"Seu Deco", candidato mais velho a vereador em Tuntum, apresenta plataforma eleitoral agregada a propaganda pessoal


O candidato a vereador em  Tuntum nas eleições de outubro  mais conhecido como "Seu Deco" (PPS) é único, até agora, a agregar uma miniplaforma eleitoral a sua propaganda individual com uma série de idéias para serem aplicadas  na cidade caso venha ser eleito.

Funcionário público estadual aposentado, "Seu Deco" já foi vereador de Tuntum no início da década de 60 do século passado e, agora, tenta voltar a Câmara de Vereadores com quase 80(oitenta) anos de idade, apresentando na sua campanha, inovação para uma ação parlamentar propositiva para a sociedade tuntunense.

Lúcido, politicamente correto, ficha limpa, "O Senhor das Ideias novas para Tuntum" espera receber o apoio do eleitorado tuntunense nas urnas em outubro para poder executar sua plataforma eleitoral em favor do município a partir de janeiro de 2017.

Pastoral: CONHECER A DEUS DE FORMA TEÓRICA OU PRÁTICA?


Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem." (Jó 42.5)

O personagem bíblico Jó é descrito no primeiro capítulo do seu livro como um sacerdote, pois realizava sacrifícios pelos seus filhos quando esses pecavam: "Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente." (Jo 1.5)

Mesmo tendo função sacerdotal, Jó deixa transparecer que conhecia a Deus apenas teoricamente, ou de ouvir falar e que O conheceu verdadeiramente quando passou pelo grande sofrimento descrito no livro (Ler todo o livro de Jó e conhecer a história).

Infelizmente, nos nossos dias existem muitas pessoas que conhecem apenas fatos sobre Deus, mas não O conhecem pessoalmente e verdadeiramente.

Conhecer a Deus vai além de ouvir falar d'Ele. Conhecer a Deus é ter uma experiência com Ele, permitir que essa experiência influencie e transforme o modo de viver, é andar com Ele e ser guiado por Ele em toda e qualquer situação.

"Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR..." (Oséias 6.3) através da leitura e estudo da Bíblia, da oração e da vida cativa a Ele.

Ore pedindo que Deus lhe ajude a conhecê-Lo sempre mais.

Pastor Jairo Oliveira dos Santos/ICE Centro - Barra do Corda

A coragem e a dignidade de Dilma calaram senadores

:

Por LAUREZ CERQUEIRA


Os senadores golpistas baixaram a bola.

Eles não esperavam que Dilma fosse ao Senado fazer a própria defesa, encará-los e desafiá-los a provar que ela cometera crime de responsabilidade.

Talvez pensaram que seria uma sessão sobre a qual teriam domínio, como de costume, mas não foi bem assim.

O discurso de Dilma foi tão forte e esclarecedor sobre as tramas e conspirações que levaram ao golpe que os fez calar.

Os senadores saíram pela retórica, coisa que eles estão acostumados a fazer, mas, num julgamento apenas a retórica não vale.

A defesa dela foi impecável. Senadoras e senadores como Ana Amélia, Aloysio Nunes, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e outros desceram da tribuna de rabo entre as pernas.

O Brasil conheceu hoje, mais uma vez, a coragem e a dignidade de Dilma, que enfrentou na vida dois tribunais injustos: o da ditadura militar e o do golpe parlamentar, no Senado. Os dois por lutar pela democracia e pela justiça.

Ela sairá do julgamento de espírito elevado, o Senado completamente desmoralizado, rebaixado, e exposto ao Brasil e ao mundo como uma instituição dominada por um bando de ratos.

Autor, entre outros trabalhos, de Florestan Fernandes - vida e obra; Florestan Fernandes – um mestre radical; e O Outro Lado do Real

DILMA: JAMAIS GOVERNARIA NOVAMENTE COM O PMDB DO MAL, DE TEMER E CUNHA



Caso seja absolvida do processo de impeachment, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse que jamais voltaria a governar com o que chamou de “PMDB do mal”, representados por personagens como Michel Temer, Moreira Franco, Eliseu Padilha e Eduardo Cunha; “Deus me livre do que o senhor chamou de PMDB do mal. E quero dizer que respeito vários integrantes do PMDB, que ao longo da história representou o centro democrático do país. Não podemos esquecer o PMDB de Ulisses Guimarães, responsável pelas lutas que levaram à Constituição de 1988”

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil

Caso seja absolvida do processo de impeachment, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse que jamais voltaria a governar com o que chamou de “PMDB do mal”. Segundo a presidenta, uma parcela do partido enveredou para um campo conservador, atuando para desestabilizar o seu governo e para tramar o impeachment.

“Deus me livre do que o senhor chamou de PMDB do mal. E quero dizer que respeito vários integrantes do PMDB, que ao longo da história representou o centro democrático do país. Não podemos esquecer o PMDB de Ulisses Guimarães, responsável pelas lutas que levaram à Constituição de 1988”, disse.

egundo Dilma, o Brasil sempre teve um centro democrático progressista que possibilitava a governabilidade junto a diferentes forças políticasMarcelo Camargo/Agência Brasil

Dilma fez a afirmação ao responder a um questionamento do senador Telmário Mota (PDT-RR). O pedetista questionou se Dilma, se retornasse ao cargo, voltaria a governar com o PMDB do deputado afastado Eduardo Cunha (RJ) e do senador Romero Jucá (RR), a quem classificou como PMDB do mal.

Segundo Dilma, o Brasil sempre teve um centro democrático progressista que possibilitava a governabilidade junto a diferentes forças políticas. O PMDB, segundo a petista, representava essa força, mas que, a partir do final do seu primeiro governo, começou a dar uma guinada para o conservadorismo e que isso tornou as coisas difíceis. “É incontestavelmente o que acontece no país. Um centro que perdeu as hegemonias dos progressistas e passou a ter uma hegemonia pela mais retrógrada posição que o nosso país já assistiu”, disse.

Dilma disse que a ala conservadora começou a dominar o partido com a guinada de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. “O Brasil sempre teve um centro democrático e que dentro dele, liderando, teve um conjunto de lideranças progressistas. Lamento que nos últimos tempos essa liderança progressista se transmudou em uma liderança ultraconservadora, ultrafundamentalista, uma liderança que não media e que não tem parâmetros éticos, com este PMDB eu jamais governarei ou conviverei novamente”, disse.

Esta não foi a primeira vez que a petista atribuiu a Cunha o papel de protagonista no processo de impeachment. Mais cedo, ela acusou o peemedebista de sabotar o governo ao longo do último ano, inclusive paralisando o trabalho das comissões da Casa e promovendo a votação de projetos que aumentavam as despesas públicas, as chamadas pautas-bomba.

Por meio de nota, Eduardo Cunha disse que Dilma estaria mentindo “contumazmente” e desafiou a presidenta afastada “demonstrar qual foi a pauta-bomba votada e qual projeto do governo não foi votado”.

