Caso Marielle: Dino explica que Bolsonaro não pode federalizar processo

O governador Flávio Dino usou as redes sociais para explicar que Jair Bolsonaro não pode usar a Polícia Federal para ouvir o porteiro que disse que um dos acusados pela morte da vereadora Marielle Franco esteve no condomínio do presidente.

“Conforme a Constituição Federal, só quem pode federalizar um processo é o STJ. Está no artigo 109, parágrafo 5º, da Constituição. No mesmo preceito, há os requisitos necessários. Portanto, não é uma questão de mera discricionariedade”, explicou Dino.

“A Constituição é maior do que a lei da selva. Não há rugido prepotente que possa se sobrepor ao respeito às regras do jogo democrático”, completou o governador.

Marrapá

Weverton lamenta que oposição possa fazer o Maranhão perder R$ 247 milhões

Em entrevista ao programa Ponto e Vírgula, da Rádio Difusora FM, o senador Weverton (PDT) explicou a situação da destinação da emenda que a Bancada Federal do Maranhão tem direito, no valor de R$ 247 milhões. Por desavenças políticas, esse recurso está ameaçado, já que a oposição não assinou o acordo proposto.

O senador explicou que a Bancada já havia ajustado o uso dos recursos, que seriam divididos em R$ R$ 121 milhões para a saúde, obras rodoviárias por meio do DNIT, construção de canais em São Luís via Codevasf e verba para instalação de internet nas escolas.

O restante do recurso ao qual o Maranhão tem direito, R$ 126 milhões, seria para emendas de indicação individual. Para receber a verba, o estado precisaria que 14, dos 18 deputados que compõe a Bancada, assinassem o acordo. Mas oito deles não o fizeram.

Foram eles: Aluísio Mendes (PSC), Eduardo Braide (PMN), Edilázio Júnior (PV), Hildo Rocha (MDB), Josimar de Maranhãozinho (PL), Júnior Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriota) e Pastor Gildenemyr.

Na entrevista, Weverton reclamou de um possível boicote dos parlamentares, a maioria de oposição, e citou os casos de João Marcelo (MDB) e do senador Roberto Rocha (PSDB), que mesmo não fazendo parte do grupo político do governador Flávio Dino (PCdoB), não puniram o povo do Maranhão ao não assinar o acordo.

O prazo para a provação das emendas terminaria hoje, mas a Bancada do Maranhão, a única do Brasil a não chegar a um consenso, pediu para que a data fosse estendida até a próxima terça-feira (29).

O senador Weverton fez um apelo aos seus colegas de parlamento, para que as brigas políticas não estejam acima do que mais importa: o bem-estar da população maranhense.

Assinaram o acordo para a destinação de R$ 247 milhões ao Maranhão, além dos três senadores, os deputados federais: André Fufuca (PP), Bira do Pindaré (PSB), Cléber Verde (PRB), Gastão Vieira (Pros), Gil Cutrim (PDT), João Marcelo (MDB), Juscelino Filho (DEM), Márcio Jerry (PCdoB), Pedro Lucas (PTB) e Zé Carlos (PT).

Blog do Garrone

Servidor Público: respeito é necessário

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Por Emerson Araújo

Não adianta mensagens hipócritas que normalmente aparecem hoje(28) para celebrar o dia do Funcionário Público veiculadas em redes sociais, blogues pagos com dinheiro do contribuinte que mais parecem boletins informativos de mentirosos e mentirinhas.

O Funcionário Público(federal, estadual ou municipal) deve comemorar o seu dia, fazendo uma profunda reflexão sobre a sua importância no contexto do serviço público e exigir o  respeito mínimo de quem tem o poder de assegurar-lhe salário em dia, condições mínimas de trabalho e reconhecimento pela condução da administração pública em qualquer contexto, dentro de todos os entes federativos.

Este dia 28 de Outubro não é para ser movido ou motivado por  mensagens "fakes" de gestores que não zelam pelo Funcionário Público, que não reconhecem a sua necessária presença na condução da administração pública, o único capaz de qualificar qualquer gestão  no atendimento à população tão desprovida de serviços públicos qualificados. É o Funcionário Público que dialoga cotidianamente com as pessoas na educação, na saúde, na infraestrutura, na assistência social, na segurança, na limpeza urbana, nos programas e projetos  de melhoria da cidadania. Esquecer a capacidade de articulador do Funcionário Público com atrasos de salários recorrentes, negação de direitos trabalhistas universais,  desmerecimentos de toda ordem  tem sido a marca de de certas administrações públicas e que não podem ser substituídas por mensagens falsas e hipócritas que passeiam por aqui e ali, diga-se de passagem.

O Funcionário Público seja ele professor, médico, gari, enfermeiro, zelador, neste seu dia(28 de Outubro) precisa de salários pagos em dia, direitos trabalhistas efetivados, condições de trabalho dignos e merecimentos para uma carreira funcional que lhe traga sobrevivência cotidianamente e estabilidade profissional  isso é o mínimo, isso é o necessário  hoje e sempre.

PS. Sou Funcionário Público concursado há quase quarenta anos, sempre servindo com Qualidade/Humanidade por onde passei, por isso, a minha reflexão vai além das mensagens mentirosas que rolam por aí.     

Emerson Araújo é servidor público.

Vitória de Fernandez-Cristina mostra correção de rumo na América do Sul


Argentina, vitória eleitoral

Por Paulo Moreira Leite/br 247

A espetacular vitória de Alberto Fernandez-Cristina Kirchner na Argentina mostra que está em curso uma correção de rota à esquerda na América do Sul, após uma guinada passageira em direção a governos conservadores.

Se Maurício Macri foi derrotado em primeiro turno, o que é sempre uma demonstração de força do lado vencedor, o prolongado cerco popular enfrentado por Sebastian Pinera em Santiago sinaliza o esgotamento sem retorno de uma experiência conservadora iniciada em março de 2018. Pinera promete entregar todos os anéis ministeriais na esperança de não perder todos os dedos presidenciais.

