar o seu capital político.
"A conjuntura (política) exige três movimentos. Primeiro, deve-se criar algum tipo de diálogo entre as principais forças políticas do país, sobretudo no nível institucional: regras do jogo, tirar o impeachment da mesa, respeitar a autonomia da polícia e do Judiciário, liberdade para o desfecho da Lava Jato...", disse Flávio Dino em entrevista ao El País.
Ao citar a segunda medida, o governador voltou s sugerir a reorganização a esquerda deve se reorganizar. "Eu defendo algo parecido à Frente Ampla do Uruguai ou à Concertação chilena [união de 17 partidos]. Ou seja, os partidos mantêm suas identidades históricas, mas se aglutinam em uma nova institucionalidade, para você ter um novo polo na esquerda", disse.
"Em terceiro lugar, Dilma deve se apoiar nas lideranças políticas que não estão no olho do furacão, que são os governadores dos Estados. Ela tem que tentar construir uma agenda para o país que seja fora da agenda da crise política", acrescentou.
Nesta quinta-feira (30), a presidente Dilma prepara uma reação ao clima de disputa política no Congresso Nacional. A ideia é se reunir com os 27 governadores estaduais com o objetivo de selar “um pacto de governabilidade” e pedir ajuda aos chefes dos executivos para mobilizar suas bancadas de deputados e senadores a fim de aprovar a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Câmara Federal e Eduardo Cunha
Questionado sobre como avalia ao clima política na Câmara dos Deputados, o governador do Maranhão disse que "um fato externo da política levou à dissolução completa da agenda nacional. Esse fato é a Operação Lava Jato. A política passou a ser pautada pela agenda da polícia, do poder Judiciário, do Ministério Público".
"Neste momento, de um lado, o Governo tem dificuldade de abordar a crise econômica e de outro, o Congresso produz debates que são secundários. É como se a agenda verdadeira do país estivesse sendo secundarizada. E as consequências aí estão: a crise brasileira tem uma dimensão econômica, mas o mais desafiador é a dimensão política", afirmou.
"Se nós pegamos as sete últimas eleições presidenciais, seis foram disputadas pelo PT e o PSDB, e essas forças hoje não conseguem reconduzir o debate político", complementou.
Sobre o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Flávio Dino afirmou que o parlamentar tem "uma dificuldade objetiva, determinada pela Operação Lava Jato". "Progressivamente ele vai ter dificuldades de exercer o cargo que exerce. Na conjuntura atual ele precisa de conflitos para tirar o foco dele, ele não é um agente pacificador neste momento", disse.
"A conjuntura (política) exige três movimentos. Primeiro, deve-se criar algum tipo de diálogo entre as principais forças políticas do país, sobretudo no nível institucional: regras do jogo, tirar o impeachment da mesa, respeitar a autonomia da polícia e do Judiciário, liberdade para o desfecho da Lava Jato...", disse Flávio Dino em entrevista ao El País.
Ao citar a segunda medida, o governador voltou s sugerir a reorganização a esquerda deve se reorganizar. "Eu defendo algo parecido à Frente Ampla do Uruguai ou à Concertação chilena [união de 17 partidos]. Ou seja, os partidos mantêm suas identidades históricas, mas se aglutinam em uma nova institucionalidade, para você ter um novo polo na esquerda", disse.
"Em terceiro lugar, Dilma deve se apoiar nas lideranças políticas que não estão no olho do furacão, que são os governadores dos Estados. Ela tem que tentar construir uma agenda para o país que seja fora da agenda da crise política", acrescentou.
Nesta quinta-feira (30), a presidente Dilma prepara uma reação ao clima de disputa política no Congresso Nacional. A ideia é se reunir com os 27 governadores estaduais com o objetivo de selar “um pacto de governabilidade” e pedir ajuda aos chefes dos executivos para mobilizar suas bancadas de deputados e senadores a fim de aprovar a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Câmara Federal e Eduardo Cunha
Questionado sobre como avalia ao clima política na Câmara dos Deputados, o governador do Maranhão disse que "um fato externo da política levou à dissolução completa da agenda nacional. Esse fato é a Operação Lava Jato. A política passou a ser pautada pela agenda da polícia, do poder Judiciário, do Ministério Público".
"Neste momento, de um lado, o Governo tem dificuldade de abordar a crise econômica e de outro, o Congresso produz debates que são secundários. É como se a agenda verdadeira do país estivesse sendo secundarizada. E as consequências aí estão: a crise brasileira tem uma dimensão econômica, mas o mais desafiador é a dimensão política", afirmou.
"Se nós pegamos as sete últimas eleições presidenciais, seis foram disputadas pelo PT e o PSDB, e essas forças hoje não conseguem reconduzir o debate político", complementou.
Sobre o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Flávio Dino afirmou que o parlamentar tem "uma dificuldade objetiva, determinada pela Operação Lava Jato". "Progressivamente ele vai ter dificuldades de exercer o cargo que exerce. Na conjuntura atual ele precisa de conflitos para tirar o foco dele, ele não é um agente pacificador neste momento", disse.