A sabatina da presidenta afastada Dilma Rousseff começou no final da manhã e já dura mais de 10 horas. A previsão é que os trabalhos sejam encerrados depois das 23h. Ao responder questionamentos dos senadores, Dilma diz que o processo de impeachment contra ela trata-se de um "golpe parlamentar" e que o pedido para sua saída da presidência não veio como manifestação das ruas.

Tuntum terá representação no XXVI Encontro Nacional da UNCME em Palmas - TO


Com apoio da Secretaria Municipal de Educação de Tuntum através do Professor Antonio dos Reis, atual secretário de educação, o CME estará enviando este ano um representante para participar do XXVI Encontro Nacional da UNCME na cidade de Palmas - TO.

XXVI Encontro Nacional da UNCME terá início, nesta quarta-feira(31) e se prolongará até o dia 02/09, no Centro de Convenções Arnoud Rodrigues em Palmas. É esperado mais de 1.000(hum mil) congressistas neste evento que irá discutir o tema: "Monitoramento dos de Educação e Controle Social:  Desafios Contextualizados e Legais".

A União dos Conselhos Municipais de Educação - UNCME é uma entidade de direito civil que agrega todos os Conselhos Municipais de Educação do país e tem participado ativamente ao longo da sua existência da defesa da educação pública municipal de qualidade.

O presidente do CME - Tuntum, Professor Emerson Araújo, estará representando a educação  do município pela primeira vez neste evento que tem acontecido anualmente em um Estado da Federação pelo apoio do Secretário de Educação  Prof. Antonio dos Reis e da atual administração pública da cidade.

Emerson Araújo disse ao Bate Tuntum, na manhã desta terça-feira(30), que participar de um evento desta magnitude mostra o interesse da atual administração pública do município com o fortalecimento e a qualificação cada vez mais crescente  da educação da cidade, dar visibilidade a este serviço público no âmbito das políticas sociais implementadas pelo poder executivo, enfatizou o presidente do CME-Tuntum.  

GOVERNO ENTREGA CENTROS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM PRESIDENTE DUTRA


O governador Flávio Dino esteve em Presidente Dutra para inaugurar uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e uma do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas); na ocasião, ele também entregou 7 km de pavimentação de ruas e avenidas por meio do programa 'Mais Asfalto' e anunciou a reforma do Hospital Macrorregional de Presidente Dutra, o Socorrão; as inaugurações dos equipamentos de assistência social estão inseridas na política de ampliação dos Cras e Creas em todo o estado. Até o momento, 42 já foram inaugurados e objetivo é a entrega de cerca de 100 até o final do ano

O governador Flávio Dino esteve em Presidente Dutra no último sábado (27) para inaugurar uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e uma do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Na ocasião, ele também entregou 7 km de pavimentação de ruas e avenidas por meio do programa 'Mais Asfalto' e anunciou a reforma do Hospital Macrorregional de Presidente Dutra, o Socorrão.

As inaugurações dos equipamentos de assistência social estão inseridas na política de ampliação dos Cras e Creas em todo o estado. Até o momento, 42 já foram inaugurados e objetivo é a entrega de cerca de 100 até o final do ano. "É uma rede importante para que nós tenhamos mais direitos no Maranhão. E nós estamos com isso dando cumprimento às nossas metas atinentes a essas várias carências historicamente acumuladas", destacou o governador.

Além de ser a 'porta de entrada' para os programas sociais do Governo do Estado, como Mais Bolsa Família e Pronatec, o Cras e o Creas de Presidente Dutra receberam investimentos de cerca de R$ 1 milhão e contam com uma equipe especializada, entre assistentes sociais e psicólogos que realizam atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência ou que cometeram ato infracional, vítimas de trabalho infantil e famílias nas mais distintas vulnerabilidades sociais.

Dando ênfase a ação do Governo do Estado nos últimos dois meses, quando se iniciou a maratona de entrega dos Cras e Creas, o secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Neto Evangelista ressaltou a importância dos equipamentos sociais para dar acesso não só aos programas sociais, mas para educação, para a saúde e outras áreas. "O Governo prioriza quem está em maior vulnerabilidade social e, por isso, está trabalhando dia após dia para expandir essa rede completa de atendimento aos maranhenses", avaliou.

Dona Maria do Amparo, de 65 anos, era só alegria durante a inauguração do Cras, que fica localizado no bairro Santa Maria. Após agradecer pessoalmente o governador pelo novo espaço, ela disse que agora as atividades oferecidas no local melhorarão com a nova estrutura. "Participo de grupo de idosos. Eu faço atividade física, crochê e pintura. Adoro as atividades que nos disponibilizam. Não perco nada", disse a aposentada.

Mais Asfalto e reforma do Socorrão

A visita do governador Flávio Dino a Presidente Dutra marcou também a entrega de 7 km de pavimentação asfáltica que foi realizada em vários bairros da cidade. "A gente sempre esclarece que o 'Mais Asfalto' é um apoio aos municípios. E aí a gente faz uma ajuda a cada município. Aqui ajudamos com 7 km e vamos continuar a ajudar. É apenas a primeira etapa", explicou.

Flávio Dino falou também sobre a reforma do Hospital Macrorregional de Presidente Dutra, o Socorrão, que teve início esta semana. Com o investimento de mais de R$ 2 milhões a reforma tem previsão de conclusão em seis meses e possibilitará mais qualidade e dignidade no atendimento executado à população da regional.

"Começamos a reforma do Socorrão, que é um sonho, não só da cidade de Presidente Dutra, mas de toda a região. É um hospital que presta enormes serviços à Região Central do Maranhão. Infelizmente ele estava há alguns anos sem reforma. A requalificação vai deixar o Socorrão absolutamente novo, com equipamentos modernos, apto, portanto, a por outras décadas prestar esse grande serviço", completou o governador.

Fonte: Ascom/Governo do Maranhão

O APELO FINAL DE DILMA: VOTEM COM CONSCIÊNCIA


"É muito grave afastar uma presidente da República sem crime de responsabilidade, mesmo que o impeachment esteja previsto na nossa Constituição", disse a presidente Dilma Rousseff, no final de sua sessão de defesa, que durou mais de 14 horas; "Por isso eu peço aos senhores senadores e às senhoras senadoras que tenham consciência na hora de avaliar este processo", afirmou; Dilma fez discurso histórico em defesa não apenas de sua história de vida, como do próprio regime democrático, hoje ameaçado no Brasil; na fala inicial, disse que depois das torturas, na juventude, e da luta contra o câncer, só teme a morte da democracia

Por Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente afastada Dilma Rousseff encerrou a sua defesa no processo de impeachment, que deve ser concluído nesta terça-feira após nove meses, fazendo um apelo à consciência dos senadores que irão selar o destino de seu governo e do PT à frente do governo federal.