Embora o governo de traição de Lenine Moreno tenha sido capaz de resistir a uma semana de insurreição das nações indígenas no Equador, à frente de um prolongado periodo de prosperidade na Bolívia Evo Morales conquistou sua quarta vitória consecutiva em eleições presidenciais, reafirmando uma primeira liderança de longo curso na história do país.

Enfrentando dificuldades e pressões de toda ordem, o governo Nicolás Maduro resiste na Venezuela -- sua sustentação, hoje, é menos fraca do que em 1 de janeiro, data do primeiro entre vários golpes fracassados estimulados pela Casa Branca de Donald Trump.

(Ainda não falamos de AMLO, primeiro presidente de esquerda em oito décadas de política mexicana). 

Principal influência econômica na região após o Brasil e, de longe, a maior liderança no universo de língua espanhola, a troca de governo em Buenos Aires marca uma derrota dos projetos de recolonização imperialista do Continente.

Trata-se, para Washington, de impedir a consolidação de governos que, mesmo conservando imensas diferenças políticas e culturais entre si, já demonstraram uma reconhecida capacidade de articulação conjunta, com lideranças capazes de preservar interesses e prioridades de povos e países numa etapa delicadíssima da economia mundial.

Num período no qual Washington e Pequim tomam posição na partilha de recursos naturais e outras fontes imensas de riqueza do planeta, a diplomacia representa uma atividade com chance de risco de risco e submissão -- ou de vitória e progresso. O projeto de Washington é erguer muros e construir um quintal da Patagonia ao Canal de Panamá. 

Utilizando as duas linguagens permitidas pela luta política, a eleitoral e a mobilização de massas, a América do Sul disse não. 


Temporariamente à margem desse processo, aqui iniciado através de um golpe parlamentar, o Brasil de Bolsonaro está condenado a ser cada vez mais pressionado de fora para dentro, pela força e pelo exemplo dos vizinhos. A mudança de rumo nunca é uma fatalidade, mas um destino necessário e uma questão de tempo.

Alguma dúvida?

Ariovaldo Ramos: ‘A revolução não precisa prescindir da fé’


Para o pastor, convivência entre política e religião requer a superação de preconceitos, mas sem atropelar a laicidade do Estado

Ariovaldo Ramos: 'A fé tem de ser sempre pessoal, intransferível, mas acima de tudo voluntária. Nunca sob coerção de espécie alguma. Então, o Estado não tem de se preocupar com doutrinas religiosas'

Equilíbrio distante. Fé e política misturam-se e se repelem, a depender dos ventos, dos interesses, da conjuntura. Na opinião do pastor Ariovaldo Ramos, cuja biografia é feita de fé e de militância política, a convivência é realmente dura e complexa, mas tem melhorado. Na opinião dele, os partidos e organizações de esquerda precisam superar aquilo que ele denomina “desconfiança e preconceito” para com as religiões em geral e, em especial, para com os protestantes e neopentecostais, se quiser dialogar com esses setores. Mas alerta: sem atravessar a fronteira da laicidade do Estado.

Ramos também destaca que igreja não deveria ser espaço para campanha eleitoral. Ele também diz que tem orado diariamente pelo ex-presidente Lula, que no próximo domingo, 27, faz aniversário.

Esta entrevista com o pastor Ariovaldo foi concedida à Revista Reconexão Periferias, que no mês de outubro teve como tema principal a relação entre fé e política. O mesmo projeto realiza nesta quinta-feira (24), uma roda de conversa sobre o assunto, com a presença de estudiosos e religiosos de diferentes credos. O encontro será realizado na sede da Fundação Perseu Abramo e poderá ser acompanhado também pela internet.

Confira a entrevista:

Há aspectos inconciliáveis entre uma proposta de Estado laico e algumas crenças religiosas. A adesão estrita aos textos bíblicos, por exemplo, aponta como pecado a homossexualidade, o aborto, a fé em outras divindades, só para citar algumas das divergências. Como os setores políticos que creem na separação entre religiosidade e espaço público podem agir diante dessa dicotomia?

De fato, a religião tem suas peculiaridades, idiossincrasias e tabus, suas crenças e expectativas e escatologias (doutrinas sobre o fim dos tempos). Mas isso, que pode colocar as religiões em oposição, não têm nada a ver com Estado. O Estado tem de ser laico. Em que o direito ao culto seja totalmente preservado e em que seja vetada a possibilidade de que qualquer religião se utilize do Estado para se impor.

A fé tem de ser sempre pessoal, intransferível, mas acima de tudo voluntária. Nunca sob coerção de espécie alguma. Então, o Estado não tem de se preocupar com doutrinas religiosas, desde que estas não tentem se impor sobre as demais. O Estado trabalha com o cidadão, independente de sua cor religiosa. O cidadão é regido pela Constituição. E as religiões e os religiosos precisam ter essa consciência: o Estado deve se manter isento de qualquer influência religiosa.

Os políticos também têm de aprender isso. Um coisa que me preocupa é quando os políticos visitam as igrejas, de vários credos, para fazer suas campanhas. Esses espaços deveriam ser vedados aos políticos num Estado laico. Os políticos não deveriam usar esses espaços para fazer campanha: isso é complicadíssimo. Nenhum político deveria ser candidato em nome de uma religião. Isso para mim é uma incoerência.

Política é um espaço e um exercício também de esperança e, por que não, de fé, num mundo novo e melhor. De que maneira isso pode ser demonstrado aos religiosos?

Qualquer exercício humano contém esperança, porque, no mínimo, aguarda ser realizado, aguarda ser bem sucedido. Aqui, todos se encontram. Todos querem usufruir dos direitos básicos, pelo menos. Neste sentido, a política pode trazer os valores da civilização vigente para o topo da discussão.

