Prefeitura de Formosa da Serra Negra realizará I Assembleia Municipal

Com o objetivo de discutir propostas sobre diversos temas  e eleger delegados e conselheiros a Prefeitura  Municipal de Formosa da Serra Negra realizará a I Assembleia da Cultura, Turismo, Mulher, Juventude e Esporte e Lazer, neste dia 03 de maio.

A I Assembleia da Cultura, Turismo, Mulher, Juventude e Esporte e Lazer tem apoio do Prefeito de Formosa da Serra Negra, Dr. Janes Clei (PDT),  e servirá para balizar as políticas públicas consistentes nestes segmentos da administração pública do município para os próximos anos e criará, ainda,  condições para a controle social através dos conselhos municipais e a participação nas conferências estaduais e nacionais de cada tema da primeira assembleia.

Os organizadores da I Assembleia  da Cultura, Turismo, Mulher, Juventude e Esporte e Lazer de Formosa da Serra Negra esperam contar com a presença dos interessados no horário de 7h30 as 12h30 do dia 03 de maio próximo no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.

DILMA DESTRÓI TEMER: É ILEGÍTIMO, MISÓGINO E TACANHO

LULA MARQUES

Em nota divulgada neste domingo, a presidente deposta Dilma Rousseff rebateu as estarrecedoras declarações de Michel Temer ao apresentador Ratinho, contratado pelo Palácio do Planalto para ser garoto-propaganda de reformas rechaçadas por 92% da população brasileira.

No jabá do SBT, Temer insinuou que a economia brasileira, que ele próprio quebrou com a depressão econômica produzida pelo golpe, entrou em crise porque Dilma não tinha marido.

Abaixo, a resposta precisa de Dilma:

Dilma: "A cegueira política de Temer no Programa do Ratinho"

A entrevista do senhor Michel Temer ao apresentador Ratinho é um primor de misoginia e patriarcalismo.

É estarrecedor que no século 21 um presidente, mesmo ilegítimo, tenha opiniões tão tacanhas, rebaixadas e subalternas sobre o papel da mulher na sociedade brasileira.

Sua fantástica cegueira política e seu imenso conservadorismo o impedem de ver a importância das lutas e a realidade das conquistas obtidas pelas mulheres brasileiras obtiveram ao longo das últimas décadas.

As mulheres brasileiras não merecem que um golpista, líder de um governo que está impondo o retrocesso social e econômico mais impiedoso sobre o nosso país, venha, mais uma vez, a público e manifeste suas opiniões machistas ultrapassadas.

O Brasil precisa de eleições diretas já!

Dilma Rousseff

http://dilma.com.br/sobre-michel-temer/

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DINO: GREVE FOI RECADO DE QUE BRASILEIRO NÃO ACEITARÁ PAGAR O PREÇO DA CRISE


Por Flávio Dino

A greve geral que parou o Brasil nesta sexta-feira já entrou para a história como uma das principais mobilizações políticas de nosso país. Como cidadão, lamento muito que medidas extremas como essas estejam sendo necessárias, por falta de diálogo e de adequada compreensão acerca de qual a melhor agenda para o Brasil sair da crise.

Além do vigor de nossa sociedade civil, essa manifestação emite dois sinais essenciais para pensar o Brasil hoje. Em primeiro lugar, foi uma mensagem eloqüente de que a imensa maioria da população, que vive exclusivamente das rendas do trabalho, não aceitará pagar o preço da crise econômica por meio do corte unilateral de direitos. É também uma mensagem a todas as instituições do mundo político: é hora de abrir o diálogo com a sociedade, pois somente ditaduras impõem suas vontades contra a Constituição.

Ficou evidente a rejeição ampla a uma pauta errada que tentam fazer passar pelo Congresso Nacional e que nada tem de moderna. Com efeito, moderno mesmo seria tributar os lucros dos bancos, as rendas do capital e as heranças dos milionários, como a maioria dos países do mundo faz, inclusive na Europa e nos Estados Unidos. Moderno mesmo seria rever aposentadorias de privilegiados que ganham R$ 70 mil por mês ou até mais, e ainda se acham com direito de condenar quem está defendendo seu benefício de 1 salário mínimo.

Para além da questão humanitária e de justiça social, tampouco há razão econômica para as reformas colocadas em pauta. É inútil o esforço de tentar convencer a população de que ela precisa de menos direitos para gerar mais empregos. Há poucos anos atrás, tivemos a menor taxa de desemprego da história do país em plena vigência da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Isso porque, em um amplo mercado de consumo como o Brasil, quanto mais dinheiro circular na economia, maior será o efeito positivo para todos. Mesmo no terrível período da ditadura militar, houve crescimento econômico sem mexer na CLT.

Portanto, não iremos superar uma de nossas maiores crises econômicas com restrição de direitos. Simplesmente porque elas reduzem os ganhos dos trabalhadores e jogam o país em um ciclo depressivo. E o resultado é o que estamos a assistir: desemprego derruba consumo, que derruba arrecadação, o que alimenta crise fiscal e faz faltar dinheiro para investimentos públicos. E sem investimentos públicos, a economia não cresce, em país nenhum.

Para além do debate sobre as pautas da Greve Geral, há uma mensagem que se impõe de forma límpida. A de que é o momento dos agentes políticos, de todos os campos ideológicos, atinarem-se para a necessidade de ponderação.

Nossa missão, como políticos, deve ser a de buscar construir um mundo de justiça para todos. Aprofundar as desigualdades, em um país tão desigual como o nosso, não nos levará a bom termo. Precisamos ir em direção a outra agenda, de uma verdadeira reforma tributária que corrija as graves distorções em nosso país. Vejam que no Maranhão, só de fraudes fiscais, encontramos cerca de R$ 1 bilhão subtraídos, que poderiam ter virado saúde, policiais e escolas.

É preciso que as instituições do mundo político suspendam essa agenda errada das “reformas” e dialoguem mais. Mudanças legais podem ser feitas, mas em outro ritmo e de outra forma. Aqueles que, nesse momento, apostam na destruição da política terão apenas mais do mesmo: um país polarizado e sem instâncias organizadas de mediação. Quanto mais medidas de confronto, mais o país sofrerá e irá demorar a se livrar dessa devastadora crise que já chega a 14 milhões de desempregados. A paz é fruto da justiça, e é disso que o Brasil precisa agora.

