A crise se acentuou após a Polícia Federal prender um ex-assessor e dois ex-auxiliares do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que foi o coordenador da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em Minas Gerais, além de ser o presidente do PSL no estado
Em depoimento, o ex-assessor do ministro Haissander Souza de Paula disse à PF disse que parte do dinheiro desviado teria ido para a campanha de Bolsonaro em 2018.
Em meio à crise, Bolsonaro pediu a um apoiador, em frente ao Palácio da Alvorada, que esquecesse o PSL e o que presidente da sigla, Luciano Bivar, estava “queimado”. As declarações do presidente abriram uma crise dentro do partido.
“Bolsonaro adota uma postura de oportunismo explícito e cinismo despudorado nesses episódios envolvendo o partido dele, PSL, num vergonhoso e criminoso laranjal. Suspeito agora de ter sido beneficiário de caixa dois operado pelo PSL, corre da acusação e aponta a responsabilidade do partido. Malandro”, escreveu no Twitter Márcio Jerry.
Crise do laranjal
Segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo, quem acompanha o divórcio entre Bolsonaro e o PSL diz que há uma junta de advogados trabalhando num plano para não deixar na chuva parlamentares que queiram abandonar o partido ao lado dele. O ex-ministro do TSE Admar Gonzaga integra esse grupo.
“Não tem janela partidária, novas eleições vão vir. Vão disputar sem dinheiro? Vão deixar o partido que tem o maior fundo eleitoral? Bolsonaro pode não precisar, mas e eles? Esse negócio de ideologia não vai durar quatro anos”, disse à coluna o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO).
“Já o deputado Júnior Bozella (PSL-SP), que patrocinou um manifesto em defesa de Bivar, diz que Flavio e Eduardo Bolsonaro gerenciam os diretórios do Rio e de SP, respectivamente, sem ouvir os integrantes da bancada federal. Ele diz que o clã precisa reavaliar a ascensão da direita”, diz outra nota da coluna.
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