O político não pode dizer que está privilegiando a fé X ou Y. E nem pode invocar os elementos religiosos. Então, a política tem de trabalhar na lógica da modernidade que estabeleceu o Estado de Direito. Deve se alavancar a partir da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Isso satisfaz a maioria das religiões que disputam espaço no Ocidente.

Certas crenças religiosas pressupõem que aqueles que não comungam da mesma fé não estão apenas enganados, mas errados e, pior, condenados ao castigo divino. Se a política é a arte de conectar os diferentes, como lidar com esse fundamentalismo?

As religiões são, por definição, antagônicas, porque cada qual vai professar sua fé e adorar a seu deus, que nem sempre coincidem. A política não é a arte de conectar religiões, é a arte de conectar cidadãos e cidadãs. O que a política tem de garantir em termos religiosos é a liberdade de culto. Mas jamais tentar criar soluções comuns, como uma teologia comum a todas, ou um acordo de fé, como a tentativa de implementar educação religiosa.

Propostas sincréticas: isso não é papel da política. Aliás, não deve haver ensino religioso nas escolas públicas, sob hipótese alguma. A política não deve nem pensar em tentar conectar religiões. Não deve promover encontros interreligiosos. A arte da política é garantir direitos aos cidadãos e cidadãs.

A esquerda tem sido frequentemente associada à aversão pela fé e religiosidade. Especialmente por causa da experiência soviética e, em menor escala, pela cubana. Lideranças protestantes costuma apontar perseguição a pastores em Cuba. Como tem sido a experiência da esquerda brasileira nessa relação entre fé e política?

A relação da esquerda brasileira com fé e política é um tanto complexa. Porque as perseguições aconteceram mesmo, não podem ser negadas, e ainda acontecem. A esquerda nem sempre foi simpática à pregação de qualquer fé. À minha fé, por exemplo. A gente percebe que a esquerda tem um quê de preconceito com a fé, em maior ou menor grau. Isso melhorou muito com a Teologia da Libertação, principalmente, e depois, entre os protestantes, com a chegada da Teologia da Missão Integral, que eu subscrevo, mas ainda há muita desconfiança, permanece aquela ideia de que religião é o ópio do povo, portanto uma inimiga da revolução e da libertação humana.

Isso é complicado porque faz com que muitos da esquerda não consigam conversar com os religiosos, porque estes percebem a desconfiança da esquerda para com eles. É uma relação complicada. Mesmo quando você é manifesta e comprovadamente de esquerda, quando se levanta para falar, nota a pecha que existe sobre nós. Assim como religiosos acham incompatível ser de esquerda, há muitos de esquerda que pensam a mesma coisa. Esse é um aprendizado mútuo: vamos ter de aprender. Fé não colide necessariamente com revolução. E a revolução não precisa prescindir da fé.

Como tem sido a sua experiência pessoal nessa tarefa de tentar dialogar com esses dois mundos, fé e política, aparentemente tão inconciliáveis?

Nossa experiência não tem sido boa, porque a gente percebe essa desconfiança. Eu diria, esse preconceito. E lutar contra preconceito é algo muito complicado. Mas está melhorando: cresce a percepção de que há religiosos revolucionários e de que a esquerda não é bicho papão. Tem tudo a ver, por exemplo, com os princípios protestantes. Não tem sido uma experiência fácil, mas melhorou.

A esquerda também tem seus fundamentalismos. Mas eu, de fato, não consigo ver fé e religião como algo inconciliável. O que dificulta essa relação, muitas vezes, é a falsa impressão de que um Estado laico é necessariamente um Estado ateu. Até porque o Estado não pode ser nem pró nem contra Deus. O Estado é um fenômeno eminentemente humano. Um espaço comum, onde, inclusive, a fé possa ser livremente praticada. Desde que não tenha a intenção de assenhorar-se do Estado. A fé e o Estado são fenômenos humanos, portanto podem conviver. A fé que eu professo, a protestante, reconhece que não se deve administrar o Estado a partir da religião, e sim ajudar os que têm fé a colaborar na administração do Estado.

Alguma sugestão para o PT se posicionar em relação à fé e religiosidade nas eleições do próximo ano?

A minha sugestão para o PT é, primeiramente, assumir que esse fator fé é cada vez mais preponderante no Brasil. Ponto. Segundo, aprende a conversar com esse público. Nesse sentido, sugiro ao partido que converse com os religiosos de esquerda para saber qual a melhor maneira de estabelecer esse diálogo com esse povo, sem atravessar a fronteira da laicidade do Estado.

Mas fazer de conta que a religião, ao final, não afeta as coisas, é uma ingenuidade. As religiões precisam ter expectativa de que não perderão espaço nem viverão em um mundo onde seus valores serão atacados o tempo todo. Se um religioso achar isso, ele vai imediatamente reagir. Então, o partido tem de saber que se vai trabalhar pelos direitos de uma minoria, que porventura resvalem em questões teológico-doutrinárias, tem de saber como falar disso, como defender isso sem que os religiosos se sintam atacados.

O partido precisa aprender a falar de maneira mais global sobre a proteção da pessoa humana, o fim da discriminação, mas não eleger particularidades que vão provocar reações emocionais por falta de melhor explicação.

Você é uma pessoa de fé. Então, queremos perguntar se você têm orado pelo Lula e se você acredita que há uma dimensão espiritual para o drama que ele vem vivendo desde que foi preso.

Sim, eu oro pelo Lula. Eu reconheço que ele é um preso político que tem sido deliberadamente perseguido. Eu oro por ele como pessoa humana, que tem as suas dores, suas perdas, suas angústias,. Tive o privilégio de visitá-lo em Curitiba. Já orava antes e passei a redobrar minhas orações.

Oro para que ele mantenha a serenidade que tem demonstrado em suas entrevistas, oro para que a resiliência dele nunca esmoreça. Oro principalmente para que ele seja libertado, para que o Estado de Direito seja restabelecido. Oro para que seus companheiros de partido nunca se esqueçam disso: não haverá nenhuma base sólida para a democracia sem a retomada do Estado de Direito, e que não haverá retomada do Estado de Direito sem o fim de toda a prisão política.