BAIÃO DE TODOS: POETAS REPENSAM A VIDA, NUM DIALÓGO CIVILIZATÓRIO



por Menezes y Morais *

O poeta William Carlos William (1883-1964) assegura: “Os poetas enxergam com os olhos dos anjos”. Poeta, criador de Arte, é construtor, lapidador de civilização, nos assegura o conceito antropológico de cultura. Os 48 poetas reunidos em Baião de Todos (poesia, 2016) mostram isto em seus discursos poéticos.

A dicção poética questiona e repensa a Vida. Os poetas dialogam entre si, questionam a civilização, repensam a Poesia, a sociedade, o País, o mundo. O diálogo entre poetas, a reflexão sobre a sociedade moderna, o engajamento político, são temáticas perenes entre os Poetas dignos deste nome.

A Poesia não é feita apenas palavras – para lembrar os poetas Stéphane Mallarmé e Paul Valéry, no final do século XIX e início do século XX – mas, sim, de palavras com significados e significantes – para lembrar São Tomaz de Aquino, in Confissões (sua biografia, escrita por volta do ano 400 da nossa era).

TEMA TABU?

A segunda metade do século XX provou que se faz Poesia sem palavras. Neste surpreendente século XXI a Poesia parece regressar exclusivamente à carpintaria da palavra, depois que todas as vanguardas ficaram datadas, como, por exemplo, entre nós, a Poesia Concreta, Neoconcreta, Poesia Práxis.

No retorno à palavra, a Poesia também é feita de ideias (sem cair no panfletismo), de propostas lúdicas, de críticas civilizatórias, gritando alto ou sussurrando (em suas imagens e metáforas) em nome da Vida: todos os temas cabem no poema. Da dor ao prazer, da civilização à barbárie. Enfim: o Poeta fala de Poesia, da sua e da nossa humanidade.

UM POUCO DE CADA UM

Baião de Todos (2016) começa com Adriano Lobão Aragão, que remete o leitor às Sagradas Escrituras: “Estando Ruth posta em tormento em meio ao trigo alheio”, num poema de suave beleza estética. Aragão também é blogueiro.

Na sequência, Alcenor Candeira Filho, que o tempo consagrou mestre do fazer poético, em minha opinião. Sua temática vai do metapoema (Teoria do Poema), à morte, à vida, se revelando em plena maturidade estética. Depois, a jornalista Ananda Sampaio, de que nos ficou as imagens:

“Horas que acumulam dias”, “Roendo um dia/ que não quer acabar”, e “O homem clama por um sinal divino”. Ananda também nos remete à Bíblia – “aquele preso dentro da baleia”, (o profeta rebelde Jonas). A poeta fecha com Náufrago, um poema perfeito.

RUA DO POETA

Na sequência, Caio Negreiros. Ele tem, entre outros, um livro com um bom título (A Decadência das Horas). Caio também é fotógrafo. O poema dele não tem título, mas uma imagem bonita – “uma gota de sol” – e ao final acena à solidão urbana e universal, remetendo o leitor ao poeta Carlos Drummond de Andrade – “não é rima ou solução”. Da poeta Carmen Gonzáles, nos sensibilizou o poema Estrela Guia.

Carvalho Neto, outro poeta esteticamente amadurecido – também é odontólogo e letrista – salpica o tema “rua”, ofertando imagens como “amor inquilino”, “minha rua é do tamanho da saudade”, “minha rua, universo de dor contida”, para desaguar no poema Estação: “na velha estação, aguardo / o bilhete desbotado/ da viagem que não fiz”. Meu amigo Carvalho Neto é um poeta que publica com regularidade.

ALÉM-FRONTEIRA

O poeta seguinte é Chico Castro, também professor, ensaísta e historiador. Chico Castro tem dois belos poemas que se somam ao enriquecimento estético de Baião de Todos: Dallas para que te quero, e Trapo Chique. Além de Chico Castro, um nome conhecido nacionalmente, a letra C tem mais nomes da literatura piauiense que ultrapassaram as fronteiras (literárias) nordestinas. Por exemplo, Cineas Santos.

São de Cineas os poemas Desobediência Civil, Consulta, Convalescença e a obra-prima Poema Inevitável. São poemas dignos deste nome. Deixaram em mim as imagens: “Meu pai me queria lavrador / adubo na semente do seu chão (...) eu queria ser o vento/ pra bolinar o teu corpo”. “A linha principal não leva a nada/ (...) esta linha transversa me leva a você”. “Há muito não se houve meu uivo lancinante/ varando a madrugada”.

Climério Ferreira é outro nome nacional. Ele brinda o leitor com os poemas Pássaro Perdido, Eu sou meu próprio universo, e O Choro da História. Climério (Cli, assim o chamava a eterna Nara Leão) também é compositor, cantor, letrista e professor. O Brasil agradece.

SURPRESAS 

Uma surpresa para mim, entre os poetas piauienses que ainda não conheço pessoalmente, é a cantora, compositora, produtora cultural, Cláudia Simone: fala em “colchão de sonhos”, indaga “Quem foi que masturbou minha inocência?” E afirma: “A vida se encarregou de mostrar / que o amor nunca acaba onde deveria estar”.

Cyntia Osório encerra o índice da letra C. Dela, me ficaram as imagens: “Passeei pelo labirinto do tédio”, no “andar de quem tem asas”, “Existir é infinito”, imagens que marcam Penduricalho, um belo poema. Outra imagem de Cyntia Osório: “5 mg de desejos brancos para o cansaço”. A poeta também nos brinda com o belo Deslugar.

Outra surpresa é Demetrios Galvão, professor e historiador. Recanto é um poema perfeito. Em cine-mirante ficou-me a imagem “um olho filmando tudo”.

Em tempo: ganhei (como diria mestre Manuel Bandeira) o poema Cinema do Olho, musicado por Carlos Bivar Eduardo, com o qual fomos contemplados com um Prêmio SESC de Música 2007.

Demetrios Galvão nos brinda ainda com imagens como “liturgia de campo arrasado”, “exporta desertos”. O poema “a previsão do tempo é uma falácia” é um dos melhores deste Baião de Todos.

