SENADO FEDERAL: ZÉ REINALDO TROPEÇA NAS PRÓPRIAS PERNAS

José Reinaldo Tavares não descarta fazer o caminho de volta ao grupo Sarney


O ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares, apesar da longevidade na política, vem se comportando com um amador ao externar posições estapafúrdias sobre a eleição para o Senado. Alguns acreditavam que ele estaria combinado com o governador e que seu nome seria anunciado como a segunda candidatura da aliança que está sendo formada em torno da reeleição do governador Flávio Dino, mas diante das entrevistas que andou dando ultimamente, ameaçando se bandear para o grupo Sarney como forma de pressionar o Palácio dos Leões a tomar posição a seu favor, tudo indica o deputado federal se convenceu está fora do jogo e partiu para o tudo ou nada.

Zé Reinaldo vem dando trombada em cima de trombada por conta de suas posições em relação a política nacional, o que levou a direção do PSB convidá-lo a sair por pura falta de afinidade ideológica. Longe da sigla socialista, foi convidado a ingressar no DEM, mas quer impor que sua filiação seja a garantia de que será candidato a senador pela legenda com o apoio do Palácio dos Leões. Até chegou a ameaçar retirar o DEM da aliança com o PCdoB no Maranhão, obrigando o presidente estadual da legenda, deputado Juscelino Filho, vir a público desautorizá-lo a falar em nome do partido sem sequer ser filiado.

Além de repreender o ex-governador, Juscelino disse que foi surpreendido com as declarações do Zé Reinaldo. “Eu não esperava isso. Até porque o Zé Reinaldo, hoje, não tem legitimidade para falar pelo DEM. No vídeo, ele fala como se fosse dirigente e nem filiado ele é. Então, com todo respeito que tenho a ele, acho que ele se equivocou. Ele tem direito de falar por ele, mas não pelo partido. Pelo Democratas no Maranhão quem fala sou eu, que sou o presidente estadual do partido”, observou.

Hoje, conforme publicado na mídia, Zé Reinaldo voltou a meter os pés pelas mãos ao anunciar que se Flávio não quer ele tem que queira, já apontado para uma suposta aliança com Roberto Rocha (PSDB) ou Eduardo Braide (PMN), dois pré-candidatos do consórcio montado pelo ex-senador José Sarney (MDB) para tentar levar a eleição de governador para o segundo turno, foi interpretado nos bastidores com um verdadeiro tiro no pé, pois conseguiu desagradar tanto o Palácio dos Leões como o presidente do DEM, que já não quebraria lança pela filiação nas condições que ele quer impor.

No segundo semestre de 2017, durante convenção estadual do PDT, o governador Flávio Dino anunciou que apoiaria a candidatura do deputado Weverton Rocha ao Senado e ficou de indicar seu apoio ao segundo candidato no momento mais oportuno, ou seja, próximo as convenções partidárias que vão deliberar sobre candidaturas, mas Reinaldo pressionou para Dino anunciar logo seu nome como a segunda opção, mas diante da posição do governador em ouvir primeiros os lideres partidários antes de decidir, acabou se precipitando e tentando levar a vaga na força, mas a estratégia fracassou e pode deixá-lo fora do jogo.

Blog do Jorge Vieira