Quebra de monopólio em crédito consignado atende reivindicações antigas de servidores do Estado




O governo do Maranhão revogou a exclusividade do Banco do Brasil para realizar empréstimos consignados aos servidores públicos estaduais. O fim da exclusividade, prevista no Decreto 28.798, publicado no dia 21 de dezembro de 2012, beneficia todos os servidores civis e militares, além dos aposentados e pensionistas. A medida atende antigas reivindicações dos servidores, que criticavam o monopólio do banco, exigindo liberdade de escolha em operações consignadas.

O crédito consignado é uma operação bancária onde a instituição financeira faz o desconto das prestações do valor contratado diretamente nos salários dos servidores, aposentados e pensionistas.

A partir da publicação do novo decreto, as consignações, que só podiam ser feitas por intermédio do Banco do Brasil, passam também a ser feitas por outras instituições financeiras, o que proporciona liberdade ao servidor para pesquisar a melhor oferta de crédito no mercado.

Monopólio

A prática de monopolizar o acesso aos bancos, celebrada, por exemplo, no convênio entre o Governo do Maranhão e o Banco do Brasil, fere o entendimento do Banco Central (BACEN), órgão que regulamenta e fiscaliza a atuação das instituições financeiras no Brasil.

De acordo com o artigo 1º, da circular nº 3.522, do BACEN  publicada em 14 de janeiro de 2011, "fica vedada às instituições financeiras, na prestação de serviços e na contratação de operações, a celebração de convênios, contratos ou acordos que impeçam ou restrinjam o acesso a operações de créditos ofertadas por outras instituições, inclusive aquelas com consignação em folha".

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) sempre denunciou o monopólio imposto pelo governo estadual aos funcionários públicos. No programa de rádio da entidade, que é veiculado na Educadora AM, o “Educação é Notícia”, os funcionários públicos usam o espaço para exigir liberdade na escolha da instituição financeira para contratar o crédito consignado.

Correção

Para o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, a quebra da exclusividade do Banco do Brasil representa a correção de grave erro cometido pelo governo do estado. "O servidor público não pode ser obrigado a utilizar apenas um banco. É um direito procurar a instituição que achar melhor", afirma.


Ascom/Sinproesemma