SEM GORGULHO

A letra D encerra com Diego Mendes Sousa, poeta da nova geração que usa as redes sociais para divulgar a literatura brasileira. Tinteiros de Mágoa é um poema perfeito, dividido com os títulos de tinteiros: da angústia; dos desertos, e do estranhamento. Evoé, Diego!

Ednólia Fonteles é outra poeta que se me revela em plena maturidade estética. Baião de Todos tem quatro poemas dela numerados com o título Quase Poema, um metapoema perfeito, sem gorgulho. Ednólia Fonteles deve ter um balaio de poesia inédita. Beijo, Ednólia.

Do amigo poeta Elias Paz e Silva ficaram-me a imagem “minha mão escreve / (no esgoto da cidade) / um poema tão grande / como a esperança”. E no poema Proposta, também sem gorgulho: “O dia foi duro amor / mas valia o suor da labuta / e a proposta de outro sol / como desculpa”. Lindaço, Elias.

NEGRITUDE

O também professor, o poeta e meu amigo Elio Ferreira traz o universo africano da “América Negra”. Tem o seu excelente (recitado por ele, com jogo de cintura e dicção bibopeana e onomatopaica) Abracadabra, de cujas imagens, fortíssimas, seleciono: “meu corpo apodrecendo no esgoto”, “meu corpo apodrecendo a céu aberto”, “você quer me ver no lixo”, e “teu corpo apodrecendo numa vitrine virim”.

O também juiz de direito Elmar Carvalho, meu amigo, nos oferece A Ero Moça, Noturno em Campo Maior, Perdição, e Sex-Appeal. Elmar Carvalho é fiel à proposta dos modernistas de 1922: precisamos conhecer o Brasil (no caso dele, o Piauí, Campo Maior, onde nasceu). H. Dobal, que também fixou paisagens campo-maionenses.

O meu amigo jornalista, poeta e professor Emerson Araújo é vida que segue: nos fala de “metáfora de plantão” (poema Novo Achado), faz metapoesia (Nova poética) e desagua em Junho em meu oficio, que me parece um poema sem gorgulho. Emerson tem vários livros publicados, entre os quais Címbalos, lutas e olhares (poesia, 2015).

Na nova safra de poetas está Ernâni Getirana, mistura o substantivo belicoso “guerrilha” (que seduziu muita gente boa no século XX) com o metapoema de Drummond (“lutar com palavras / é a luta mais vã...) no poema (es) talo, e nos apresenta Encontro, um poemeto perfeito.

GERALDO BORGES

O poeta Fernando Ferraz homenageia Cineas Santos in “Poesia como alimento”. Ele também nos brinda com duas pérolas poéticas: Ipês de Maria, e Teus Olhos. Depois dele, surge o também contista, cronista e historiador Geraldo Borges, outro escritor que se encontra em plena maturidade estética.

Os quatro poemas de Geraldo Borges também são termômetros da qualidade estética da coletânea: Viagem, Rio 1, 2 e 3 (sonetos). Nas quatro peças poéticas, Geraldo Borges transfigura lembranças de infância, e louva o nosso mítico, querido, maltratado (porém amado pelos poetas) rio Parnaíba.

Do também compositor (premiado) Glauco Luz nos ficou a lembrança de Carlos Drummond de Andrade in Dicotomia. Nele, o poeta Glauco oferta a imagem que se destaca – “socos do desalento”, além duma reflexão sobre a palavra (Palavra suja) e o melhor dele, em minha opinião, Poeira de Estrelas.

BISCOITO FINO

Contista e professora, Graça Vilhena nos brinda com quatro “biscoitos finos”, (diria Oswald de Andrade) da sua “oficina da palavra” (apud Cineas Santos): Poesia; Rua da Glória (ao Paulo Machado); O Garrafeiro (para Cineas Santos) e Carpete de Cordas. Graça Vilhena tematiza a Poesia e duas paisagens, geográfica e humana – no poema Garrafeiro.

Ficaram em mim as imagens: “Cerzindo os dias”, “pescar piabas no Poti”, “piabas prateadas nas garrafas”, “aquele instante que o tempo não deixa envelhecer” e “os dias são feitos de um longo esquecer”. Graça Vilhena é uma das melhores poetas brasileiras.

Admiro ainda sua parceria poética com William Melo Soares, no belo e clássico Passo a Pássaro (poesia, s. d), que tem capa de Paulo Moura, apresentação de Cineas Santos, de Rubervan Du Nascimento, e posfácio de Héctor Pellizzi.

Em tempo: aonde anda Héctor Pellizzi? Ele escreveu um miniensaio sobre o meu livro O Suicídio da Mãe Terra (contos, 1980), que eu vou publicar na segunda edição.

CAMINHO CRUZADO

Halan Silva vem na sequência, homenageia Charles Baudelaire, com a tradução do poema Remorso Póstumo. Mas, o poema sem título, em três partes, de Halan Silva, em Baião de Todos, é melhor que o traduzido do poeta francês. Que me perdoe o genial Baudelaire.

A poeta seguinte é Jasmine Malta. Arte-educadora, entre outras prendas, Jasmine faz Teresina de musa num poema, fala do calor e das “antigas lavadeiras”, que decoram a paisagem fluvial da Cidade Verde (ainda é?), que virou metrópole de concreto na passagem do século XX para o XXI.

Time is time é belo. Jasmine confessa noutro: “Eu gosto de homem que tem cheiro de homem.” / “O Homem que desconcerta os passos /quando cruza meu caminho”.

João Batista sequencia com quatro poemas: olhadela; vovó lavadeira, e enguias. O quarto, dias de brisa, tem um verso sublime: “a doçura de outros quintais”. E por falar em quintais, os quintais de Teresina do meu tempo desapareceram, as casas antigas foram demolidas e os quintais se transformaram em estacionamento. Concretados.

De João Batista sublinho ainda as imagens “o marulho dos teus olhos”, “coisa que o vento aluga e leva”, e “sem a pressa do repouso”. João Batista é um poeta atuante, produtor cultural e professor.

KEULA ARAÚJO

O alfabeto continua em movimento in Baião de Todos. Keula Araújo é a sequência. Organizou a coletânea com Cineas Santos. Keula também é professora e arquiteta. Dos seus poemas destaco o belo Do Amor, tem imagens como “sob o sol imorredouro/ da vontade”.

