Publicado em 07/mai/2013(Ascom/Sinproessema)
Ainda sem definição as negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Maranhão (Sinproesemma) e o governo do Estado, em torno das alterações feitas na proposta do Estatuto do Educador, principal motivo que levou educadores da rede pública estadual à greve, que já entra na sua terceira semana.
Na tarde desta segunda-feira (6), a direção do sindicato reuniu com os trabalhadores, na sede da entidade, para fazer avaliação da greve, das negociações com o governo e discutir a agenda de mobilização da semana.
Os educadores estão fora da sala de aula desde o dia 23 de abril, reivindicando, entre outros itens, a aprovação da proposta de estatuto negociada com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), acompanhada da nova tabela de cargos e salários da categoria, com as progressões e promoções e seus respectivos enquadramentos na tabela, inclusive com o reajuste do piso deste ano.
Os trabalhadores também lutam por melhoria das condições de trabalho nas escolas, por concurso público, valorização e reconhecimento dos funcionários de escolas, efetiva implantação da nova jornada prevista na Lei do Piso, com um terço da carga horária destinada a atividades extraclasses; e convocação de excedentes do último concurso para professor, realizado pelo Estado em 2009.
Impasse
Nos informes repassados na reunião, a secretária-geral do Sinproesemma, Janice Nery, explicou aos trabalhadores que o governo continua negando alguns direitos previstos no estatuto negociado, como a Gratificação por Atividade de Magistério (GAM) para todos e a redução da jornada de trabalho dos professores com mais de 50 anos de idade e mais de 20 anos de dedicação em sala de aula, assim como não apresenta definição da nova tabela salarial, que deve incluir a proposta de pagamento dos retroativos referentes às progressões e promoções não implantadas na data certa em que o educador alcançou os direitos.
Agenda de atividades em São Luís
Enquanto não há acordo para o estatuto e as demais reivindicações da categoria, a secretária Janice Nery explicou que a greve continua, com agenda de atividades. Além do ato público na área rural de São Luís, nesta terça-feira, às 8h, no Tirirical (agência dos Correios), a mobilização passará para os bairros da capital, iniciando com uma passeata na Cidade Operária, nesta quarta-feira (8), às 15 horas, saindo da Escola Estadual Justino Ferreira.