O vice-presidente da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP), investigado no Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento no esquema de corrupção que quebrou a Petrobras, anda querendo sumir do Congresso nestes dias de turbulência em que o presidente Eduardo Cunha está com a cabeça a prêmio e ele na eminência de assumir o posto e ver exposto sua vida pregressa.
E foi pensando em escapar do olho do furacão que provoca estragos em Brasília que Waldir Maranhão, em meio as perspectivas de mudança no secretariado, procurou o governador Flávio Dino (PCdoB) e se apresentou como solução para comandar a secretaria de Educação do Estado, mas não foi bem sucedido em sua empreitada.
Ao expor seu plano para assumir a Educação, em substituição a professora Áurea Prazeres, que deve deixar o cargo até o final deste ano por ter entrado em rota de colisão com o PDT, partido que a indicou e reprovou seu desempenho na pasta, o ex-reitor da Universidade Estadual do Maranhão tentou convencer o governador a lhe nomear, mas levou um sonoro não.
Diante da recusa do governador em aceita-lo, Maranhão deixou o Palácio dos Leões ressentido e foi se lamentar com dirigente de outros partidos que integraram a aliança que acabou com o ciclo de dominação da oligarquia Sarney no Maranhão, em 2014.
A secretaria de Educação vem sendo alvo de disputa nos bastidores do Governo. O PDT já pediu a cabeça da secretaria, não abre mão de indicar o substituto, mas enfrenta resistência. A guerra se acentuou ainda mais com a especulação de que Felipe Camarão, uma espécie de curinga do Palácio dos Leões, estaria cotado para assumir o cargo.
Em reunião, semana passada com o primeiro escalão, Flávio Dino, além de pedir que todo o secretariado coloque o cargo à disposição, foi claro ao informar que em 2016 só quem tem está garantido nos cargos é ele o vice-governador Carlos Brandão.
Fonte: Blog do Jorge Vieira