Para a poeta, o amor destrói os cárceres. Cantigas do Sem-Fim é um poema prenhe de ternura/ imagens – “jeito desarrumado /do jeito de respirar”, “um amor cru, mal passado/que não foi, nunca será”.

Teu Reino tem um verso para mim comovente: “Rompi com as horas / trespassadas de espera”. Keula Araújo é surpresa comovente entre os poetas piauienses que eu ainda não conheço pessoalmente.

KILITO TRINDADE 

O poeta seguinte É Kilito Trindade, vive hoje em Brasília. Ele também é produtor cultural e meu amigo. Kilito Trindade, uma doçura de ser humano.

In Baião de Todos Kilito Trindade publicou um poema sem título (ou dois?) que contextualiza “Eu bala perdida”, e o segundo “Apalavra chave desapareceu. A palavra (chave) AMOR”.

Também dele os poemas Anima, seguido doutro destitulado, que louva Guimarães Rosa: “É preciso sofrer depois de ter sofrido, / e amar, e mais amar, depois de ter amado”. Kilito é uma das realizações das promessas poéticas. Recita bem, à risca, no pulsar do planeTerra.

O poeta seguinte é Laerte Magalhães, também professor, tem quatro livros publicados. Dos seus poemas de Laerte destaco: Oração, e Das Dores, têm dicção bem humorada, de apelo ao imaginário auditivo. Os demais – Percussão, e Puta Poeta – tematizam a música, a dança. Eros é convocado.

SONETOS

Lara Matos dá continuidade, duma dicção poética de visão de mundo afiada, um olhar consciente na ponta da língua. Publicou os poemas Riscos, Mancha, e Ofélia.

Diz ela, poderosa: “Mas minha linha de vida curvada / como minhas costas / pela tenacidade dos sem-sorte/ recita uma canção há muito sabida”. E “Amo tanto que as palavras/ faltam/ Meu corpo cansado apenas / sussurra uma cantiga”... Evoé, Lara Matos.

O poeta-médico Leandro Fernandes é a sequência, com Soneto da Saudade, que se destaca entre o também soneto Chapada do Araripe, e o poema Cantiga.

BICICLETAR

Outra surpresa é Lívia Maria, 17 primaveras. Tem muito feijão-com-arroz pela frente. Entre outras observações que podem acontecer, destaco:

“Amar é ter uma bicicleta / mesmo morando no primeiro andar”, criticando “o amante visionário / embriagado pelo vinho da nudez e da loucura” Para Lívia Maria. “o poema é um vazio / no rosto indignado do poeta”. Vamos que vamos, Lívia.

Lucas Rolim é a continuidade, com os poemas o grande leão, louva-deus sobre a folha. o lobo, os caneleiros, a formiga e Terrários. Machado Júnior é o próximo, ele também é compositor, músico e publicitário. São dele os poemas Dom Quixote (para Flávio de Castro, in memoriam), Fé, Bela, e De Tudo um Tanto.

MARLEIDE LINS

Minha amiga Marleide Lins é a sequência alfabética. Também editora, vários livros publicados aqui e no exterior. Lirismo Antropofágico e Estações de Mim a meu ver sem gorgulho. Dor dos Deuses é seu terceiro trabalho nesta edição. A poeta Marleide está na 1ª edição de Baião de Todos, livro que a Avante Garde assina a programação visual.

Continuando a letra M, depois de Menezes y Morais - José Menezes de Morais - (não vou falar de mim mesmo), que publica o poema Domicilio Inviolável (pequeno elogio da rebeldia musical), entra em cena Nelson Nunes, com os poemas dignos deste nome – A miséria abunda, Na terra do sol, e Clarice. Nelson Nunes é advogado, tem vários livros de poesia publicados.

PAULOS

Quem aparece depois é o também professor, pesquisador, letrista, jornalista premiado Paulo José Cunha, meu amigo, com os poemas (dignos deste nome) Substâncias, Moto perpétuo (para Paulo Cunha, neto), Agora, e Chegue: “Apenas chegue/ e diga alguma coisa em meu ouvido/ como se nunca tivesse saído”.

Paulo Machado é o poeta seguinte: defensor público, historiador e contista. Assina in Baião de Todos os poemas Canção de Amor e Morte, O Rio (para o poeta Cineas Santos), e Cotidiano 2 (para Durvalino Filho). Nutro ternura e admiração por Paulo Machado, morei um tempo no mesmo bairro dele em Teresina, cidade que o poeta também transformou em musa, com belos poemas sobre algumas de suas.

Paulo Machado tem dois livros que considero pequenas obras-primas: Tá pronto seu Lobo, e A paz do pântano. Na sequência da letra P, o poeta meu amigo Paulo Moura, também chargista, compositor, designe gráfico, parceiro do meu compadre querido Cineas Santos no livro Aldeia Grande (1992).

Lembro-me dum bate-papo acervejado que eu e Paulo Moura travamos, numa mesa de bar em Teresina, ele criticando uma canção dos Beatles (Here comes the sun, de George Harrison), falando mal da letra – “arte pela arte” – e eu defendendo a declaração de amor à natureza: “Aqui chega o sol”.

Paulo Tabatinga encerra a letra P. É da nova geração de poetas piauienses que ainda não apertei a mão. Dia Claro, Meu poema, Província submersa e Crachá liberal são poemas poderosos. O olhar crítico do poeta sobre o cotidiano humano e geográfico também transborda ternura. Aleluia!

MUSA ESQUECIDA

Rodrigo M Leite é outro nome da nova geração de poetas piauienses. Ele usa o formato fanzine e as redes sociais para divulgar Poesia. Dele e de outros poetas. Ainda não o conheço pessoalmente, só via e-mail, mas aprendi a admirá-lo, por esta e a qualidade estética do seu trabalho.

Rodrigo M Leite edita um blog, a musa esquecida, no qual resgata poemas que têm a Capital piauiense como tema. In Baião de Todos, tocou-me os poemas a casa rupestre (“a casa é centenária / mas está viva/ e / comunica perguntas / ao morador”) e café art bar, do qual cito estes versos: “da tarde que segue nervosa / homens surgem suados / carregados de preocupações / a tarde é consumida dentro de um café”).

