Quem não se lembra?


Foto: J. Wilson

Desde segunda-feira próxima passada  um carro de som perambula e  enche a paciência dos tuntunenses pelas principais ruas da cidade com um convite repetitivo e que fez lembrar a última campanha para governador do estado em 2010.

Tuntum sempre foi alvo do interesse político dos governos estaduais do Maranhão, ao longo da sua história em  época das campanhas eleitorais,  e agora não seria diferente ver e ouvir os mesmos discursos, as mesmas falsas promessas, as mesmas lideranças oportunistas despejando o seu blá, blá, blá talvez para uma meia dúzia de apaixonados/apaniguados que pululam pelas calçadas no final da tarde, acreditando em história de enredo trágico para os eleitores tuntunenses.

Mas voltemos a 2010, o porta-voz da oligarquia daquele ano para Tuntum foi o atrapalhado deputado Ricardo Murad, hoje todo poderoso secretário da saúde, em discurso na Praça São Francisco de Assis arrotou em alto bom som uma dezena de projetos para o município caso o grupo oligárquico viesse a ser eleito. Abertura do Centro de Imagem, construção de uma UPA, retorno das verbas da saúde e a refirmação do município como importante polo de saúde do centro sul do Maranhão novamente. Tuntum, no discurso do porta-voz da oligarquia,  seria o melhor lugar do mundo com a reeleição da família Sarney e uma considerável maioria acreditou nesta promessa sem fulcro na verdade. 

Agora o carro de som vomita pelas ruas o tal convite para uma assinatura de ordem de serviço para o asfaltamento de uma parte da cidade, já que 80% da mesma, o Prefeito Cleomar Tema já  o fez com recursos do próprio município e não precisou de tanto alarde. Os mesmos atores da oligarquia voltam ao município em período pré-eleitoral como se aqui fosse um curral de porteiras fechadas quase na véspera de uma nova eleição e como se uma ordem qualquer de um serviço qualquer,  que já deveria ter sido feito em anos anteriores,  fosse agora moeda para compra de voto do povo sofrido, mas atento.

Reafirma-se,   as ações administrativas que deveriam ser  de Estado e  não de  governo não podem ficar atreladas a ano eleitoral em Tuntum ou outro município, mas no Maranhão a oligarquia em quase sessenta anos de mando e desmando sempre tratou o povo das cidades como se fosse gado ferrado, às vezes marcado para morrer diante das falsas promessas de quem deveria ter o zelo por todos e não tem. 

O povo de Tuntum é testemunha viva de que o Centro de Imagens não abriu, a UPA não foi construída, a cidade continuou amargando o sofrimento e o abandono da saúde pública por parte do Governo Roseana Sarney e do atrapalhado deputado, agora secretário sem projetos,  e que não foi para os ares definitivamente pela habilidade administrativa do Dr. Tema. É por isso e por tantas outras razões, que em 2014, Tuntum é Flávio Dino, o cavaleiro da esperança maranhense e não abre. Quanto aos oportunistas, que tentam aportar por aqui nestes dias de novo, quem não se lembra?