Planejar para o desenvolvimento econômico e social de todas as regiões geográficas maranhenses

Por Emerson Araújo

O Maranhão não pode mais esperar. Esta afirmativa um tanto audaciosa precisa estar na cartilha/agenda governamental do Sr. Flávio Dino como ferramenta de trabalho cotidiano, como lembrete constante de que muito precisa se fazer em todas as áreas de desenvolvimento e em todas as regiões geográficas do Estado.

Um crédito aos planejadores do novo Maranhão

Sabe-se que é impossível apresentar resultados satisfatórios em 120 dias de governança para um Estado que foi vilipendiado durante quase sessenta anos por um grupo político que, na sua saga de poder pelo poder,  retirou a capacidade de crescimento econômico e social da maioria da população. Mesmo assim, se torna premente para os planejadores do novo Maranhão a necessidade de ver o território maranhense como um todo, sem privilégios e uniformizações de ações de políticas públicas, é fundamental guardar, acima de tudo, as vocações econômicas e sociais de cada área geográfica, de cada cidade e seus habitantes em todos os seus rincões.
A verdade é que não se pode planejar ações de políticas públicas desenvolvimentistas centradas na velha premissa conservadora de investir somente no maior colégio eleitoral ou naquela região onde o coronelismo político continua sendo a marca impagável do voto único, diga-se de passagem.

Planejando o Maranhão

O Maranhão urge e precisa ser planejado com ações desenvolvimentistas que contemplem as vocações econômicas e sociais do seu povo com certa urgência. Nada de novo na assertiva, mas é fundamental lembrar que o novo Governo eleito em outubro passado, fruto de uma coalização de partidos e lideranças políticas que passeiam da direita até a esquerda dita comunista, não pode retardar as necessidades prementes de todas as regiões geográficas do Estado na melhoria de vida dos maranhenses. Por isso que incentivar mercados, dar crédito, assessoramento técnico a agricultura familiar, reduzir o analfabetismo através de projetos pedagógicos com os municípios, construir parcerias com a iniciativa privada e o agronegócio numa política de empregos e rendas em bases aceitáveis sem incentivos fiscais mirabolantes de prejuízos para o erário público, interiorizar o ensino superior, técnico e tecnológico,  reestruturar a rede de saúde pública das regionais e municípios, assessorando e fiscalizando a aplicação  dos repasses financeiros sob tutela do Estado, além de organizar uma rede de segurança pública com fulcro no preventivo e na inteligência das polícias, além da estruturação das delegacias e Postos da Polícia Militar com o auxílio de todos os municípios são algumas ideias que não podem dormir sobre discussões, seminários, colóquios e outros ditames longe da práxis.

Interiorizar o ensino superior, técnico e tecnológico

Um Estado que pensa em planejar todas as suas regiões geográficas com a mesma intensidade desenvolvimentista não pode se furtar de colocar como carro chefe das suas políticas públicas, a educação. Assim, não adianta só regionalizar o ensino superior, técnico e tecnológico porque este procedimento já foi feito no governo anterior e o resultado foi pífio, torna-se necessário, agora, interiorizar estas modalidades de ensino para se pensar em resultados mais positivos no que tange a educação de qualidade e a formação profissional mais próxima da realidade local. Levar a Universidade Estadual e o Instituto Estadual do Maranhão a cidades com mais de 40 mil habitantes, representa, neste início de governo, uma ação corajosa e revolucionária de quem quer mesmo reverter os quadros econômicos e sociais adversos que tem envergonhado o Maranhão nos últimos anos.

Emerson Araújo é Professor, Jornalista Profissional e Administrador do Blog Bate Tuntum.