RUBERVAN DU NASCIMENTO

Encerra a letra R, Rubervan Du Nascimento, poeta premiado, meu amigo, do qual também sinto saudade das nossas conversas, dos nossos agitos culturais (paralelos) com F. Eduardo Lopes, William Melo Soares, Miguel Soares (Jorbacilomar), os saudosos Josemar da Silva Neres, o poeta Zé Magão etc.

Rubervan Du Nascimento também rompeu as fronteiras nordestinas. Tem quatro livros publicados, entre os quais A Profissão dos Peixes (poesia, 1993). Ele migrou do Maranhão para Teresina, e, da musa tórrida advir (com licença de Mário Faustino) retirou para São Paulo. Rubervan nos presenteia com 4 Poemas Dispersos, dos quais me perseguem as imagens “ferida dos dias”, “na boca em êxtase”, e “da janela dos dentes”, para falar de cenas bucólicas, urbanas, briga de casais etc.

SALGADO MARANHÃO

O meu amigo-irmão, compadre-poeta e letrista José Salgado Maranhão Maranhão, equilibrista da vida, vem em seguida. É outro nome nacional (e de dimensão internacional) que enriquece esteticamente Baião de Dois. Nele, o poeta-protagonista com sua envolvente dicção, plena da sua peculiar atmosfera misteriosa, me perseguem imagens:

“Oráculo de atabaque e pergaminho”, “arrimo de vozes no lugar das unhas”, “feito um caju que apodrece/mas a castanha resiste’ (genial). Salgado também é coleciona prêmios literários – Jabuti, Academia Brasileira de Letras. Salve, salve poeta. Que lhe venham outras láureas.

Baião de Todos me apresentou Thiago E, também é músico e professor. Tem livro publicado e CD gravado. Dele, se cristalizaram em mim as imagens poéticas “a língua é um molusco, já não sabe se é carne ou um soluço – sem concha, se reinventa no escuro”, e “o mar sempre guarda um jardim dentro do bolso”.

PAREDES DO VERSO

Na letra V, Vagner Ribeiro nos remete a Virgílio, pela voz de Fernando Pessoa (“viver não é preciso” e também homenageia Guimarães Rosa, citando o clássico Grande Sertão: Veredas. A sequência é a artista plástica, professora, contista e poeta Vanessa Trajano. Ela surpreendeu-me com o poema Impronunciável. Perfeito, sem gorgulho.

De Vanessa Trajano também me sensibilizaram as imagens “tem horas que até o impulso é tarde”, “nas paredes do verso”, “amei cinco homens sem retorno”, “o poema permanece in vitro” e “na angústia dessa busca”.

WILLIAM MELO SOARES 

O último autor deste Baião de Todos é o meu amigo-irmão William Melo Soares, um dos melhores poetas brasileiros da nossa geração. Wiliam nos presenteia com as pérolas pedra de fogo, Insônia, e Indomáveis. Também letrista, William tem vários livros publicados. Confessa que o seu tempo “é pedra de fogo”, que a mariposa “me dá lição de silêncio”, “no vasto campo da fala”.

Além da sua poesia em si, o flagrante delito autoral que ilumina de ternura e civilidade, William, a meu ver, é uma personificação do ser Poeta. Pela sua sabedoria quase ingênua, pela sua simplicidade, pela sua humildade, pela intuição e leveza. Explico melhor.

Cito dois exemplos históricos, envolvendo quatro poetas: para Carlos Drummond de Andrade, a materialização do poeta era Vinicius de Moraes. Para Mário Quintana, a personificação do poeta era Cecília Meireles. É claro que existem muitos poetas (de geração e geração) que se enquadram neste perfil.

William Melo Soares é um deles. Graças a Deus.

*Menezes y Morais
Poeta, escritor, professor, jornalista e historiador piauiense. 12 livros publicados (mais 12 na gaveta), entre os quais o romance A Íris do Olho da Noite (Thesaurus), Por Favor, Dirija-se a Outro Guichê (teatro em um ato), na Micropiscina da Lágrima Feliz (poesia), A Luta é de Todos – História do controle dos gastos públicos no Brasil (Unacon), com Teresinha Pantoja.

Vídeo: Prefeito de Imperatriz é flagrado expulsando vereador e procuradores do seu gabinete

Em vídeo que circula na internet, gravado nesta sexta-feira (28) no gabinete do prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, do PMDB, mostra o chefe do executivo botando o vereador Carlos Hermes (PCdoB) juntamente com procuradores do município para correr da sua sala.

O grupo foi até a prefeitura em busca de um diálogo para possível revogação do Decreto 27/2017, que segundo eles, causa insegurança jurídica aos servidores municipais.

Em determinado momento da discussão sobre o tema, no vídeo é possível ouvir claramente o prefeito dizer: “Não venha avaliar minha postura (…)”.

O vereador expulso conta que pensou que seria agredido, dada a forma que o prefeito se levantou em sua direção. “Por um momento pensei que fosse agredido fisicamente”, afirmou o comunista em postagem no Facebook.

O parlamentar, contra ainda que se mostrou assustado com os surtos de Assis Ramos na reunião. Confira abaixo a íntegra do relato:

Vereador do PCdoB relatou como tudo aconteceu pelo sua página no Facebook.

– Opinião

Alguém precisa ensinar Assis que são exatamente os vereadores, a exemplo de Carlos Hermes Ferreira, os responsáveis legítimos que cabe avaliar as ações, bem como a postura, do chefe do executivo. Função essa que, igualmente, pode ser exercida por qualquer imperatrizense.

O prefeito tem demonstrado que não possui condições administrativas e emocionais para desenvolver um bom trabalho no cargo que foi eleito. A falta de experiência somado ao estilo autoritário do gestor, tem sido fator preponderante para o desgaste da gestão municipal, alvo de muitas criticas dos imperatrizenses.

Não muito diferente do patrão, na semana passada, funcionários da prefeitura escorraçaram camelôs do Centro de Imperatriz.

E assim segue a gestão do PMDB à frente da segunda cidade do Maranhão: De mal a pior


Domingos Costa

Ministro da Justiça golpista deveria ser demitido por suas declarações à imprensa

Beto Barata

Por Chico Vigilante/Deputado Distrital

Eu assisti a uma entrevista de um senhor que se diz Ministro da Justiça e cheguei à conclusão de que estamos perdidos.

