O ator e diretor Hugo Carvana morreu neste sábado (4), aos 77 anos, no Rio de Janeiro.
De acordo com informações do Hospital Pró-Cardíaco, na zona sul do Rio de Janeiro, onde Carvana estava internado desde o último domingo (28), ele morreu por volta das 11h, porém este horário ainda não é oficial. A família não autorizou o hospital divulgar a causa da morte e ainda não há informações sobre o horário e local onde ele será sepultado.
O último filme que Carvana assinou como diretor foi "A Casa da Mãe Joana" (2008).
Trajetória
Carioca, nascido em Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio, Hugo Carvana de Holanda começou sua carreira artística aos 18 anos fazendo figuração para um filme. Depois disso fez 22 chanchadas.
Em 1954, foi fazer teatro. Encenou "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, em 1958, e mais tarde , "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes e "Boca de Ouro", de Nelson Rodrigues, da companhia do Teatro Nacional de Comédia, TNC.
Ainda nos anos 50, participou do Cinema Novo, estreando com Ruy Guerra, em "Os Cafajestes", e depois trabalhando com Cacá Diegues e Glauber Rocha
Carvana tornou-se conhecido do grande público atuando em novelas na televisão. Foi Daniel Filho quem o convidou para seu primeiro trabalho, "Anastácia, a Mulher sem Destino" (1967). de Janete Clair.
Foi no cinema que Carvana foi mais reconhecido com o primeiro filme que ele dirigiu, "Vai Trabalhar, Vagabundo", de 1973. Com o longa, ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado.
De 1962 a 2013, foram 681 atuações no cinema. Entre elas, "Bravo Guerreiro", de Gustavo Dahl; "A Grande Cidade", "Os Herdeiros", "Quando o Carnaval Chegar" e "Deus é Brasileiro", de Cacá Diegues; "Tenda dos Milagres", de Nelson Pereira dos Santos; "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade e Pindorama e "Toda Nudez Será Castigada", de Arnaldo Jabor. O último foi em "Giovanni Improtta", de 2013.