Ex-ministro de Minas e Energia, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), recusou participar de acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras; o peemedebista é investigado neste inquérito pela suspeita de que o ex-diretor lhe pagou R$ 1 milhão "em razão de suas funções como ex-diretor de Abastecimento [...] atendendo a solicitação do "próprio beneficiário não só por ser do PMDB, mas também se valendo de suas funções como ministro de Minas e Energia, instância política da Petrobras"; segundo a defesa de Lobão, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e Yousseff fizeram acareações, mas os dois "estão em franca contradição" no caso
Maranhão 247 - O ex-ministro de Minas e Energia, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), recusou participar de acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras. O peemedebista é investigado neste inquérito pela suspeita de que o ex-diretor lhe pagou R$ 1 milhão "em razão de suas funções como ex-diretor de Abastecimento [...] atendendo a solicitação do "próprio beneficiário não só por ser do PMDB, mas também se valendo de suas funções como ministro de Minas e Energia, instância política da Petrobras".
A investigação apura se o dinheiro teria saído do caixa referente ao PP no esquema, sendo que "a doação se efetivou por meio do doleiro Alberto Youssef, valendo-se de operações fictícias, como artifícios, em contexto de possível processo de ocultação e dissimulação de sua origem".
Advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que Lobão tinha interesse em fazer, mas foi orientado pela defesa a não participar da acareação. Segundo o criminalista, Costa e Yousseff fizeram acareações, mas os dois "estão em franca contradição" no caso.
"É a própria negação da essência da delação, que é o compromisso de dizer a verdade. Ora se dois delatores se contradizem as delações não podem valer e o Ministério Público teria o compromisso ético de pedir a nulidade das delações", disse Kakay, conforme relato da Folha.
Lobão é alvo de outra apuração no STF por suspeita de ser beneficiado com o pagamento de propina para a construção da usina de Angra 3. O Supremo já autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do peemedebista, de André Serwy, apontado por delatores como operador do ex-ministro de Minas e Energia na Lava Jato, e de duas empresas. Lobão nega recebimento de propina.