Em uma sessão que começou antes das 10:00 da manhã e se estendeu até quase o início desta terça-feira, Dilma respondeu a perguntas de 48 senadores e senadoras, reiterou não ter cometido crime de responsabilidade e voltou a falar em "golpe" contra a democracia.

Dilma afirmou que a cassação de seu mandato sem que tenha cometido crime de responsabilidade abriria um "ferimento muito difícil de ser curado".

"Por isso eu peço aos senhores senadores e às senhoras senadoras que tenham consciência na hora de avaliar este processo", disse ao concluir sua fala já com a voz um pouco rouca e falhando.

"É muito grave afastar uma presidente da República sem crime de responsabilidade, mesmo que o impeachment esteja previsto na nossa Constituição."

Durante a maratona de perguntas a que foi submetida, Dilma foi questionada sobre os decretos de suplementação de crédito e as chamadas "pedaladas fiscais", que forma as bases da acusação de crime de responsabilidade de que é alvo. Mas a presidente afasta também acusada por senadores de não ter dialogado com o Congresso e de não ter agido com mais transparência sobre a crise econômica, depois das eleições de 2014.

Antes dos questionamentos, a presidente afastada fez um discurso em sua defesa e adotou um tom emocionado, lembrando do período em que foi presa e torturada durante a ditadura militar e fazendo um paralelo com a situação atual.

"Não posso deixar de sentir na boca, novamente, o gosto áspero e amargo da injustiça e do arbítrio. E por isso, como no passado, resisto", disse a presidente.

Com a voz embargada, lembrou que esteve por duas vezes frente à frente com a morte, durante a sua prisão e tortura na ditadura militar e quando enfrentou um câncer, pouco antes de ser eleita presidente da República pela primeira vez.

"As acusações dirigidas contra mim são injustas e descabidas. Cassar em definitivo meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política. Este é o segundo julgamento a que sou submetida em que a democracia tem assento, junto comigo, no banco dos réus", afirmou.

Ainda que tenha feito pausas quando a voz falhava, Dilma aproveitou a ocasião para, mais uma vez, classificar como "golpe" o processo em curso no Senado caso seja condenada, argumentando que seus adversários lançam mão de pretextos para realizar uma "grave ruptura democrática", um "verdadeiro golpe de Estado".

"Não luto pelo meu mandato por vaidade ou por apego ao poder... Luto pela democracia, pela verdade e pela justiça", afirmou.

"Não é legítimo, como querem meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo por não concordarem com o conjunto da obra. Quem afasta o presidente pelo conjunto da obra é o povo, e só o povo, pelas eleições."

Também dirigiu seu discurso a senadores indecisos, em uma tentativa de conseguir evitar a sua cassação, e negou nutrir qualquer tipo de ressentimento. Alertou, no entanto, que todos serão julgados pela história.

"Se alguns rasgam o seu passado e negociam as benesses do presente, que respondam perante a sua consciência e perante a história pelos atos que praticam. A mim cabe lamentar pelo que foram e pelo que se tornaram."

Dilma teve de responder por diversas vezes sobre a edição de decretos de créditos suplementar e das chamadas "peladas fiscais", que são a base do pedido de impeachment, mas também foi cobrada pelo "conjunto da obra", sendo questionada sobre se mentiu sobre a situação econômica durante as eleições e sobre as razões para a grave crise econômica que afeta o país. 

USURPADOR

Dilma aproveitou os questionamentos para criticar o governo interino, que chamou de "usurpador", e acusá-lo de mexer em direitos adquiridos e programas sociais.

"Este governo meu teve um programa também aprovado nas urnas. A questão da legitimidade não só está afeta ao fato de que eu estou sendo condenada por um impeachment sem crime de responsabilidade, mas também ao fato de que o plano de governo aprovado nas urnas não vai ser implementado. Pelo contrário", disse.

As críticas de Dilma levaram o Palácio do Planalto a sair do silêncio com que vinha recebendo a fala de Dilma. A instrução era "não dar palanque" à presidente afastada, disse uma fonte palaciana. Mas, no início da noite, o Planalto divulgou uma nota oficial rebatendo Dilma e negando que as propostas do governo do presidente interino Michel Temer resultarão na perda de direitos.

No depoimento, Dilma também teve a chance de fazer considerações sobre o presidente interino e o PMDB, partido do qual Temer é presidente licenciado. A petista disse ter escolhido Temer para ser seu vice, posto que ocupou tanto na eleição de 2010 quanto na de 2014, por acreditar que ele pertencia a um "centro democrático progressista".

Com o avança do depoimento, Dilma perdeu o tom emocional e concentrou-se nos temas econômicos que lhe são tão caros. Defendeu o investimento no petróleo da camada pré-sal e acusou o governo Temer de querer privatizar a exploração. Cobrou uma mudança na estrutura tributária e criticou o fato de o governo interino não usar o aumento na meta do déficit primário, para 170,5 bilhões de reais, para garantir investimentos.

Em mais de um momento, respondendo a questões apresentadas por senadores favoráveis a seu mandato, Dilma repetiu a defesa da proposta de um plebiscito sobre a possibilidade de convocar eleições gerais.

"Eu apoio um plebiscito porque acredito que a recomposição do pacto político passa pelas eleições diretas. Só o povo pode consertar os equívocos feitos ao longo deste tempo", disse a presidente afastada.

"Para recompor a governabilidade, diante de um quadro de crise econômica e política, eu decidi apoiar a convocação de um plebiscito assim que voltar ao governo e também uma discussão clara que este país tem de fazer sobre a reforma política. Não é possível que se continue fazendo partidos no Brasil tendo em vista o tempo de televisão e o Fundo Partidário. Não haverá governo que será capaz de governar o país", acrescentou em outro momento. 

"CHANTAGEM EXPLÍCITA"

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi um dos alvos preferenciais de Dilma, que tem como um dos pontos centrais da sua defesa o que chama de "chantagem explícita" de Cunha, responsável por deflagrar o processo de impedimento no início de dezembro do ano passado.

"Exigia aquele parlamentar que eu intercedesse para que deputados do meu partido não votassem pela abertura do seu processo de cassação", disse Dilma.

"Nunca aceitei na minha vida ameaças ou chantagens. Se não o fiz antes, não o faria na condição de presidente da República."

A presidente afastada lembrou que o ex-presidente da Câmara, sob investigação da Lava Jato e que ainda aguarda votação pelo plenário da Casa do parecer que pede a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar, ainda não foi julgado.

"Curiosamente, serei julgada, por crimes que não cometi, antes do julgamento do ex-presidente da Câmara, acusado de ter praticado gravíssimos atos ilícitos e que liderou as tramas e os ardis que alavancaram as ações voltadas à minha destituição", disse.

Em uma nota de nove pontos, Cunha respondeu acusando Dilma de "continuar mentindo contumazmente", nega que tenha chantageado o governo e que tenha colocado "pautas-bomba" para serem votadas.

"As tentativas de barganha para que eu não abrisse o processo de impeachment partiram do governo dela e por mim não foram aceitas", disse Cunha em nota.

