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| Foto: Genilma Araújo |
Por Emerson Araújo
Tuntum adentrou nas minhas retinas durante a infância, nas férias de julho ou/e final de ano quando o tempo era mais longo e mamãe vinha visitar vovó Perpétua, Dindinha, padrinho Félix, Tio João Afonso, Zé Nilton e Margareth. Tia Enói já tinha falecido e as primas Inês e Aleluia estavam sob a tutela de Tio João Bandeira pras bandas da Filomena, antigo distrito que os arapuás fizeram seu. Aliás, Santa Filomena do Maranhão foi o porto inicial da família Feitósa na região centro sul maranhense por conta de Dindinha que picada pela vespa da paixão e subtraída pelos olhares do tropeiro/viúvo Félix Ventura Torres. no início da década de cinqüenta; em Floriano do Piauí. Félix Ventura, do sul piauiense já morava no Povoado Carneiro, vizinho do distrito dos arapuás, desde o final da década de quarenta contribuiu para a vinda de uma parte dos Feitósas para a região.
Maria Feitósa de Araújo Torres (Maria Secretária) chegou a Santa Filomena, trazida na garupa de uma burra famosa, redeada pelo belo Félix Ventura Torres. Jovem e bela, também, Dona Maria Secretária, alcunha obtida em Tuntum anos depois, fez o caminho de comerciantes e comerciários florianenses na Filomena dos arapuás, inicialmente, depois e na princesinha do sertão a vida quase toda.
Tio João Afonso chegou a Tuntum, no início da década de 60 (sessenta), para construir paulatinamente o “Armazém Presente Que Deus Me Deu” na Rua São Raimundo e confirmar, pela eternidade, o matrimônio com Tia Jesus, representante da família Moura, e gerar o médico Francisco de Assis e as professoras Rose(in memoriam) e Margarida.
Foi, entre Floriano do Piauí, Filomena do Maranhão e Tuntum, que a família Feitósa encontrou suas extensões e suas misturas durante este sessenta anos de emancipação política do município. A minha descendência oriunda deste tripé amado veio depois para a cidade as margens do Rio Flores e, nas voltas que eu dei pelo mundo, nunca neguei a minha origem de homem do sertão maranhense, graças a Deus!