O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na manhã desta quarta-feira (31) que o governo desistiu de aumentar em dois anos o curso de medicina. No lugar disso, o ciclo de dois anos deve se tornar um período obrigatório de residência médica no SUS (Sistema Único de Saúde).
A proposta inicial era de que o curso de medicina fosse ampliado para oito anos de graduação, dois deles cumpridos em atendimento na rede do SUS.A decisão foi tomada após reunião com uma comissão de especialistas que reúne o ex-ministro da Saúde Adib Jatene, a Associação Brasileira de Ensino Médico e um grupo de reitores de universidades federais.
A nova proposta prevê que os médicos, já formados, passem dois anos em residência médica obrigatória na rede pública a partir de 2018, segundo informou a assessoria de imprensa do MEC. Hoje, a residência não é obrigatória.
O primeiro ano deverá ser cumprido nas áreas de atenção primária de emergência e urgência nas áreas de clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, pediatria, medicina da família e comunidade e psiquiatria.
"É evidente que algumas especialidades são mais disputadas, terão exames de seleção. Mas terá vaga para todo estudante de medicina", disse o ministro.
A residência obrigatória em outras áreas ainda será avaliada.
Até 2017, as vagas de residência médica terão de ser universalizadas para atenderem à demanda de estudantes. Segundo a proposta, 40% das vagas de residência deverão ser em medicina da família e comunidade.
Em junho, foi anunciado que até lá serão abertas 12 mil vagas de residência.
O ministro da Educação e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já haviam afirmado que o aumento do curso de medicina poderia ser revisto.
Do UOL