Enxergo, sim, uma dimensão espiritual para o drama que ele vem vivendo, mas essa dimensão não é a do castigo, mas a da perseguição. Jesus Cristo disse que em nome dele e dos valores que ele esposava, muitos seriam perseguidos. E que quando isso acontecesse, os perseguidos deveriam se rejubilar porque isso os colocam no mesmo patamar dos profetas. Há uma dimensão espiritual de perseguição a tudo que signifique igualdade, justiça, igualdade de possibilidades.

Tudo o que signifique resolução das diferenças. As escrituras dizem que há um espírito no mundo que ataca tudo o que o Cristo ensinou. Contra a pessoa do Cristo e contra a luz que ele disseminou. Para mim, é nessa dimensão espiritual que estamos travando essa batalha.

Rede Brasil Atual

Previdência: ‘Congresso destruiu maior conquista da Constituição’, afirma economista

Davi Alcolumbre
Rede Brasil Atual - O Senado deve concluir nesta quarta-feira (23) a votação de dois destaques que modificam o texto-base da “reforma” da Previdência, aprovado por 60 votos a favor e 19 contra, nesta terça-feira (22). Segundo a economista Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, trata-se da “destruição” do principal patrimônio social brasileiro, em referência às restrições ao acesso às aposentadorias.

“Esse Congresso tem que passar para a história como o Congresso que destruiu o principal patrimônio brasileiro. Tem que passar para a história como o Congresso que destruiu a maior conquista da Constituição Federal de 1988. É assim que temos que tratar esses congressistas”, afirmou Maria Lúcia à jornalista Marilu Cabãnas, para o Jornal Brasil Atual.

O destaque apresentado pelo PT busca diminuir os prejuízos na aposentadoria de trabalhadores que exercem atividades com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos. Outro destaque da Rede trata da idade mínima desses mesmos trabalhadores.

O texto aprovado ontem autoriza a administração Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) por instituições privadas. A economista afirmou que esse tipo de articulação vai servir para que fundos como o Funpresp sejam utilizados para absorver “papeis pobres” do sistema financeiro internacional – como àqueles que levaram ao estouro da crise internacional de 2008, no Estados Unidos –, transferindo para a classe trabalhadora os riscos criados pelos operadores do mercado.

Ela comparou o Brasil com o Chile, que vive uma rebelião popular nos últimos dias, e que também privatizou a Previdência, além de serviços públicos como o fornecimento de energia elétrica e água e também o ensino. Por aqui, seguimos a mesma trilha. Após a “destruição” da Previdência, o governo Bolsonaro promete privatizar a Eletrobras, os Correios e outras 15 empresas estatais, além de promover leilões que entregam o controle do pré-sal às petrolíferas estrangeiras. A própria Petrobras e os bancos públicos – Caixa e Banco do Brasil –, não constam na lista imediata de privatizações, mas também estão na mira.
Securitização

Maria Lúcia também chamou a atenção para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 459/17, da chamada “securitização dos créditos“, que permite a União, estados, Distrito Federal e municípios ceder aos bancos o produto da arrecadação tributária em troca da antecipação das receitas. Ela diz que esse projeto, se aprovado, representa a “morte do orçamento público”, e comparou ao modelo de empréstimo consignado.

“É a entrega do orçamento para bancos privilegiados. Nós, contribuintes, vamos continuar pagando impostos aos bancos. Só que os recursos não chegarão aos cofres públicos. Serão desviados no meio do caminho. Ainda na rede bancária, os recursos serão desviados para investidores privilegiados, através da chamada “conta vinculada”, disse a economista.

Confira o gabarito oficial da primeira etapa do vestibular da UEMA


A primeira etapa do Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) foi realizada neste domingo (20). Mais de 54 mil candidatos participaram da primeira etapa do PAES 2020. A lista dos classificados para segunda etapa estará disponível a partir do dia 9 de novembro.

Nesta edição, o percentual de 18,85% dos candidatos não compareceu aos locais de prova. O número de faltosos se manteve na média dos anos anteriores. Estão sendo ofertadas 4.030 vagas para a Uema e 910 vagas para UemaSul.

Poucas horas após a prova, a Uema divulgou o gabarito preliminar.

CONFIRA O GABARITO AQUI!

Blog do Clodoaldo Corrêa

SÃO LUÍS SEDIARÁ CONGRESSO INTERNACIONAL DOS 400 ANOS DA PRESENÇA AÇORIANA NO MARANHÃO

Nos dias 23, 24 e 25 de outubro, São Luís vai se transformar na 10ª Ilha do Arquipélago dos Açores. Durante esses três dias, o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), o Instituto Geográfico de Santa Catarina (IHGSC) e a Casa dos Açores do Maranhão (CAMAR) realizarão o Congresso Internacional dos 400 anos da presença Açoriana no Maranhão, evento que reúne uma programação diversificada, que irá tratar do 4° centenário dos Ilhéus em nosso Estado.

O “Congresso Internacional dos 400 anos de Presença Açoriana no Maranhão: História, Cultura e Identidade”, pretende reunir os principais investigadores da área, com a presença de professores, estudantes, pesquisadores e escritores do Brasil, Bélgica e Portugal.

O Congresso tem como objetivo, ainda, fomentar o estreitamento das relações entre São Luís e os Açores, além de buscar desenvolver parcerias e fortalecer possíveis acordos entre as nossas instituições e as organizações dos países envolvidos.

