Quando falamos em propagação do evangelho, geralmente, nos referimos à proclamação e às boas obras, há, entretanto, um outro movimento de pregação, o enfrentamento, assim como o sacrifício.
No enfrentamento, em nome do Senhor, denunciamos, com palavras e atos, o mal nas instituições e na história, como Jesus fez ao expulsar os cambistas, ao resistir a Herodes, ao se negar a ser interrogado por Anás, ao denunciar a ilegitimidade de Pilatos.
A necessidade de enfrentamento acontece em situações onde os sermões precisam ser seguidos de atos de denúncia e de protesto, como o fez o Senhor Jesus, mesmo quando em estado de subjugação pela força.
A Igreja do Cristo não é mera espectadora da história, até porque o cumprimento da sua missão exige interação com a humanidade no seus vários contextos. Jesus de Nazaré cumpriu a sua missão por meio da proclamação, das boas obras, do enfrentamento e do sacrifício. O seu exemplo é um chamamento (Jo 13.15).
Dia 28/4 é dia de enfrentamento, o país vai parar, e tem de parar, é greve geral contra a reforma trabalhista, que a câmara federal já aprovou, e que destrói direitos históricos dos trabalhadores; é greve geral contra a reforma da previdência, que, na prática, anula a expectativa da aposentadoria por tempo de serviço. Duas reformas absurdas propostas por um governo absolutamente ilegítimo.
Dia 28 vamos parar o Brasil! Vamos todos para a Rua! Como cristãos evangélicos temos de estar ao lado do direito! Lutemos por nenhum direito a menos. Nosso luto vem do verbo lutar!
Pastor Ariovaldo Ramos/Coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.