Em seu último evento antes do julgamento final do impeachment no Senado, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso de esperança em Brasília na noite desta quarta-feira 24; "Do mesmo jeito que eu lutei contra a ditadura e resisti, e ganhamos, porque implantamos a democracia, dessa mesma maneira nós vamos aprofundar a democracia no Brasil, nós vamos avançar. E para isso só tem um jeito: nós temos que ter esperança", disse durante Ato pela Democracia, organizado pela Frente Brasil Popular; "Defenderei a democracia e interesses do povo, mas sobretudo, construir instrumentos para que nunca mais aconteça o vivemos":
Brasília 247 – A presidente Dilma Rousseff fez um discurso de esperança e de motivação à luta durante Ato pela Democracia em Brasília na noite desta quarta-feira 24, organizado pela Frente Brasil Popular.
"Do mesmo jeito que eu lutei contra a ditadura e resisti, e ganhamos, porque implantamos a democracia, dessa mesma maneira nós vamos aprofundar a democracia no Brasil, nós vamos avançar. E para isso só tem um jeito: nós temos que ter esperança", discursou a presidente. "Teremos que continuar lutando", reforçou.
A atividade aconteceu um dia antes do início do julgamento final do processo de impeachment no Senado. Nesta quinta-feira começam a serem ouvidas as testemunhas de defesa e de acusação. Dilma deve ir pessoalmente ao Senado no dia 29 e então ocorrerá a votação final sobre seu afastamento.
"Defenderei a democracia e interesses do povo, mas sobretudo, construir instrumentos para que nunca mais aconteça o vivemos", declarou. Dilma disse que achou "que nunca mais viveria um processo arbitrário, mas a democracia não está garantida. A gente sempre tem que lutar".
Em sua fala, Dilma também pediu a regulação da mídia, assim como há regulação em vários outros setores do mercado, destacou a presidente. Dilma lembrou os 62 anos da morte de Getúlio Vargas e declarou: "Eu não tenho que renunciar. Eu não tenho que me suicidar".
Para a presidente eleita, "temos que ser capazes de resgatar a democracia", pois "um golpe nesse sentido, mesmo ainda não concluído, deixa marcas profundas. E a principal é a ruptura democrática". Segundo ela, "é necessário uma reeleição para se recompor todas as instâncias democráticas do nosso país".