Trata-se de um evento que contará com a participação da comunidade científica e acadêmica, visando o resgate histórico e cultural das nossas raízes. No quadro de palestrantes e debatedores, estão confirmadas as presenças de representantes de instituições internacionais, a exemplo do Governo dos Açores – Portugal, Universidade Católica de Louvain – Bélgica, Universidade de Salamanca – Espanha, Instituto Internacional Juarez Machado, Rádio e Televisão Portuguesa- RTP, Instituto Universitário de Lisboa- ISCTE, e Universidade dos Açores, bem como de outras importantes instituições brasileiras, tais como: Universidade Federal de Santa Catarina, UFMA, UEMA ,Casa dos Açores de Santa Catarina, de São Paulo e do Rio Grande do Sul, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – (PUC-SP), Universidade de São Paulo – ( USP), Fundação Catarinense de Cultura, Academia Catarinense Letras , Academia Maranhense de Letras, IEMA, Núcleo de Estudos Açorianos -UFSC, Associação dos Amigos da Fazenda Nova, Federação das Academias de Letras do Maranhão(FALMA), Academia Imperatrizense de Letras(AIL) e Academia Icatuense de Letras(AILCA), além de outras conceituadas representações.

O evento contará, também, com a presença do Diretor do Governo Regional dos Açores, Dr. Paulo Teves, que fará a conferência de abertura com o tema “Casa dos Açores como portas para as relações internacionais”.

A abertura oficial do Congresso ocorrerá às 19h do dia 23 de outubro (quarta-feira), no Convento das Mercês. Nos dias 24 e 25 acontecerão as conferências e mesas redondas. A programação contemplará, também, uma visita aos locais de referência cultural açoriana. Diante disso, no dia 26, a cidade de Alcântara será o destino dos palestrantes.

O evento tem como diretores o Professor da Universidade de Salamanca, Luiz Nilton Corrêa, e o pesquisador maranhense Paulo Matos.
A programação completa do Congresso está disponível nas redes sociais e no site www.acores400.org

UOL

Enquete para Vereador de Tuntum em 2020 continua aqui no blog

A enquete para vereador de Tuntum em 2020 continua sendo veiculada no Bate Tuntum(www.batetuntum.com.br) com a possibilidade concreta de alteração na próxima composição da Câmara de Vereadores do Município.

A enquete será encerrada no dia 06 de Novembro próximo, portanto, você poderá continuar votando até lá.

Deputado Zé Inácio defende candidatura própria do PT em São Luís

O deputado estadual Zé Inácio usou as redes sociais para defender candidatura própria do PT nas eleições municipais de São Luís. De acordo com ele, as pesquisas apontam para um reconhecimento da população da capital em relação ao partido e ao ex-presidente Lula.

“Analisando pesquisa Escutec/O Estado, chego à seguinte conclusão: sucessão em SL completamente indefinida e aberta; na espontânea um candidato isolado acima de 20% e nenhum outro acima de 3%; nenhum dos 14 nomes da estimulada ultrapassa 10%, nomes já na disputa há vários meses”, afirmou.

“É o momento do PT apresentar candidatura própria. Várias pesquisas têm apontado que mais de 50% da população de SL reconhece o legado do PT e a força de Lula”, defendeu.

Marrapá

ASSEMBLEIA REALIZA NESTA QUINTA-FEIRA COMEMORAÇÃO DOS 30 ANOS DA CONSTITUIÇÃO DO MARANHÃO

A Assembleia Legislativa do Maranhão vai realizar, nesta quinta-feira (17), às 11h, no plenário Nagib Haickel, sessão solene para comemorar o transcurso dos 30 anos da promulgação da Constituição Estadual do Maranhão.

Durante a cerimônia, deputados maranhenses constituintes que participaram da elaboração da Carta Magna Estadual, no dia 5 de outubro de 1989, serão homenageados e receberão placa alusiva ao ato.

O ato contará ainda com o lançamento da “Constituição Estadual revisada e anotada”, produzida pelo Grupo de Estudo da Constituição do Maranhão, presidido pelo deputado Neto Evangelista (DEM).

Na cerimônia, o deputado federal Gastão Viera, um dos parlamentares constituintes que serão homenageados, ministrará palestra. Em seguida, representando os demais 42 parlamentares que contribuíram com a elaboração da Carta Magna estadual, será concedida a palavra ao ex-deputado Carlos Guterres, 1º vice-presidente constituinte.
O atual presidente da Casa, deputado Othelino Neto, fará as honras da solenidade e o discurso final de encerramento da cerimônia.

Constituintes – Entre os 42 parlamentares que participaram da elaboração da atual Carta Magna Estadual de 1989 estão Anselmo Ferreira, Aristeu Barros, Bete Lago, Carlos Braide, Carlos Guterres, Carlos Melo, Celso Coutinho, Cesar Bandeira, Conceição Andrade, Daniel Silva, Eduardo Matias, Emanoel Viana, Francisco Camelo, Francisco Martins, Galeno Brandes, Gastão Vieira, Inácio Pires, Irineu Galvão, Ivar Saldanha, João Bosco, Jorge Pavão, José Bento Neves, José Elouf, José Genésio, José Gentil, José Gerardo, Juarez Lima, Juarez Medeiros, Juscelino Resende, Kleber Carvalho Branco, Luís Coelho, Marcony Farias, Mário Carneiro, Pedro Vasconcelos, Petrônio Gonçalves, Pontes de Aguiar, Raimundo Cabeludo, Raimundo Leal, Raimundo Nonato Jairzinho da Silva, Remi Trinta, Ricardo Murad e Sarney Neto.

