Os cemitérios de Santa Maria se preparam para dez vezes mais
enterros nesta segunda-feira (28) do que em dias normais por conta da tragédia
na boate Kiss que resultou na morte de pelo menos 231 pessoas ontem.
Com isso, foi organizado um "mutirão" para
sepultar as pessoas. Coroas de flores e caixões estão sendo comprados em outras
cidades, e a prefeitura já auxilia na transferência de corpos.
Normalmente, os cemitérios de Santa Maria, na região central
do Rio Grande do Sul, tem, em média, cinco enterros por dia. Para esta segunda,
estão programados 50. O número de pessoas que trabalha nos locais foi ampliado
de forma emergencial e voluntários também estão sendo utilizados.
A abertura dos cemitérios ocorreu às 7h30, mais cedo que em
dias comuns. Desde domingo não há coroas de flores e caixões suficientes, por
isso, eles têm vindo de cidades vizinhas.
Famílias pobres que necessitam transferência do corpo das
vítimas terão auxílio da prefeitura da Santa Maria, que colocou sua estrutura à
disposição para levar os mortos a suas cidades de origem.
E são muitos os que não são naturais de Santa Maria. A festa
em que ocorreu a tragédia reunia universitários de vários cursos da UFSM
(Universidade Federal de Santa Maria). A cidade recebe estudantes de várias
cidades da região por ser referência em capacitação profissional.
Aos poucos, os corpos estão sendo liberados para voltarem às
cidades de origem.
Na tragédia, 231 pessoas morreram, a maioria por asfixia por
conta do excesso de fumaça. O incêndio na boate Kiss começou na madrugada de
domingo. Segundo a causa mais provável, uma faísca vinda do show pirotécnico da
banda Gurizada Fandangueira deu início ao fogo. A casa noturna tinha Plano de
Prevenção de Incêndio vencido desde agosto.
Fonte: UOL