Ao avaliar o discurso e o depoimento da petista, ainda antes do fim da fala de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário dela na disputa eleitoral de 2014, disse que a presidente afastada respondia o que queria a partir das questões que eram colocadas.

"O consenso entre todos nós é que as respostas estão longe de ser objetivas", disse o tucano a jornalistas.

Enquanto Dilma respondia às perguntas dos senadores, atos contrários ao impeachment aconteciam em várias cidades do país, em alguns casos com episódios de violência. Em São Paulo, manifestantes favoráveis à petista entraram em confronto com a Polícia Militar, na Avenida Paulista, que usou bombas de efeito moral para dispersar a manifestação.

No Rio de Janeiro, o protesto aconteceu na avenida Rio Branco, no centro da cidade, e os manifestantes caminharam em direção à Cinelândia. Ao contrário do que aconteceu em São Paulo, no entanto, a PM fluminense apenas acompanhou a manifestação. 

ATO FINAL

Nesta terça-feira, o processo de impeachment deve chegar ao fim com a votação em plenário do Senado. A sessão está marcada para iniciar às 10:00, com a defesa e acusação tendo uma hora e meia para falar. Depois, cada senador poderá discursar por 10 minutos, antes da votação ser aberta.

São necessários 54 votos para que Dilma seja condenada por crime de responsabilidade e tenha seu mandato presidencial cassado pelos senadores. Os governastes falam em 60 votos favoráveis ao impedimento da presidente, que pode colocar fim a 13 anos do PT no comando do governo federal.

Parlamentares favoráveis à petista, no entanto, ainda acreditam conseguir salvar o mandato da presidente afastada, apostando no convencimento de senadores que possa resultar em 30 votos pela absolvição. 

(Com reportagem de Marcela Ayres)

ENQUANTO ISSO... TEMER TENTA COMPRAR SENADOR COM DIRETORIA DE BANCO

Se, de um lado, a presidente eleita Dilma Rousseff foi ao Senado e fez um discurso histórico em defesa da democracia, de outro, o interino Michel Temer negociou barganhas e favores nos bastidores da política; de acordo com a jornalista Natuza Nery, ele prometeu ao senador Roberto Rocha (PSB-MA) uma diretoria no Banco do Nordeste; em seu discurso de ontem, Jorge Viana (PT-AC) colocou o dedo na ferida, ao dizer que vários dos "juízes" do Senado se beneficiam da própria decisão; é o caso por exemplo de José Aníbal (PSDB-SP), suplente de José Serra e amigo de Dilma há 50 anos, mas que votará pelo golpe porque só fica no Senado se o golpe vingar

247 – Se, de um lado, a presidente eleita Dilma Rousseff foi ao Senado e fez um discurso histórico em defesa da democracia, de outro, o interino Michel Temer negociou barganhas e favores nos bastidores da política.

De acordo com a jornalista Natuza Nery, ele prometeu ao senador Roberto Rocha (PSB-MA) uma diretoria no Banco do Nordeste:

Fica, vai ter cargo O senador Roberto Rocha (PSB-MA) será contemplado com uma diretoria do Banco do Nordeste em troca de voto favorável ao impeachment.

Não se afobe, não A oferta veio após o congressista ser procurado por Lula. Assim que soube do encontro, Temer agiu para evitar que Rocha pulasse para o lado de Dilma Rousseff.

Ontem, em seu discurso de ontem, Jorge Viana (PT-AC) colocou o dedo na ferida, ao dizer que vários dos "juízes" do Senado se beneficiam da própria decisão.

É o caso por exemplo de José Aníbal (PSDB-SP), suplente de José Serra e amigo de Dilma há 50 anos, mas que votará pelo golpe porque só fica no Senado se o golpe vingar.

Atenção, MPMA!!! É preciso investigar essas supostas ilicitudes em Formosa da Serra Negra

Prefeito de Formosa da Serra Negra deve ser investigado urgentemente pelo MPMA
O Ministério Público tem por obrigação, diante de suas prerrogativas, investigar essas denúncias abaixo, pois os documentos comprobatórios as enfatizam. Não são justas as aplicabilidades ilícitas, haja vista que o ordenamento público não pode está aos anseios do gestor e de seus familiares, mas sim em prol da coletividade. Com isso, fica a observância do Ministério Público para essas eventuais improbidades.

Empresa Fantasma sucateia município administrado por Médico

Motorista de Prefeito ganha licitação de mais de R$ 4 milhões de reais. A empresa que quando foi procurada funciona um verdurão no local que consta nos documentos, conforme anexo, é do motorista do prefeito municipal de Formosa da serra Negra, Magno de Andrade Ramos. 

A esposa de Magno de Andrade Ramos (o motorista do Prefeito Edmilson Santos) possui cargo de confiança (é diretora de escola sem ao menos ser concursada). O irmão dele, Marcio Andrade é diretor administrativo da Prefeitura. A mãe de Magno Andrade tem também uma residência alugada pela prefeitura, todos os documentos que comprovam estão em anexo.

As notas fiscais 00059, 00062, 00063, 00081 estão clonadas. Possuem outras notas com o mesmo número, só que com valores diferentes.
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Fonte: Blog do Caio Hostílio(com edição)

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DINO: GOLPE “SEMPRE FOI ÓBVIO, HOJE MAIS DO QUE NUNCA”

O governador do Maranhão, Flávio Dino, voltou a usar o Twitter para criticar o processo de impeachment da presidente eleita, Dilma Rousseff, que foi ao Senado fazer a sua defesa; segundo ele, "não há qualquer fundamento constitucional para essa eleição indireta disfarçada de impeachment"

Maranhão 247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), volta a usar o Twitter para criticar o processo de impeachment da presidente eleita, Dilma Rousseff, que foi ao Senado fazer a sua defesa.

"Sempre foi óbvio, e hoje (29) mais do que nunca: não há qualquer fundamento constitucional para essa eleição indireta disfarçada de impeachment", afirmou o chefe do executivo.

A presidente foi pessoalmente ao Senado fazer a sua defesa. Nomes como ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o cantor e compostiro Chic Buarque, e o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos.

Dilma convidou praticamente todos os ex-ministros; a atriz Letícia Sabatella; a presidente do PCdoB, Luciana Santos; o presidente nacional do PT, Rui Falcão; do PDT, Carlos Lupi; da CUT, Vagner Freitas; e o chefe do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Paulo.