Blog do Jorge Vieira

Professor Emerson Araújo foi reeleito para Coordenar a UNCME-Maranhão por mais dois anos

Conselheiros Municipais de Educação do Maranhão durante o IX Encontro Estadual da UNCME-MA
O Professor Emerson Araújo foi reeleito,  na última sexta-feira(11), para coordenar a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação Seccional  do Maranhão por mais dois anos(2019-2021) durante o IX Encontro Estadual dos Conselhos Municipais de Educação realizado no Auditório Fernando Falcão da Assembleia Legislativa em São Luís.
Nova Diretoria da UNCME-Maranhão
Emerson Araújo já vinha coordenando a UNCME-MA desde  2017 e pelo reconhecimento ao trabalho que desenvolveu nos últimos dois anos de fortalecimento dos Conselhos Municipais de Educação do Estado, o educador tuntunense/maranhense foi reeleito por aclamação por uma plateia em torno de 400(quatrocentos) conselheiros municipais de educação de todo Maranhão.
Dra. Sandra Pontes do MPMA(Palestrante sobre Controle Social dos CME's no IX Encontro Estadual da UNCME-MA) e Professora Aldaíres (DME de Lagoa do Mato - MA)
Além das eleições para renovação da diretoria da UNCME-MA(2019-2021), o IX Encontro Estadual dos Conselhos Municipais de Educação debateu sobre Controle Social dos CME's, Educação Ambiental, Atos Normativos ProBNCC, Pacto pela Aprendizagem e Sistema Estadual de Avaliação do Maranhão além da  aprovação do novo Estatuto do Fórum Estadual Permanente dos Conselhos de Educação do Maranhão (FECEMA).
Professor Emerson Araújo reconduzido à Coordenação Estadual da UNCME-MA(2019-2021)
O ponto alto da recondução pro aclamação do Professor Emerson Araújo ao posto de Coordenador Estadual da UNCME-Maranhão foi o apoio recebido por sua chapa por instituições e personalidades que fazem a Educação do Estado.

A nova diretoria executiva da UNCME-MA para o biênio 2019-2021 ficou assim constituída:

Coordenador Estadual: 
Emerson de Araújo Silva - Presidente do CME de Tuntum
Vice-Coordenadora: 
Maria de Jesus Gomes Nogueira Gomes Silva - CME Bequimão
Tesoureira: 
Maria Lindalva Batista - CME São Luís
Suplente de Tesoureira:
Maria Janeth Luna Lima - CME Trizidela do Vale
Secretária Geral: 
Raimunda Ariane de Deus Silva - CME Codó

"Calçadão do Espeto" comemorará o dia do professor nesta quinta(17)


Não há o que comemorar

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O dia do professor/professora, comemorado em todo território nacional no dia 15 de outubro(terça-feira),  não pode ser celebrado, este ano,  com a mesma intensidade  em relação aos anos anteriores pelos ataques trabalhistas à carreira do magistério patrocinados por governos ou/e pessoas.

Sabe-se das diversas missões e atribuições sociais que a carreira do magistério tem desenvolvido no contexto da sociedade, porém a falta de reconhecimento, as perseguições e as negativas sucessivas de direitos profissionais consagrados aos professores/professoras se tornou  recorrente e sem solução aparente na atualidade.

Atrasos de salários, negação legal de aumento e negação direitos trabalhistas consagrados perfilam os abusos de gestores e dirigentes educacionais, hoje,  para a carreira do magistério como nunca se viu nas últimas décadas e que precisam ter um basta.

Não há o que comemorar, neste dia 15 de outubro,  para professores e professoras pelas recorrências de negação de direitos, inclusive, os universais e humanos como é o caso dos salários que lhes são negados pelos atrasos sucessivos e isso é fato aqui e ali. E não será nenhuma mensagem hipócrita em rede social  paga  que resolverá a falta de desrespeito para com esta categoria profissional, que por definição,  é a mola mestra que leva milhões de pessoas à cidadania pela aprendizagem do conhecimento formal.

Mesmo não tendo o que se comemorar na celebração do seu dia, os professores e professoras, os sindicatos que representam a categoria aqui e ali precisam fazer uma profunda reflexão sobre este segmento profissional e desprovida das omissões tão patentes que ainda movem uma considerável parcela da categoria reagir contra as injustiças impostas à todas e todos. Não é tempo de festa, é tempo de luta pela justiça e o magistério tem a marca da justiça nas suas entranhas.

Rovai: Ciro está se comportando como um cafajeste

Renato Rovai
Portais, blogs e jornalistas do campo progressista criticam as declarações ofensivas do pedetista Ciro Gomes, que atacou nominalmente os jornalistas Paulo Moreira Leite, colunista do 247, e Kiko Nogueira, editor do DCM.

Renato Rovai, da Revista Fórum, manifestou solidariedade aos colegas jornalistas "atacados de forma covarde e caluniosa".

"Ciro está se comportando como um cafajeste ao divulgar fake news. Ou então ele tem obrigação de provar o que disse. O ataque de Ciro, além de tudo, é repleto de mentiras. Kiko Nogueira nunca trabalhou na Época, como pode ter sido demitido de lá por corrupção? Paulo Moreira Leite não foi demitido da Abril por corrupção. Saiu de lá contratado a peso de ouro pra ir liderar a redação da Época", reforçou.

Em sua página no Twitter, o portal Viomundo, avalia que os ataque de Ciro são uma estratégia meramente eleitoreira. "O Ciro está querendo capturar os órfãos do Moro e da Lava Jato, com um moralismo de esquerda que mantenha o Lula afastado da vida política, o que lhe dá chance de segundo turno nos escombros do bolsonarismo em 2022. Aí mexe as peças que lhe convém", destaca.

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Conselheiros de Educação de municípios maranhenses se reúnem para debates e troca de experiências

Foram discutidos temas, como o Plano Estadual de Educação e Diretrizes Curriculares.


Fonte: TV Assembleia Legislativa do Maranhão

Centrais convocam mobilização em defesa dos direitos sociais e das entidades sindicais

As lideranças das centrais sindicais CTB, Nova Central e CSB decidiram organizar no dia 4 de novembro um ato nacional em defesa dos direitos sociais e das próprias entidades sindicais, informa o Portal da CTB.

Os organizadores do ato vão elaborar conjuntamente uma nova proposta de Reforma Sindical preservando a Unicidade Sindical e o Sistema Confederativo consagrados no Artigo 8º da Constituição, considerados como pilares fundamentais da organização sindical brasileira.

