MILHARES SAEM ÀS RUAS EM DEFESA DA LEGALIDADE

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Movimentos sociais e sindicais se concentraram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, em manifestação contra o pedido de impeachment da presidente Dilma, contra o ajuste fiscal e pedindo a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); no Rio, os protestos ocorreram em frente ao escritório do peemedebista; durante o ato, eles jogaram para o alto notas de dinheiro impressas com a imagem de Cunha, aos gritos de "empurra o Cunha que ele cai" e "não vai ter golpe"; segundo Vagner Freitas, presidente da CUT, o ato ocorre em 70 cidades de 26 estados

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Movimentos sociais e sindicais se concentraram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) numa manifestação contra o pedido de impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff e o ajuste fiscal. Eles pedem também a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Participam do ato integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Intersindical, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outros.

A Polícia Militar não divulgou ainda o número de manifestantes, mas milhares de pessoas já fecham a pista sentido Paraíso/Consolação da Avenida Paulista. A maior parte delas usa camisa vermelha e bandeiras do Brasil e dos movimentos sociais.

O ato ocorre em diversas cidades do país. Segundo Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, o ato ocorre em 70 cidades de 26 estados. Em São Paulo, a ideia dos movimentos sociais e entidades sindicais é fazer uma caminhada até a Praça da República, no centro da capital paulista. Os manifestantes aguardam no vão-livre do Masp o início do ato político.

"É um ato cívico, um ato em defesa da democracia, em defesa da cidadania e da liberdade, pelo fora Cunha e pela mudança da política econômica", disse Freitas. O presidente da CUT estima que 50 mil pessoas devam participar da manifestação. "O Brasil precisa de tranquilidade para construir um projeto de desenvolvimento. Nossa agenda não é do impeachment e da Lava Jato. É da mudança da política econômica e da construção de um projeto de desenvolvimento", acrescentou.

Para o presidente da CUT, esta é a primeira vez, desde o pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, que os movimentos sindicais e sociais se unem. "Toda vez que a democracia e os direitos dos trabalhadores estão em risco, as centrais sindicais e movimentos sociais brasileiros têm cumprido seu papel de se juntar e fazer a defesa desses direitos. Acho que é a maior ação coletiva das centrais e dos movimentos sociais desde o impeachment do Collor. E isso se deve ao Cunha, que unifica todos contra ele", disse à Agência Brasil.

Manifestantes protestam em frente a escritório de Eduardo Cunha no Rio

Vladimir Platonow - Manifestantes que protestaram contra a possibilidade de impeachment da presidenta Dilma Rousseff fizeram um ato em frente ao escritório do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no centro do Rio. Durante o ato, eles jogaram para o alto notas de dinheiro impressas com a imagem de Cunha.

Aos gritos de "empurra o Cunha que ele cai" e "não vai ter golpe", os manifestantes, a maioria formada por jovens ligados a partidos e organizações de esquerda, participam de um ato político unificado, no Rio marcado para a Cinelândia e que ocorre também em outras cidades do país.

Os jovens estavam concentrados em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O policiamento foi reforçado, mas os policiais não intervêm em meio ao grupo, ficando apenas no entorno dos ativistas.

Um grupo de PMs ficou em frente à portaria do edifício, na esquina das avenidas Rio Branco e Nilo Peçanha, para evitar uma possível invasão.