BRANDÃO NÃO DESCARTA TROCAR PSDB PELO PSB PARA TER PT NA CHAPA

 
Fontes ligadas ao vice-governador confirmaram ao blog a possibilidade de Carlos Brandão se filiar ao PSB em caso de veto da direção nacional do PT à aliança que está sendo costurada com o PSDB no Maranhão para as eleições de 2022.

Brandão quer o PT na sua chapa, mas sabe que isso somente será possível se o comando nacional petista, em sua resolução sobre estratégia para 2022, autorizar aliança com os tucanos como forma de ampliar o leque de apoio a Lula nos estados, hipótese que não está descartada.

O plano “B” será mudar para o PSB do governador Flávio Dino, legenda de centro esquerda que faz parte do leque de aliança do PT e que não faria a menor objeção do seu ingresso e ainda facilitaria a presença de um petista na chapa majoritária.

Brandão, a princípio, não pretende deixar o PSDB, quer colocar seu palanque no Maranhão a serviço de Lula e do candidato tucano, como fez Flávio Dino em 2014 com Dilma e Aécio Neves, e espera que a direção nacional do PT libere a aliança, caso contrário a mudança de partido seria uma possibilidade.

A direção estadual do PT trabalha por uma aliança com os tucanos, o presidente Augusto Lobato mantém conversações constantes com Brandão, não nega o interesse do partido indicar o vice na chapa, mas depende de autorização da executiva nacional, que até agora não se manifestou sobre a possibilidade de vetar ou liberar.

Nacionalmente o PSDB está dividido. O governador São Paulo, João Dória, é pré-candidato, rejeita a tese da aliança de centro-esquerda com Lula, porém enfrenta resistência da ala comandada por Aécio Neves (MG) e do governador Eduardo Leite (RS)

O PSDB sequer definiu se lançará candidatura própria a presidente da República ou se vai compor a aliança de centro-esquerda defendida pelo governador Flávio Dino tendo Lula como candidato para derrotar Bolsonaro. Brandão aguarda o desfecho dessa discussão para tomar decisão de permanecer ou sair.

Caso a opção do partido seja lançar candidato próprio, como tudo indica, mas sinalizando a possibilidade de apoiar Lula num provável segundo turno, como já defendeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, vai depender do PT aceitar dividir palanque no Maranhão.


Blog do Jorge Vieira