Os sindicalistas assumiram compromisso de realizar ações unificadas e ampla articulação política para que o projeto ganhe peso frente a outras propostas sobre o tema e contam com a participação de outras entidades ligadas a demais centrais sindicais.

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Conselhos Municipais de Educação do Maranhão realizarão o IX Encontro em São Luís nos dias 10 e 11 de outubro



  
Os Conselhos Municipais de Educação do Maranhão sob a execução da União Nacional dos Conselhos Municipais (UNCME-Maranhão) realizarão nos dias 1º e 11 de outubro próximo no Auditório Fernando Falcão da Assembleia Legislativa, no Calhau, o IX Encontro dos Conselhos Municipais de Educação com o Tema: “Os CME’s no Controle Social da Educação Municipal”.

Segundo o Coordenador da UNCME – Maranhão e Presidente do Conselho Municipal de Educação de Tuntum, Professor Emerson Araújo, o IX Encontro dos Conselhos de Educação do Maranhão deve aglutinar em torno de quase 500 (quinhentos) conselheiros e conselheiras municipais de educação de todo Maranhão com o objetivo de discutir, buscar informações sobre a educação básica pública e privada sempre com o objetivo de atingir ensino de qualidade social, também, nas cidades do Estado.

Emerson Araújo, que é, ainda, Presidente do FECEMA (Fórum Estadual Permanente dos Conselhos de Educação do Maranhão), afirmou que a UNCME vem atuando na defesa da educação básica nas últimas três décadas no país(mais precisamente a partir de 1992), sendo, hoje, uma das instituições de compromisso com o ensino de qualidade social nacionalmente e internacionalmente reconhecidos com o maior número de filiados e de conselhos municipais de educação. O Coordenador Estadual da UNCME-MA informou que só no Maranhão há 202 (duzentos e dois) Conselhos Municipais de Educação em todo Estado e 3.000 (três mil) conselheiros, conselheiras atuando nos sistemas de ensino dos municípios maranhenses.

A expectativa é termos um grande Encontro de Conselhos Municipais em São Luís nos dias 10 e 11 de outubro, disse Emerson Araújo, para isso os participantes deverão fazer a inscrição no seguinte endereço eletrônico: www.uncmema.blogspot.com e outras informações. 


Ascom: UNCME/MA

Deputado chama Bolsonaro de oportunista no caso do laranjal do PSL

A crise se acentuou após a Polícia Federal prender um ex-assessor e dois ex-auxiliares do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que foi o coordenador da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em Minas Gerais, além de ser o presidente do PSL no estado

Em depoimento, o ex-assessor do ministro Haissander Souza de Paula disse à PF disse que parte do dinheiro desviado teria ido para a campanha de Bolsonaro em 2018.

Em meio à crise, Bolsonaro pediu a um apoiador, em frente ao Palácio da Alvorada, que esquecesse o PSL e o que presidente da sigla, Luciano Bivar, estava “queimado”. As declarações do presidente abriram uma crise dentro do partido.

“Bolsonaro adota uma postura de oportunismo explícito e cinismo despudorado nesses episódios envolvendo o partido dele, PSL, num vergonhoso e criminoso laranjal. Suspeito agora de ter sido beneficiário de caixa dois operado pelo PSL, corre da acusação e aponta a responsabilidade do partido. Malandro”, escreveu no Twitter Márcio Jerry.
Crise do laranjal

Segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo, quem acompanha o divórcio entre Bolsonaro e o PSL diz que há uma junta de advogados trabalhando num plano para não deixar na chuva parlamentares que queiram abandonar o partido ao lado dele. O ex-ministro do TSE Admar Gonzaga integra esse grupo.

“Não tem janela partidária, novas eleições vão vir. Vão disputar sem dinheiro? Vão deixar o partido que tem o maior fundo eleitoral? Bolsonaro pode não precisar, mas e eles? Esse negócio de ideologia não vai durar quatro anos”, disse à coluna o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO).

“Já o deputado Júnior Bozella (PSL-SP), que patrocinou um manifesto em defesa de Bivar, diz que Flavio e Eduardo Bolsonaro gerenciam os diretórios do Rio e de SP, respectivamente, sem ouvir os integrantes da bancada federal. Ele diz que o clã precisa reavaliar a ascensão da direita”, diz outra nota da coluna.

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Dino anuncia, de forma pioneira no País, ingresso de deficientes na PM-MA


247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino, anunciou nesta terça-feira (8) a contratação de 180 novos policiais, entre eles 49 Pessoas com Deficiência (PCD). 

“Pela 1ª vez, pessoas com deficiência tiveram acesso à carreira. Não há limites quando se tem a dimensão da inclusão e da igualdade substantiva”, afirmou o chefe do Executivo maranhense no Twitter.

Pão e água para Jesus Cristo



Ed Wilson Araújo/Blog do Ed Wilson

Sou católico, mas adepto do ecumenismo. Jesus é um só, mas tão abundante que as pessoas professam a sua fé de variadas maneiras. O ecumenismo ensina a tolerar o diferente. Tem o sentido pleno da comunhão, de estar junto com os irmãos e partilhar a vida.

Com esse entendimento frequentei o Encontro de Evangélicos e Evangélicas Fome e Sede de Justiça, nos dias 4 e 5 de outubro/2019, evento organizado pelo coletivo Papo de Crente, que toca o programa homônimo na rádio web Tambor, vinculada à Agência Tambor.

Os irmãos e irmãs de São Luís do Maranhão juntaram-se aos de outros estados que vieram de longe para dar seus testemunhos inspirados no evangelho, na vida e nas obras de Jesus Cristo.

Sobre qual justiça os evangélicos e evangélicas conversaram?

O encontro foi, sobretudo, uma demonstração de respeito e admiração por um homem que abraçou a causa dos pobres, combateu os opressores, tratou com dignidade uma prostituta, respeitou as mulheres, confortou os doentes, pregou igualdade e solidariedade. Jesus é um dos pioneiros e mais representativos inspiradores dos direitos humanos.