Nomear como ministro de uma das mais importantes pastas do governo um sujeito imbecil e provocador, como esse, é um sinal de que a República apodreceu.

Enquanto milhões de trabalhadores foram hoje às ruas, parando as atividades de ponta a ponta, de Leste a Oeste, de Norte a Sul, desde as cidadezinhas do interior até as grandes metrópoles.

Em um dia em que todas as principais as atividades pararam, ouvir dizer da boca dele de que as paralisações foram pífias e pontuais, é pura provocação aos trabalhadores.

A greve geral se dá em um momento que essa camarilha de corruptos e ladrões, que se instalou no Palácio do Planalto, deixou 14% da população economicamente ativa desempregada. O maior índice da história do Brasil.

Justamente isso que esses golpistas, chefiados por Michel Temer, deveriam vir a público, em cadeia nacional, esclarecer.

Esse ministro é um provocador, um cretino, que, caso esse governo fosse sério e tivesse o mínimo de dignidade, seria demitido ainda essa noite.

Estamos muito mal com um sujeito como esse no comando do Ministério da Justiça, que comanda a Polícia Federal e outros importantes órgãos.

Ele deveria determinar a apuração dos abusos praticados pelas polícias militares no decorrer das manifestações. Contra isso que ele deveria se manifestar.

Eu, que rodei o Distrito Federal de ponta a ponta nesta sexta-feira, comprovando a paralisação de fato, me enfureço ao ouvir o pronunciamento desse golpista e defensor dos latifundiários, Osmar Serraglio.

Ciro Ricardo, vice-prefeito de Tuntum, reivindica do ministro da Justiça posto da PRF entre Tuntum e Barra do Corda

Blog do Lobão - O vice prefeito de Tuntum, Ciro Ricardo, que também é policial rodoviário, esteve reunido ontem (27) com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), onde discutiram alguns assuntos pertinentes aos interesses da Polícia Rodoviária Federal, entre os mais destacados estava a reforma da Previdência Policial.

Na oportunidade Ciro Ricardo ainda reivindicou, em caráter de urgência, a implantação de um posto avançado da Polícia Rodoviária na BR 226, entre os municípios de Tuntum e Barra do Corda. "Eu expliquei ao ministro as peculiaridades da BR 226, que corta o Estado Maranhão, entre Piauí e Tocantins, sem nenhuma fiscalização", disse.

Ele ainda falou ao ministro sobre a necessidade da ampliação do contingente policial no estado, hoje um pouco reduzido, além da reforma física dos postos policiais. O representante da PRF ficou satisfeito com a notícia de que este ano haverá concurso, 1300 vagas poderão ser oferecidas.

ÉPOCA PUBLICA AS PROVAS DAS PROPINAS PARA OS MINISTROS DE TEMER


Além dos depoimentos ao Ministério Público e à Justiça Federal, os delatores da Odebrecht também apresentaram um calhamaço de documentos para tentarem provar suas alegações. 

Como não existe contrato formal para o pagamento de propinas, os investigadores da Lava Jato terão de se debruçar sobre esse material, que pretende fornecer evidências do caminho da corrupção apontado pelos delatores. 

A reportagem de capa da revista Época desta semana, assinada pelo jornalista Diego Escosteguy, analisa o material apresentado contra oito dos ministros de Michel Temer, que foram implicados na operação: 

Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral), Gilberto Kassab (Ciência e Telecomunicações), Aloysio Nunces (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades, Helder Barbalho (Integração Nacional), Blairo Maggi (Agricultura) e Marcos Pereira (Indústria e Comércio Exterior).

Confira abaixo a relação de acusações e provas listadas pela revista:

Eliseu Padilha (Casa Civil)
Consistência das provas: alta

Acusações: Pedir e receber, em nome de Michel Temer do PMDB; R$ 10 milhões em dinheiro vivo por ajudar a Odebrecht em obra no Rio Grande do Sul

Etre as evidências apresentadas estão planilhas, e-mail internos da Odebrecht e extratos telefônicos

O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e confirmam a manutenção de contato assíduo entre a empresa e o político

Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência)
Consistência das Provas: média

Acusações: solicitar e receber, na condição de ministro da Aviação Civil, propina, em dinheiro vivo, de R$ 4 milhões em 2014, para não retaliar a 
Odebrecht no processo de concessões aeroportuárias

Principais evidências: planilhas internas da Odebrecht e comprovantes de reunião com o político

O que demonstram: Corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e confirmam a manutenção de contato assíduo entre empresa e político

Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações)
Consistência das provas: alta

Acusações: Receber, entre 2008 e 2014, quando foi prefeito de São Paulo e ministro de Dilma Rousseff, R$ 20 milhões de propina, em dinheiro vivo, para favorecer a Odebrecht em contratos públicos

Principais evidências: e-mails internos da odebrecht, planilhas internas da Odebrecht, contratos da Odebrecht e atas de reunião

O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e indicam vantagens públicas recebidas pela Odebrecht por ação do político

Aloysio Nunes (Relações Exteriores)
Consistência das provas: média

Acusações: Intermediar interesses da Odebrecht na Dessa, responsável pela construção do Rodoanel em São Paulo, e receber R$ 500 mil, em dinheiro vivo, a pretexto da campanha de 2010

Principais evidências: planilhas internas da Odebrecht e e-mails internos da Odebrecht

Bruno Araújo (Cidades)
Consistência das provas: baixa

Acusações: para defender os interesses da empreiteira no Congresso, quando era deputado, receber, entre 2010 e 2012, R$ 600 mil de propina a pretexto de campanha, em dinheiro vivo

Principais evidências: Planilhas internas da Odebrech, e-mails internos da Odebrecht

O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores

Helder Barbalho (Integração Nacional)
Consistência das provas: baixa

Acusações: em troca de favorecer a Odebrecht em obras de saneamento no Pará, pedir e receber R$ 1,5 milhão de propina, em dinheiro vivo, a pretexto da campanha de 2014

Principais evidências: planilhas internas da Odebrecht, fotos dos endereços de entrega e extratos telefônicos

O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores

Blairo Maggi (Agricultura)
Consistência das provas: média

Acusações: receber da Odebrecht R$ 12 milhões, em dinheiro vivo, a pretexto da campanha de 2006. Em troca, ajudar a empreiteira a receber dívidas no estado de MT