A fala inicial de Dilma, na íntegra, em texto e vídeo(leia e assista)


Tijolaço/Fernando Brito


O depoimento inicial de Dilma, na íntegra. Ao final, em vídeo, para quem não assistiu:

No dia 1° de janeiro de 2015 assumi meu segundo mandato à Presidência da República Federativa do Brasil. Fui eleita por mais de 54 milhões de votos.
Na minha posse, assumi o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, bem como o de observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Ao exercer a Presidência da República respeitei fielmente o compromisso que assumi perante a nação e aos que me elegeram. E me orgulho disso. Sempre acreditei na democracia e no Estado de direito, e sempre vi na Constituição de 1988 uma das grandes conquistas do nosso povo.
Jamais atentaria contra o que acredito ou praticaria atos contrários aos interesses daqueles que me elegeram.
Nesta jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade.
Até porque, como todos, tenho defeitos e cometo erros.
Entre os meus defeitos não está a deslealdade e a covardia. Não traio os compromissos que assumo, os princípios que defendo ou os que lutam ao meu lado. Na luta contra a ditadura, recebi no meu corpo as marcas da tortura. Amarguei por anos o sofrimento da prisão. Vi companheiros e companheiras sendo violentados, e até assassinados.
Na época, eu era muito jovem. Tinha muito a esperar da vida. Tinha medo da morte, das sequelas da tortura no meu corpo e na minha alma. Mas não cedi. Resisti. Resisti à tempestade de terror que começava a me engolir, na escuridão dos tempos amargos em que o país vivia. Não mudei de lado. Apesar de receber o peso da injustiça nos meus ombros, continuei lutando pela democracia.
Dediquei todos esses anos da minha vida à luta por uma sociedade sem ódios e intolerância. Lutei por uma sociedade livre de preconceitos e de discriminações. Lutei por uma sociedade onde não houvesse miséria ou excluídos. Lutei por um Brasil soberano, mais igual e onde houvesse justiça.
Disso tenho orgulho. Quem acredita, luta.
Aos quase setenta anos de idade, não seria agora, após ser mãe e avó, que abdicaria dos princípios que sempre me guiaram.
Exercendo a Presidência da República tenho honrado o compromisso com o meu país, com a Democracia, com o Estado de Direito. Tenho sido intransigente na defesa da honestidade na gestão da coisa pública.
Por isso, diante das acusações que contra mim são dirigidas neste processo, não posso deixar de sentir, na boca, novamente, o gosto áspero e amargo da injustiça e do arbítrio.
E por isso, como no passado, resisto.
Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes. No passado, com as armas, e hoje, com a retórica jurídica, pretendem novamente atentar contra a democracia e contra o Estado do Direito.
Se alguns rasgam o seu passado e negociam as benesses do presente, que respondam perante a sua consciência e perante a história pelos atos que praticam. A mim cabe lamentar pelo que foram e pelo que se tornaram.
E resistir. Resistir sempre. Resistir para acordar as consciências ainda adormecidas para que, juntos, finquemos o pé no terreno que está do lado certo da história, mesmo que o chão trema e ameace de novo nos engolir.
Não luto pelo meu mandato por vaidade ou por apego ao poder, como é próprio dos que não tem caráter, princípios ou utopias a conquistar. Luto pela democracia, pela verdade e pela justiça. Luto pelo povo do meu País, pelo seu bem-estar.
Muitos hoje me perguntam de onde vem a minha energia para prosseguir. Vem do que acredito. Posso olhar para trás e ver tudo o que fizemos. Olhar para a frente e ver tudo o que ainda precisamos e podemos fazer. O mais importante é que posso olhar para mim mesma e ver a face de alguém que, mesmo marcada pelo tempo, tem forças para defender suas ideias e seus direitos.
Sei que, em breve, e mais uma vez na vida, serei julgada. E é por ter a minha consciência absolutamente tranquila em relação ao que fiz, no exercício da Presidência da República que venho pessoalmente à presença dos que me julgarão. Venho para olhar diretamente nos olhos de Vossas Excelências, e dizer, com a serenidade dos que nada tem a esconder que não cometi nenhum crime de responsabilidade. Não cometi os crimes dos quais sou acusada injusta e arbitrariamente.
Hoje o Brasil, o mundo e a história nos observam e aguardam o desfecho deste processo de impeachment.
No passado da América Latina e do Brasil, sempre que interesses de setores da elite econômica e política foram feridos pelas urnas, e não existiam razões jurídicas para uma destituição legítima, conspirações eram tramadas resultando em golpes de estado.
O Presidente Getúlio Vargas, que nos legou a CLT e a defesa do patrimônio nacional, sofreu uma implacável perseguição; a hedionda trama orquestrada pela chamada “República do Galeão, que o levou ao suicídio.
O Presidente Juscelino Kubitscheck, que contruiu essa cidade, foi vítima de constantes e fracassadas tentativas de golpe, como ocorreu no episódio de Aragarças.
O presidente João Goulart, defensor da democracia, dos direitos dos trabalhadores e das Reformas de Base, superou o golpe do parlamentarismo mas foi deposto e instaurou-se a ditadura militar, em 1964. Durante 20 anos, vivemos o silêncio imposto pelo arbítrio e a democracia foi varrida de nosso País. Milhões de brasileiros lutaram e reconquistaram o direito a eleições diretas.
Hoje, mais uma vez, ao serem contrariados e feridos nas urnas os interesses de setores da elite econômica e política nos vemos diante do risco de uma ruptura democrática. Os padrões políticos dominantes no mundo repelem a violência explícita. Agora, a ruptura democrática se dá por meio da violência moral e de pretextos constitucionais para que se empreste aparência de legitimidade ao governo que assume sem o amparo das urnas. Invoca-se a Constituição para que o mundo das aparências encubra hipocritamente o mundo dos fatos.
As provas produzidas deixam claro e inconteste que as acusações contra mim dirigidas são meros pretextos, embasados por uma frágil retórica jurídica.
Nos últimos dias, novos fatos evidenciaram outro aspecto da trama que caracteriza este processo de impeachment. O autor da representação junto ao Tribunal de Contas da União que motivou as acusações discutidas nesse processo, foi reconhecido como suspeito pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Soube-se ainda, pelo depoimento do auditor responsável pelo parecer técnico, que ele havia ajudado a elaborar a própria representação que auditou. Fica claro o vício da parcialidade, a trama, na construção das teses por eles defendidas.
São pretextos, apenas pretextos, para derrubar, por meio de um processo de impeachment sem crime de responsabilidade, um governo legítimo, escolhido em eleição direta com a participação de 110 milhões de brasileiros e brasileiras. O governo de uma mulher que ousou ganhar duas eleições presidenciais consecutivas.
São pretextos para viabilizar um golpe na Constituição. Um golpe que, se consumado, resultará na eleição indireta de um governo usurpador.
A eleição indireta de um governo que, já na sua interinidade, não tem mulheres comandando seus ministérios, quando o povo, nas urnas, escolheu uma mulher para comandar o país. Um governo que dispensa os negros na sua composição ministerial e já revelou um profundo desprezo pelo programa escolhido pelo povo em 2014.
Fui eleita presidenta por 54 milhões e meio de votos para cumprir um programa cuja síntese está gravada nas palavras “nenhum direito a menos”.
O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas o meu mandato. O que está em jogo é o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição.
O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos: os ganhos da população, das pessoas mais pobres e da classe média; a proteção às crianças; os jovens chegando às universidades e às escolas técnicas; a valorização do salário mínimo; os médicos atendendo a população; a realização do sonho da casa própria.
O que está em jogo é o investimento em obras para garantir a convivência com a seca no semiárido, é a conclusão do sonhado e esperado projeto de integração do São Francisco. O que está em jogo é, também, a grande descoberta do Brasil, o pré-sal. O que está em jogo é a inserção soberana de nosso País no cenário internacional, pautada pela ética e pela busca de interesses comuns.
O que está em jogo é a auto-estima dos brasileiros e brasileiras, que resistiram aos ataques dos pessimistas de plantão à capacidade do País de realizar, com sucesso, a Copa do Mundo e as Olimpíadas e Paraolimpíadas.
O que está em jogo é a conquista da estabilidade, que busca o equilíbrio fiscal mas não abre mão de programas sociais para a nossa população.
