O deputado federal José Reinaldo Tavares deu um puxão de orelha no senador Roberto Rocha por bater de frente contra a pré-candidatura de Bira do Pindaré a prefeito da capital.
Em seu artigo semanal, ele critica a postura arrogante do autointitulado ‘asa de avião’ na condução do diretório do PSB em São Luís, afirmando que ele levou uma fragorosa vaia no encontro estadual do partido por tentar controlar com mãos de ferro a escolha da candidatura socialista.
Leia o trecho em que Zé Reinaldo bate com os dois pés no peito de Roberto Racha:
“Conto um fato ocorrido na última vez em que estive no programa Avesso, da TV Guará. Programa, aliás, muito bem conduzido por Américo de Azevedo Neto. Este mesmo que, na ocasião, me perguntou o que eu achava de uma afirmação do senador Roberto Rocha de que iria, sozinho, escolher o candidato a prefeito pelo PSB em São Luís. Respondi-lhe então que o senador não conhecia a cultura do partido, um partido de base em sindicatos rurais, em que ninguém mandava e tudo era resolvido coletivamente por votação das instâncias partidárias. E que dessa forma seria feito novamente na escolha do candidato do partido em São Luís. Não o agredi e nem o insultei, apenas alertei que o partido era diferente de outros por onde andou o senador.Para minha surpresa, este reagiu com muita agressividade, tentando me insultar, como se isso fosse mudar alguma coisa dentro do partido. Pois bem, o senador que, em discurso, chama a si mesmo de “senador Roberto Rocha”, no último sábado, durante a reunião estadual, que contou com a presença do presidente nacional, sentiu de perto o efeito de desconhecer a realidade do partido.Depois que uma entusiasmada plateia lançou o nome de Bira do Pindaré para concorrer ao cargo de prefeito da capital, e do discurso de aceitação do próprio Bira, o senador, ao fazer o uso da palavra, e sem levar em consideração o desejo dos militantes, resolve – como se fizesse uma concessão – repetir que quem escolhia o candidato, como presidente do Diretório Municipal, era ele. E que assim se lançava candidato a prefeito da capital.Não sei o que Roberto Rocha pensou, talvez contasse com o delírio da plateia, já que ele, senador, descia das alturas para se lançar candidato. Não sei mesmo o que pensava, mas o resultado da falta de conhecimento da cultura partidária só lhe valeu uma sonora vaia por desafiar o desejo das bases partidárias. Não bastasse isso, teve que ouvir do presidente estadual e do presidente nacional que essa decisão pertencia não a uma pessoa, mas às instâncias partidárias como um todo.Se me tivesse ouvido…”
Com informações do jornalista Waldemar Ter.