SUBSTITUTO DE CUNHA É INVESTIGADO NA LAVA JATO

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Caso o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja afastado da Presidência da Câmara dos Deputados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o seu substituto será o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA); só haveria eleição para preenchimento do cargo caso Eduardo Cunha renuncie ou seja cassado; Maranhão, que é aliado do ex-presidente José Sarney e de Cunha, também é investigado na operação Lava-Jato; ele foi citado em depoimento do doleiro Alberto Youssef, que o acusou de ter sido beneficiado no esquema de corrupção da Petrobras; Maranhão é alvo, ainda, de outros dois inquéritos no STF

Maranhão 247 – Caso o deputado federal Eduardo Cunha (PD-RJ) seja afastado da Presidência da Câmara dos Deputados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o seu substituto será o vice-presidente da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), a quem caberá comandar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O problema é que Maranhão, aliado do ex-presidente José Sarney e também de Cunha, é investigado na operação Lava-Jato. Ele foi citado em depoimento do doleiro Alberto Youssef, que o acusou de ter sido beneficiado no esquema de corrupção da Petrobras. Waldir Maranhão é alvo, ainda, de dois inquéritos no Supremo acusado de crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Há quem defenda que a substituição de um investigado pelo outro também investigado na operação será automática, sem necessidade de uma eleição para preenchimento do cargo. Só haveria eleição para presidente se Eduardo Cunha renunciasse ou fosse cassado. Mas a decisão sobre o afastamento por parte do STF só será tomada em fevereiro, após o recesso, pelo relator da lava Jato, ministro Teori Zavscki.