Principais evidências: E-mails internos da Odebrecht, planilhas internas da Odebrecht, estudos internos da Odebrecht

O que demonstram: corroboram as entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e indicam vantagens recebidas pela Odebrecht do governo comandado pelo político

Marcos Pereira (Indústria e Comércio Exterior)
Consistência das provas: baixa

Acusações: receber R$ 7 milhões da Odebrecht, em dinheiro vivo, para que seu partido, o PRB, apoiasse a chapa Dilma-Temer na eleição de 2014

Principais evidências: e-mails internos da Odebrecht, comprovantes de reunião, anotações de Marcelo Odebrecht

O que demonstram: corroboram compromissos de entregas de dinheiro vivo narradas pelos delatores e confirmam encontro direto com político.

br 247

PROFESSORES E ALUNOS MARANHENSES SE PREPARAM PARA NOVO FORMATO DA PROVA BRASIL


Blog do Jorge Vieira - Pela primeira vez, a Prova Brasil será aplicada em todas as escolas de ensino médio do país. No Maranhão, professores e alunos estão sendo preparados pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para obter bons resultados na avaliação, prevista para ocorrer em novembro. Todos os professores de Língua Portuguesa e Matemática da rede estadual passarão por formações para garantir um bom desempenho dos alunos na prova.

“Estamos executando uma formação com 3.208 professores e chegaremos, na fase da multiplicação, em 6 mil”, afirma a secretária adjunta de Ensino, Nadya Dutra. O bom desempenho nos resultados da Prova Brasil ajudam a melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com as ações formativas, o objetivo do Governo do Maranhão é elevar o Ideb do estado em 0,6 ponto, saindo da nota atual de 3,1 para 3,7.

Além dos resultados da Prova Brasil, o Ideb é medido a partir de dados do censo escolar fornecido pelas escolas, composto pelos índices de aprovação, reprovação e evasão dos alunos de sala de aula. A Prova Brasil avalia alunos dos ensinos fundamental e médio. Nas edições anteriores, a avaliação nas escolas de ensino médio ocorria por amostragem, mas a prova passou a ser censitária a partir deste ano. Ou seja, inclui todas as escolas.

Mais Ideb – A formação de professores da rede estadual está sendo executada por meio das 19 Unidades Regionais de Educação (UREs) do estado. Cada URE montou um Comitê ‘Mais Ideb’ para acompanhar os resultados das ações formativas no ensino aplicado em sala de aula. Na URE São Luís, que corresponde a 40% da rede estadual, o comitê busca incrementar as ações propostas pela Seduc com outros projetos, como envolver os supervisores pedagógicos na melhoria dos indicadores de aprendizagem.

“Nosso entendimento é que, sem a ajuda do supervisor a gente não consegue fortalecer a parte pedagógica, fundamental para elevar a qualidade do ensino”, afirma André Bogea, integrante do Comitê Mais Ideb da URE São Luís. “O esforço tem sido não só para melhorar a infraestrutura das escolas e o índice do Ideb. Nossa busca é para que o pedagogo atenda às expectativas dos alunos”, completa Queila Lima, outra integrante do Comitê Mais Ideb da URE São Luís.

Escola Digna – A formação continuada de professores ocorre, também, no Programa ‘Escola Digna’. Além de reformar antigas escolas e construir novas, de alvenaria, em substituição a estruturas de taipa e palha, o programa investe na capacitação de professores da rede municipal, em regime de cooperação com as prefeituras. “Nessa primeira etapa, são 85 municípios contemplados com assessoria técnico-pedagógica. Essas cidades estão recebendo, progressivamente, escolas dignas”, afirma Nadya Dutra.

Neste grupo estão incluídos os 30 municípios atendidos pelo Programa ‘Mais IDH’, voltado para a melhoria dos índices de desenvolvimento humano. Na primeira fase da formação, serão alcançados 45 mil professores da rede municipal, entre eles 4 mil gestores e 2 mil coordenadores pedagógicos. Somados aos docentes da rede estadual atendidos pelo ‘Mais Ideb’, são cerca de 50 mil professores em aperfeiçoamento profissional no Maranhão atualmente.

Sedel realiza reuniões nas cidades-sede dos JEMs 2017

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A Secretaria do Estado de Esporte e Lazer (Sedel) realiza, desde o início dessa semana, reuniões nas cidades que sediarão as etapas regionais da edição de 2017 dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs): Pinheiro, Imperatriz, Presidente Dutra, Codó, e Humberto de Campos. Os encontros são ministrados pela equipe da Sedel com o objetivo de discutir sobre a realização dos jogos e procedimentos de participação de cada município inscrito.

Na última terça-feira, 25, o diretor geral dos JEMs, Sandow Feques, e o professor, Laércio Nazareno, estiveram na cidade de Imperatriz. No encontro estavam presentes: o prefeito do município, Assis Ramos; a secretária municipal de esporte, Greycivane Gomes, juntamente com a organização dos Jogos Escolares Imperatrizenses (JEIs); e os representantes dos 18 municípios que compõem a Regional Sul. Entre eles estão os municípios de Acailândia, Itinga, Buriticupu, São Francisco do Brejão, Fortaleza dos Nogueiras, Senador La Rocque, Davinópolis, Estreito, Balsas, Governador Edson Lobão, Carolina, Porto Franco, Alto Parnaiba, João Lisboa e São Raimundo das mangabeiras.

Durante a reunião o técnico da Sedel destacou que os JEMs deste ano teve a maior adesão de todas as edições. . “Isso aumenta a nossa responsabilidade em conduzir da melhor forma possível as disputas, pois estão inscritos 110 dos 217 municípios maranhenses”, destaca Sandow.

De Imperatriz os técnicos da Sedel seguiram para a cidade de Presidente Dutra – Regional Centro, onde, na quarta-feira, 26, se reuniram com os 12 municípios componentes: Barra do Corda, Tuntum, Dom Pedro, São Domingos do Maranhão, Colinas, São João dos Patos, Buriti Bravo, Pastos Bons, São Domingos do Azeitão, Santa Filomena, Lagoa do Mato e Mirador.