O que está em jogo é o futuro do País, a oportunidade e a esperança de avançar sempre mais.
Senhoras e senhores senadores,
No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a eventual perda de maioria parlamentar para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime.
Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”. Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições. E nas eleições o programa de governo vencedor não foi este agora ensaiado e desenhado pelo Governo interino e defendido pelos meus acusadores.
O que pretende o governo interino, se transmudado em efetivo, é um verdadeiro ataque às conquistas dos últimos anos.
Desvincular o piso das aposentadorias e pensões do salário mínimo será a destruição do maior instrumento de distribuição de renda do país, que é a Previdência Social. O resultado será mais pobreza, mais mortalidade infantil e a decadência dos pequenos municípios.
A revisão dos direitos e garantias sociais previstos na CLT e a proibição do saque do FGTS na demissão do trabalhador são ameaças que pairam sobre a população brasileira caso prospere o impeachment sem crime de responsabilidade.
Conquistas importantes para as mulheres, os negros e as populações LGBT estarão comprometidas pela submissão a princípios ultraconservadores.
O nosso patrimônio estará em questão, com os recursos do pré-sal, as riquezas naturais e minerárias sendo privatizadas.
A ameaça mais assustadora desse processo de impeachment sem crime de responsabilidade é congelar por inacreditáveis 20 anos todas as despesas com saúde, educação, saneamento, habitação. É impedir que, por 20 anos, mais crianças e jovens tenham acesso às escolas; que, por 20 anos, as pessoas possam ter melhor atendimento à saúde; que, por 20 anos, as famílias possam sonhar com casa própria.
Senhor Presidente Ricardo Lewandowski, Sras. e Srs. Senadores,
A verdade é que o resultado eleitoral de 2014 foi um rude golpe em setores da elite conservadora brasileira.
Desde a proclamação dos resultados eleitorais, os partidos que apoiavam o candidato derrotado nas eleições fizeram de tudo para impedir a minha posse e a estabilidade do meu governo. Disseram que as eleições haviam sido fraudadas, pediram auditoria nas urnas, impugnaram minhas contas eleitorais, e após a minha posse, buscaram de forma desmedida quaisquer fatos que pudessem justificar retoricamente um processo de impeachment.
Como é próprio das elites conservadoras e autoritárias, não viam na vontade do povo o elemento legitimador de um governo. Queriam o poder a qualquer preço.
Tudo fizeram para desestabilizar a mim e ao meu governo.
Só é possível compreender a gravidade da crise que assola o Brasil desde 2015, levando-se em consideração a instabilidade política aguda que, desde a minha reeleição, tem caracterizado o ambiente em que ocorrem o investimento e a produção de bens e serviços.
Não se procurou discutir e aprovar uma melhor proposta para o País. O que se pretendeu permanentemente foi a afirmação do “quanto pior melhor”, na busca obsessiva de se desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos desta questionável ação política para toda a população.
A possibilidade de impeachment tornou-se assunto central da pauta política e jornalística apenas dois meses após minha reeleição, apesar da evidente improcedência dos motivos para justificar esse movimento radical.
Nesse ambiente de turbulências e incertezas, o risco político permanente provocado pelo ativismo de parcela considerável da oposição acabou sendo um elemento central para a retração do investimento e para o aprofundamento da crise econômica.
Deve ser também ressaltado que a busca do reequilíbrio fiscal, desde 2015, encontrou uma forte resistência na Câmara dos Deputados, à época presidida pelo Deputado Eduardo Cunha. Os projetos enviados pelo governo foram rejeitados, parcial ou integralmente. Pautas bombas foram apresentadas e algumas aprovadas.
As comissões permanentes da Câmara, em 2016, só funcionaram a partir do dia 5 de maio, ou seja, uma semana antes da aceitação do processo de impeachment pela Comissão do Senado Federal. Os Srs. e as Sras. Senadores sabem que o funcionamento dessas Comissões era e é absolutamente indispensável para a aprovação de matérias que interferem no cenário fiscal e encaminhar a saída da crise.
Foi criado assim o desejado ambiente de instabilidade política, propício a abertura do processo de impeachment sem crime de responsabilidade.
Sem essas ações, o Brasil certamente estaria hoje em outra situação política, econômica e fiscal.
Muitos articularam e votaram contra propostas que durante toda a vida defenderam, sem pensar nas consequências que seus gestos trariam para o país e para o povo brasileiro. Queriam aproveitar a crise econômica, porque sabiam que assim que o meu governo viesse a superá-la, sua aspiração de acesso ao poder haveria de ficar sepultada por mais um longo período.
Mas, a bem da verdade, as forças oposicionistas somente conseguiram levar adiante o seu intento quando outra poderosa força política a elas se agregou: a força política dos que queriam evitar a continuidade da “sangria” de setores da classe política brasileira, motivada pelas investigações sobre a corrupção e o desvio de dinheiro público.
É notório que durante o meu governo e o do Pr Lula foram dadas todas as condições para que estas investigações fossem realizadas. Propusemos importantes leis que dotaram os órgãos competentes de condições para investigar e punir os culpados.
Assegurei a autonomia do Ministério Público, nomeando como Procurador Geral da República o primeiro nome da lista indicado pelos próprios membros da instituição. Não permiti qualquer interferência política na atuação da Polícia Federal.
Contrariei, com essa minha postura, muitos interesses. Por isso, paguei e pago um elevado preço pessoal pela postura que tive.
Arquitetaram a minha destituição, independentemente da existência de quaisquer fatos que pudesse justificá-la perante a nossa Constituição.
Encontraram, na pessoa do ex-Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha o vértice da sua aliança golpista.
Articularam e viabilizaram a perda da maioria parlamentar do governo. Situações foram criadas, com apoio escancarado de setores da mídia, para construir o clima político necessário para a desconstituição do resultado eleitoral de 2014.
Todos sabem que este processo de impeachment foi aberto por uma “chantagem explícita” do ex-Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como chegou a reconhecer em declarações à imprensa um dos próprios denunciantes. Exigia aquele parlamentar que eu intercedesse para que deputados do meu partido não votassem pela abertura do seu processo de cassação.​
Nunca aceitei na minha vida ameaças ou chantagens. Se não o fiz antes, não o faria na condição de Presidenta da República. É fato, porém, que não ter me curvado a esta chantagem motivou o recebimento da denúncia por crime de responsabilidade e a abertura deste d processo, sob o aplauso dos derrotados em 2014 e dos temerosos pelas investigações.
Se eu tivesse me acumpliciado com a improbidade e com o que há de pior na política brasileira, como muitos até hoje parecem não ter o menor pudor em fazê-lo, eu não correria o risco de ser condenada injustamente.
Quem se acumplicia ao imoral e ao ilícito, não tem respeitabilidade para governar o Brasil. Quem age para poupar ou adiar o julgamento de uma pessoa que é acusada de enriquecer às custas do Estado brasileiro e do povo que paga impostos, cedo ou tarde, acabará pagando perante a sociedade e a história o preço do seu descompromisso com a ética.
Todos sabem que não enriqueci no exercício de cargos públicos, que não desviei dinheiro público em meu proveito próprio, nem de meus familiares, e que não possuo contas ou imóveis no exterior. Sempre agi com absoluta probidade nos cargos públicos que ocupei ao longo da minha vida.
Curiosamente, serei julgada, por crimes que não cometi, antes do julgamento do ex-presidente da Câmara, acusado de ter praticado gravíssimos atos ilícitos e que liderou as tramas e os ardis que alavancaram as ações voltadas à minha destituição.
Ironia da história? Não, de forma nenhuma. Trata-se de uma ação deliberada que conta com o silêncio cúmplice de setores da grande mídia brasileira.
Viola-se a democracia e pune-se uma inocente. Este é o pano de fundo que marca o julgamento que será realizado pela vontade dos que lançam contra mim pretextos acusatórios infundados.
Estamos a um passo da consumação de uma grave ruptura institucional. Estamos a um passo da concretização de um verdadeiro golpe de Estado.

