(*) Emerson Araújo
Professor Emerson Araújo |
Tuntum, nestes cinquenta e oito anos de emancipação política, não pode ser visto apenas como um retrato na parede. A cidade que comemorará mais um aniversário no dia 12 de setembro vindouro começa a adentrar na terceira idade com suas conquistas, seus novos desafios para os quarenta e tantos mil moradores de senhoras e senhores, jovens, crianças e os diversos pensamentos espalhados nas ruas e travessas, vilas e povoados.
Tuntum é uma cidade do bem apesar das suas lacunas, dos seus suspiros, das suas escuridões mais prementes. Ela faz bem aos seus naturais independente das sombras volta e meia, dos intervalos impostos e isso é uma convicção.
Cinquenta e oito anos não devem ser um peso, mas um privilégio para a cidade que não ficou na parede do passado, que construiu uma pretensa história na saga dos desbravadores, dos contribuintes anônimos ao longo das trajetórias possíveis. E Tuntum tem sido assim, um misto de paixão e espanto na ordem dos dias de chuvas torrenciais e sol a pino sobre os telhados dos casarões antigos, das casas atuais.
Pode-se até afirmar que não há nada para comemorar neste 12 de setembro próximo pelas ausências sentidas em Tuntum, mas não é assim, pois as dores da saudade foram substituídas pelo advento das novas chegadas e isso conta muito na cidade porque se celebra, também, o legado da esperança. E Tuntum, com seus cinquenta e oito anos, neste setembro, continua batendo esperança em seus filhos ilustres ou não.
Emerson Araújo - é professor e natural de Tuntum.