O Maranhão está reforçando as medidas para a redução do índice de mortalidade materna no Maranhão, especialmente nesta quinta-feira (28), Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna, que tem como foco principal divulgar os direitos das mulheres à saúde e à maternidade segura. Os últimos dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a taxa de mortalidade caiu de 120 mães por 100 mil nascidos vivos para 69 mães por 100 mil nascidos vivos.
A taxa considerada aceitável pela OMS é de 20 por 100 mil. Mesmo assim, o Brasil colocou como meta chegar a 35 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos até o final do ano. No entanto, o índice ainda está em torno de 62 mortes por 100 mil, o que significa que o país ainda está longe de conseguir alcançar a meta.
No Maranhão, segundo o Departamento Estadual de Atenção à Saúde da Mulher, em 2014, 86 mulheres morreram por complicações no parto, durante ou após a gestação.
Nesse contexto, o Governo do Estado do Maranhão engaja-se para conseguir reduzir os números no estado. Através da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Secretaria de Estado da Mulher (SEM), foram adotadas estratégias para garantir o acesso universal a serviços qualificados de assistência materno infantil.
“Como metas, temos o plano emergencial para potencializar maternidades de risco habitual cirúrgico e não-cirúrgico, o plano estratégico de enfrentamento da mortalidade nas mais diversas regiões de saúde, que vem para reduzir esses números da mortalidade materna, e o comprometimento com os municípios por um pré-natal de qualidade”, explica Marcos Pacheco, secretário Estadual de Saúde.
Ao serem feitas as avaliações dos óbitos, fica claro a ausência do pré-natal. Por isso, torna-se necessária, parcerias com os municípios, pois eles são responsáveis pela identificação do risco de forma precoce para encaminhar a uma referência de atendimento especializado.
Foi adotado o acolhimento com classificação de risco, onde é priorizado o atendimento às pacientes emergentes. Também foi criado o vínculo do médico pré-natalista com a gestante, feito investimento na capacitação dos profissionais, realizando treinamentos internos e discutindo implantação de protocolos que já estão sendo utilizados para uniformizar a conduta na hora do atendimento.
Outra estratégia da SES para enfrentamento da mortalidade materna é a implementação da Rede Cegonha nas Regiões de Saúde, através da cooperação técnica e apoio institucional entre o Estado e os Municípios, garantindo acesso a assistência pré-natal qualificada, a serviços de referência para pré-natal de alto risco e parto de risco habitual. Ampliação de leitos obstétricos e leitos neonatais, além de iniciar o modelo de boas práticas de assistência ao parto na rede SUS e da regulação obstétrica – acabando, dessa forma, com a peregrinação das mulheres na hora de encontrar um hospital para realizar o parto.
Fonte: Maranhão da Gente