Senhoras e Senhores Senadores,

Vamos aos autos deste processo. Do que sou acusada? Quais foram os atentados à Constituição que cometi? Quais foram os crimes hediondos que pratiquei?
A primeira acusação refere-se à edição de três decretos de crédito suplementar sem autorização legislativa. Ao longo de todo o processo, mostramos que a edição desses decretos seguiu todas as regras legais. Respeitamos a previsão contida na Constituição, a meta definida na LDO e as autorizações estabelecidas no artigo 4° da Lei Orçamentária de 2015, aprovadas pelo Congresso Nacional.
Todas essas previsões legais foram respeitadas em relação aos 3 decretos. Eles apenas ofereceram alternativas para alocação dos mesmos limites, de empenho e financeiro, estabelecidos pelo decreto de contingenciamento, que não foram alterados. Por isso, não afetaram em nada a meta fiscal.
Ademais, desde 2014, por iniciativa do Executivo, o Congresso aprovou a inclusão, na LDO, da obrigatoriedade que qualquer crédito aberto deve ter sua execução subordinada ao decreto de contingenciamento, editado segundo as normas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. E isso foi precisamente respeitado.
Não sei se por incompreensão ou por estratégia, as acusações feitas neste processo buscam atribuir a esses decretos nossos problemas fiscais. Ignoram ou escondem que os resultados fiscais negativos são consequência da desaceleração econômica e não a sua causa.
Escondem que, em 2015, com o agravamento da crise, tivemos uma expressiva queda da receita ao longo do ano – foram R$ 180 bilhões a menos que o previsto na Lei Orçamentária.
Fazem questão de ignorar que realizamos, em 2015, o maior contingenciamento de nossa história. Cobram que, quando enviei ao Congresso Nacional, em julho de 2015, o pedido de autorização para reduzir a meta fiscal, deveria ter imediatamente realizado um novo contingenciamento. Não o fiz porque segui o procedimento que não foi questionado pelo Tribunal de Contas da União ou pelo Congresso Nacional na análise das contas de 2009.
Além disso, a responsabilidade com a população justifica também nossa decisão. Se aplicássemos, em julho, o contingenciamento proposto pelos nossos acusadores cortaríamos 96% do total de recursos disponíveis para as despesas da União. Isto representaria um corte radical em todas as dotações orçamentárias dos órgãos federais. Ministérios seriam paralisados, universidades fechariam suas portas, o Mais Médicos seria interrompido, a compra de medicamentos seria prejudicada, as agências reguladoras deixariam de funcionar. Na verdade, o ano de 2015 teria, orçamentariamente, acabado em julho.
Volto a dizer: ao editar estes decretos de crédito suplementar, agi em conformidade plena com a legislação vigente. Em nenhum desses atos, o Congresso Nacional foi desrespeitado. Aliás, este foi o comportamento que adotei em meus dois mandatos.
Somente depois que assinei estes decretos é que o Tribunal de Contas da União mudou a posição que sempre teve a respeito da matéria. É importante que a população brasileira seja esclarecida sobre este ponto: os decretos foram editados em julho e agosto de 2015 e somente em outubro de 2015 o TCU aprovou a nova interpretação.
O TCU recomendou a aprovação das contas de todos os presidentes que editaram decretos idênticos aos que editei. Nunca levantaram qualquer problema técnico ou apresentaram a interpretação que passaram a ter depois que assinei estes atos.
Querem me condenar por ter assinado decretos que atendiam a demandas de diversos órgãos, inclusive do próprio Poder Judiciário, com base no mesmo procedimento adotado desde a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2001?
Por ter assinado decretos que somados, não implicaram, como provado nos autos, em nenhum centavo de gastos a mais para prejudicar a meta fiscal?
A segunda denúncia dirigida contra mim neste processo também é injusta e frágil. Afirma-se que o alegado atraso nos pagamentos das subvenções econômicas devidas ao Banco do Brasil, no âmbito da execução do programa de crédito rural Plano Safra, equivale a uma “operação de crédito”, o que estaria vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Como minha defesa e várias testemunhas já relataram, a execução do Plano Safra é regida por uma lei de 1992, que atribui ao Ministério da Fazenda a competência de sua normatização, inclusive em relação à atuação do Banco do Brasil. A Presidenta da República não pratica nenhum ato em relação à execução do Plano Safra. Parece óbvio, além de juridicamente justo, que eu não seja acusada por um ato inexistente.
A controvérsia quanto a existência de operação de crédito surgiu de uma mudança de interpretação do TCU, cuja decisão definitiva foi emitida em dezembro de 2015. Novamente, há uma tentativa de dizer que cometi um crime antes da definição da tese de que haveria um crime. Uma tese que nunca havia surgido antes e que, como todas as senhoras e senhores senadores souberam em dias recentes, foi urdida especialmente para esta ocasião.
Lembro ainda a decisão recente do Ministério Público Federal, que arquivou inquérito exatamente sobre esta questão. Afirmou não caber falar em ofensa à lei de responsabilidade fiscal porque eventuais atrasos de pagamento em contratos de prestação de serviços entre a União e instituições financeiras públicas não são operações de crédito.
Insisto, senhoras senadoras e senhores senadores: não sou eu nem tampouco minha defesa que fazemos estas alegações. É o Ministério Público Federal que se recusou a dar sequência ao processo, pela inexistência de crime.
Sobre a mudança de interpretação do TCU, lembro que, ainda antes da decisão final, agi de forma preventiva. Solicitei ao Congresso Nacional a autorização para pagamento dos passivos e defini em decreto prazos de pagamento para as subvenções devidas. Em dezembro de 2015, após a decisão definitiva do TCU e com a autorização do Congresso, saldamos todos os débitos existentes.
Não é possível que não se veja aqui também o arbítrio deste processo e a injustiça também desta acusação.
