
Por Alex Solnik
As pesquisas qualitativas já apontavam o motivo da rejeição a Temer: satanismo.
Muitos anos antes, o poderoso Antônio Carlos Magalhães, conhecido como “Toninho Malvadeza” ou “Toninho Ternura”, pespegara nele um apelido arrasador: “Mordomo de filme de terror”.
O Brasil assistiu ao vivo, durante esse “annus terribilis” de 2017 a confirmação dessas percepções.
Temer deu ao Brasil o pior dos últimos 25 anos.
Sua capacidade de distribuir maldades foi inexcedível.
Acabou com as garantias trabalhistas transformando o Brasil no país dos frilas.
Destruiu os sindicatos que não têm mais como defender os trabalhadores e estão condenados à extinção.
Provocou o rombo orçamentário de 150 bilhões.
Condenou o país a 20 anos sem investimento público.
Destruiu a indústria nacional.
Vendeu o maior patrimônio que nós temos (ou tínhamos): o petróleo do pré-sal.
Pôs à venda todo o nosso sistema elétrico.
Abriu as portas para o trabalho escravo.
Abandonou à própria sorte todas as minorias.
Transformou o Brasil num anão político, ausente de todos os palcos internacionais.
Protegeu todos os acusados de ilícitos abrigando-os em ministérios blindados pelo foro privilegiado.
Envergonhou todos os brasileiros ao ser flagrado em conversas subterrâneas altamente suspeitas.
Comprou, na cara de todos, com dinheiro público, estimado em bilhões de reais, a continuação no poder.
Criou o ambiente propício à proliferação dos monstros autoritários que saíram das tumbas.
Não deu uma só alegria aos brasileiros. Ao contrário, os traiu.
Não retomou o crescimento.
Não colocou o país nos trilhos.
Não deu exemplos de ética.
Só não foi mais autoritário porque ninguém consegue ser mais autoritário com 3% de aprovação.
Ninguém sabia quem ele era. Nem Lula, nem Dilma, nem o seu amigo mais íntimo.
As pessoas só revelam seu caráter quando estão no poder.