Jesus é amor. Nele não cabem o ódio e a intolerância. Os relatos dos pastores e pastoras nos dois dias do evento fazem valer a fé viva no abraço ao irmão necessitado de alimento, amor, esperança e de ações concretas em prol da justiça.

Pastores(as) imbuídos(as) desses princípios atuam com dedicação missionária por todo o país, nas cidades, zonas rurais e áreas de conflito mais perigosas, como nas favelas ou em meio aos sem teto do Rio de Janeiro, onde ocorre um verdadeiro genocídio contra a população pobre e negra.

De todo o aprendizado ao longo do evento foi possível sistematizar que o Reino dos Céus, feito por gente de carne e osso aqui na terra, passa necessariamente pela distribuição da riqueza, do poder e do conhecimento.

A maioria da população brasileira que tem sede e fome de justiça precisa de trabalho com direitos, alimento, moradia, educação, acesso aos serviços públicos e acolhida na velhice com aposentadoria digna.

E como foi bom saber que em meio a tantas denominações hegemonizadas pelos setores conservadores existem pastores e pastoras atuando junto aos excluídos com a perspectiva de uma fé transformadora.

Um dos ensinamentos do Encontro de Evangélicos e Evangélicas Fome e Sede de Justiça refletiu sobre o sentido do perdão, quando José, tornado governador do Egito, diante de tanto poder, com muitas razões para se vingar dos seus próprios irmãos que o venderam como escravo, foi capaz de desculpá-los.

Por isso não faz sentido tratar como inimigos os evangélicos que momentaneamente votaram em um falso messias, influenciados, na maioria das vezes, pelas denominações que abandonaram o trabalho pastoral e construíram templos de ouro para cultuar o espírito neoliberal.

Precisamos entender os evangélicos vulneráveis aos mercadores da fé no contexto histórico do Brasil. A onda conservadora que varreu o país tem um lastro em 400 anos na escravidão, no patrimonialismo, na brutal concentração de renda e nas interferências diretas do imperialismo econômico e cultural, usando equivocadamente Jesus Cristo para traduzir o cristianismo em capitalismo.

O econômico é central no religioso. No Brasil atual, uma tese é real: os evangélicos ultraconservadores estão inseridos na cúpula do governo, nos parlamentos, nas gestões estaduais e municipais e nas raízes profundas dos meios populares.

“Brasil acima de tudo. Deus acima de todos” é um bordão complexo para expressar essa etapa diferenciada na vida política nacional, com um fato concreto: as denominações “neo” e pentecostais estão no coração do poder, confundindo democracia com uma espécie de “teocracia”.

Por dentro das igrejas conservadoras a “teocracia” se dissemina com uma forte dose de messianismo em torno de juízes e procuradores enviados por Deus para salvar o Brasil da corrupção.

Uma das principais revelações do Encontro de Evangélicos e Evangélicas Fome e Sede de Justiça trouxe à luz a informação sobre as ligações mais profundas entre a “República de Curitiba” e a Igreja Batista.


A Igreja Batista é um campo de elite do conservadorismo evangélico. As neopentecostais são complementares, mas não menos importantes. Somadas, as denominações controladas pela ultradireita convergem os interesses do capital e do cristianismo.

Mas, o pensamento econômico não é suficiente para dar conta da tarefa. A onda conservadora, nas suas diversas matizes, vem turbinando na base da sociedade os elementos característicos do fascismo, sendo um deles mais visível – a construção de um inimigo que deve ser eliminado. Para isso, é fundamental disseminar o ódio. Se em outros tempos os culpados foram os judeus, agora são os petistas, os supostos comunistas e a esquerda de um modo geral, com tudo que ela representa, inclusive a concepção dos direitos humanos.

Ocorre que, às avessas de José, que perdoou os seus irmãos, a onda conservadora constrói culpados, espalha ódio, prega a intolerância e cultua o pensamento único neoliberal sistematizado nas promessas de salvação e prosperidade.

Nesse modo de ver, quem são os culpados pelo mundo que não deu certo?

Os culpados, além da esquerda, são os pobres mesmo, os de baixo da pirâmide, os inferiores, os beneficiários do Bolsa Família, os homoafetivos e todos aqueles que não foram capazes de vencer/prosperar ou de se adaptar aos padrões. Por isso precisam ser eliminados.

O ódio e a intolerância, na contramão dos ensinamentos de Jesus de Nazaré, legitimam a desigualdade e a lógica cultural do capitalismo e da injustiça.

Não foi à toa que a República de Curitiba, no âmbito da Lava Jato, tratou de destruir a política, a democracia e as instituições republicanas, maquinando para exterminar um projeto de nação, o Estado Democrático de Direito e as prerrogativas fundamentais dos cidadãos, em alguns casos.

Munidos desse discurso, montados em uma gigantesca máquina de propaganda nos meios de comunicação, o lavajatismo desencadeou uma violenta campanha para culpar, estigmatizar, responsabilizar e pregar a eliminação da esquerda e dos “petistas”.

O ano de 2018 foi um divisor de águas, quando a política passou a ser tratada como cruzada religiosa, liderada por um messias com gesto de revólver nos dedos.

Vivemos a expansão de uma base cultural entranhada no topo da pirâmide e nos grotões do Brasil. Na cúpula opera a elite e na base chegam as denominações alcançando setores médios e populares.

A destruição da política provocou um cenário de terra arrasada. Quando não ficar mais pedra sobre pedra só haverá uma saída – Deus! A salvação chega aos fiéis nas palavras dos pastores coach, youtuber, digital influencer que transformaram parte das igrejas evangélicas em negócio.

Essa não é a fé transformadora. Jesus é solidariedade e compaixão. Por isso ele condenou os fariseus. Está em Mateus 23:

“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês.”

“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo.”

Tem um Cristo agonizando na cruz e as suas feridas sangram. Ele está com sede e fome de justiça.