Este processo de impeachment não é legítimo. Eu não atentei, em nada, em absolutamente nada contra qualquer dos dispositivos da Constituição que, como Presidenta da República, jurei cumprir. Não pratiquei ato ilícito. Está provado que não agi dolosamente em nada. Os atos praticados estavam inteiramente voltados aos interesses da sociedade. Nenhuma lesão trouxeram ao erário ou ao patrimônio público.
Volto a afirmar, como o fez a minha defesa durante todo o tempo, que este processo está marcado, do início ao fim, por um clamoroso desvio de poder.
É isto que explica a absoluta fragilidade das acusações que contra mim são dirigidas.
Tem-se afirmado que este processo de impeachment seria legítimo porque os ritos e prazos teriam sido respeitados. No entanto, para que seja feita justiça e a democracia se imponha, a forma só não basta. É necessário que o conteúdo de uma sentença também seja justo. E no caso, jamais haverá justiça na minha condenação.
Ouso dizer que em vários momentos este processo se desviou, clamorosamente, daquilo que a Constituição e os juristas denominam de “devido processo legal”.
Não há respeito ao devido processo legal quando a opinião condenatória de grande parte dos julgadores é divulgada e registrada pela grande imprensa, antes do exercício final do direito de defesa.
Não há respeito ao devido processo legal quando julgadores afirmam que a condenação não passa de uma questão de tempo, porque votarão contra mim de qualquer jeito.
Nesse caso, o direito de defesa será exercido apenas formalmente, mas não será apreciado substantivamente nos seus argumentos e nas suas provas. A forma existirá apenas para dar aparência de legitimidade ao que é ilegítimo na essência.
Senhoras e senhores senadores,
Nesses meses, me perguntaram inúmeras vezes porque eu não renunciava, para encurtar este capítulo tão difícil de minha vida.
Jamais o faria porque tenho compromisso inarredável com o Estado Democrático de Direito.
Jamais o faria porque nunca renuncio à luta.
Confesso a Vossas Excelências, no entanto, que a traição, as agressões verbais e a violência do preconceito me assombraram e, em alguns momentos, até me magoaram. Mas foram sempre superados, em muito, pela solidariedade, pelo apoio e pela disposição de luta de milhões de brasileiras e brasileiros pelo País afora. Por meio de manifestações de rua, reuniões, seminários, livros, shows, mobilizações na internet, nosso povo esbanjou criatividade e disposição para a luta contra o golpe.
As mulheres brasileiras têm sido, neste período, um esteio fundamental para minha resistência. Me cobriram de flores e me protegeram com sua solidariedade. Parceiras incansáveis de uma batalha em que a misoginia e o preconceito mostraram suas garras, as brasileiras expressaram, neste combate pela democracia e pelos direitos, sua força e resiliência. Bravas mulheres brasileiras, que tenho a honra e o dever de representar como primeira mulher Presidenta do Brasil.
Chego à última etapa desse processo comprometida com a realização de uma demanda da maioria dos brasileiros: convocá-los a decidir, nas urnas, sobre o futuro de nosso País. Diálogo, participação e voto direto e livre são as melhores armas que temos para a preservação da democracia.
Confio que as senhoras senadoras e os senhores senadores farão justiça. Tenho a consciência tranquila. Não pratiquei nenhum crime de responsabilidade. As acusações dirigidas contra mim são injustas e descabidas. Cassar em definitivo meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política.
Este é o segundo julgamento a que sou submetida em que a democracia tem assento, junto comigo, no banco dos réus. Na primeira vez, fui condenada por um tribunal de exceção. Daquela época, além das marcas dolorosas da tortura, ficou o registro, em uma foto, da minha presença diante de meus algozes, num momento em que eu os olhava de cabeça erguida enquanto eles escondiam os rostos, com medo de serem reconhecidos e julgados pela história.
Hoje, quatro décadas depois, não há prisão ilegal, não há tortura, meus julgadores chegaram aqui pelo mesmo voto popular que me conduziu à Presidência. Tenho por todos o maior respeito, mas continuo de cabeça erguida, olhando nos olhos dos meus julgadores.
Apesar das diferenças, sofro de novo com o sentimento de injustiça e o receio de que, mais uma vez, a democracia seja condenada junto comigo. E não tenho dúvida que, também desta vez, todos nós seremos julgados pela história.
Por duas vezes vi de perto a face da morte: quando fui torturada por dias seguidos, submetida a sevícias que nos fazem duvidar da humanidade e do próprio sentido da vida; e quando uma doença grave e extremamente dolorosa poderia ter abreviado minha existência.
Hoje eu só temo a morte da democracia, pela qual muitos de nós, aqui neste plenário, lutamos com o melhor dos nossos esforços.
Reitero: respeito os meus julgadores.
Não nutro rancor por aqueles que votarão pela minha destituição.
Respeito e tenho especial apreço por aqueles que têm lutado bravamente pela minha absolvição, aos quais serei eternamente grata.
Neste momento, quero me dirigir aos senadores que, mesmo sendo de oposição a mim e ao meu governo, estão indecisos.
Lembrem-se que, no regime presidencialista e sob a égide da nossa Constituição, uma condenação política exige obrigatoriamente a ocorrência de um crime de responsabilidade, cometido dolosamente e comprovado de forma cabal.
Lembrem-se do terrível precedente que a decisão pode abrir para outros presidentes, governadores e prefeitos. Condenar sem provas substantivas. Condenar um inocente.
Faço um apelo final a todos os senadores: não aceitem um golpe que, em vez de solucionar, agravará a crise brasileira.
Peço que façam justiça a uma presidenta honesta, que jamais cometeu qualquer ato ilegal, na vida pessoal ou nas funções públicas que exerceu. Votem sem ressentimento. O que cada senador sente por mim e o que nós sentimos uns pelos outros importa menos, neste momento, do que aquilo que todos sentimos pelo país e pelo povo brasileiro.
Peço: votem contra o impeachment. Votem pela democracia.
Muito obrigada.”


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