A cidade de Pinheiro também recebeu a equipe da Sedel no início da semana. Os professores, Paulo César e Mesquita, estiveram na Regional Baixada onde foram recebidos pelo secretário municipal de esporte, Filemon Guterres, e reuniram com secretários de esporte dos 32 municípios que compõem a regional. Na ocasião, fizeram uma explanação sobre os JEMs falando do histórico, da interiorização dos jogos, importância e adesão dos municípios. Também foram feitas vistorias nas praças esportivas, hotéis e escolas da regional.

Já a cidade de Codó, Regional dos Cocais, recebeu os técnicos da Sedel na quarta-feira, 26, para reunião com os 21 municípios que fazem parte da regional.
“Nesse encontro tiramos as dúvidas dos secretários municipais, informamos sobre as novidades dos JEMs; falamos das alterações dos regulamentos técnicos de algumas modalidades e orientamos como realizar os jogos municipais”, disse o professor Paulo César.

Nesse sábado, 29, será a vez de Humberto de Campos receber a equipe da Sedel. A chamada Regional dos Lençois é formada por 15 municípios: Anajatuba, Santa Rita, Itapecuru, Cantanhede, V.Grande, Nina Rodrigues, Belágua, Urbano Santos, Chapadinha, Barreirinhas, Paulino Neves, Morros, Axixá, Miranda e Presidente Vargas.

Blog do Clodoaldo Corrêa

Edivaldo destaca atuação de Cleomar Tema para evitar corte do Fundeb

Tema esteve reunido esta semana com Edivaldo em seu gabinete na prefeitura da capital

O prefeito de São Luís e presidente de honra da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), Edivaldo Holanda Júnior, elogiou o trabalho de articulação do presidente da entidade, prefeito Cleomar Tema, que evitou que as cidades maranhenses fossem penalizadas com o corte de R$ 177 milhões de recursos do ajuste do Fundeb.

“O corte do Fundeb geraria extremo prejuízo aos municípios e suas populações. Parabenizo o presidente Cleomar Tema por essa grande conquista e por sua atuação junto a bancada maranhense em Brasília”, afirmou Edivaldo.

Graças a uma força tarefa comandada por Tema, prefeitos e deputados federais, o presidente Michel Temer voltou atrás e garantiu que editará uma medida provisória garantindo o parcelamento da soma do Fundo adiantada ano passado, o que permitiu fôlego financeiro às prefeituras do estado para pagamento das suas obrigações, dentre elas os salários dos professores.

A conquista capitaneada pelo presidente da FAMEM também beneficiou o governo do estado, que não mais perderá, de uma só vez, R$ 47 milhões.

Tema agradeceu o apoio e as palavras elogiosas do prefeito de São Luís. De acordo com ele, o municipalismo no Maranhão vive um novo momento, no qual todos os agentes políticos estão verdadeiramente unidos em prol do fortalecimento das cidades.

Também participaram do encontro os vereadores Pavão Filho e Raimundo Penha; o secretário municipal de Articulação Política, Jota Pinto; e o diretor administrativo da Federação, Gildásio Angelo.


Ascom/Famem

Em nova fase da Lava Jato, Polícia Federal mira assessores de Sarney

Assessores do ex-senador José Sarney (PMDB) estão entre os alvos da operação deflagrada nesta sexta-feira, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte das investigações da Lava Jato.

Logo cedo, agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços de Amauri Cezar Piccolo, braço-direito de Sarney.

Os mandados foram expedidos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF. Foi a segunda etapa da Operação Satélites, assim chamada por mirar pessoas próximas a investigados detentores de foro privilegiado.

As buscas foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no início de abril e autorizadas há pouco mais de uma semana pelo ministro Fachin. O objetivo é apurar irregularidades na Transpetro, subsidiária da Petrobras. São investigados crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, entre outros.

Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados em Alagoas, no Distrito Federal, no Rio Grande do Norte, em São Paulo, em Sergipe e no Rio Grande do Norte.

José Sarney é citado 49 vezes na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O delator diz ter direcionado propina de R$ 18,5 milhões a Sarney nos anos em que chefiou a estatal (2003-2014). Segundo Machado, Sarney recebeu R$ 16 milhões em dinheiro vivo proveniente da Transpetro. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, determinou abertura de inquérito para investigá-lo. Ao pedir autorização do STF para a instauração de inquérito destinado a apurar o crime de embaraço à Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot se referiu ao grupo formado por Sarney como ‘quadrilha’ e ‘organização criminosa’.

Em maio do ano passado, o procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu a prisão de Sarney por suspeita de obstrução da Lava-Jato. Naquela ocasião, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado gravou clandestinamente o peemedebista, preocupado com os desdobramentos das investigações do petrolão.

LAVA JATO

Em uma investigação que apura o pagamento de propina em obras da ferrovia Norte-Sul, o ex-presidente José Sarney é apontado por delatores da Odebrecht como beneficiário de repasses que somam quase R$ 800 mil, no que foi identificado até o momento na ‘Planilha da Propina’ da empreiteira. De acordo com o ex-executivo Pedro Carneiro Leão Neto, os pagamentos eram feitos a Ulisses Assad, então diretor da Valec, que se referia a Sarney como ‘o Grande Chefe’ e ‘Bigode’ para solicitar a propina na obra.

“Era claro, em minha percepção, que os valores ilícitos eram destinados a José Sarney ou a quem ele viesse a indicar, sendo que Ulisses nunca especificou se e como a vantagem indevida era compartilhada entre os beneficiários”, disse Pedro Carneiro Leão. De acordo com os delatores, pessoas ligadas ao ex-presidente receberam entre 2008 e 2009 cerca de 1% sobre o contrato das obras da ferrovia tocadas pela construtora.

O grupo político de José Sarney é citado nas delações dos executivos da Odebrecht como beneficiário de recebimento de propina relativa à obra da Ferrovia Norte-Sul, executada pela empreiteira e conduzida pela empresa pública Valec Engenharia, vinculada ao Ministério dos Transportes.

De acordo com as delações de Pedro Augusto Carneiro Leão Neto e João Antônio Pacífico Ferreira, pessoas ligadas ao ex-presidente receberam entre 2008 e 2009 cerca de 1% sobre o contrato da obra, representado por Ulisses Assada, diretor de engenharia da Valec.

Blog do John Cutrim