DINO: 'COMUNISMO É A COMUNHÃO JUSTA DA RIQUEZA'

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Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou que não pretende reduzir o salário de servidores do estado, principalmente do judiciário; segundo o gestor, o corte ainda não ocorreu e o que está sendo julgado é uma ação que tornará obrigatório esses cortes; ao falar sobre seu governo, Dino afirmou que acabou com privilégios; "Não existe mais caviar e lagosta no Palácio dos Leões pago com dinheiro público"; disse; primeiro governador eleito pelo PC do B, ele afirmou que "ser comunista, acima de tudo, é defender a comunhão justa da riqueza"; "O Maranhão tem problemas, a gente vai enfrentar e superar"

247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que não pretende reduzir o salário de servidores do estado, principalmente do judiciário, e definiu como "indignação política" seu sentimento com o período em que a família Sarney governou o estado. Segundo o gestor, o corte ainda não ocorreu e o que está sendo julgado é uma ação que tornará obrigatório esses cortes. "Redução de salário no judiciário do Maranhão não houve, e por mim não vai haver", afirmou Flávio Dino, na sexta-feira (2), ao programa "Mariana Godoy Entrevista".

Dino acredita que às vezes sofre de cobranças injustas, mas que leva em conta os interesses de toda a população do estado. "É natural, há de fato uma crítica muito aguda das sociedades contemporâneas com relação a política", disse. O governador citou o exemplo do papa Francisco, que se tornou rapidamente um ídolo popular pois a população tem uma carência de liderança. "O Maranhão tem problemas, a gente vai enfrentar e superar".

Ao responder o questionamento de um eleitor sobre quais mudanças já foram feitas no estado, o governador disse que “a mudança principal é a mudança de atitude". "Nós cortamos gastos, cortamos privilégios. Não existe mais caviar e lagosta no Palácio dos Leões pago com dinheiro público. O dinheiro que foi cortado, mais de R$ 100 milhões, hoje é empregado em políticas sociais", disse.

'Sem lagosta nem caviar no Palácio dos Leões'

O governador fez referência à licitação que seria feita pelo governo Roseana Sarney, no início ano passado, e que previa o fornecimento de 80 quilos de lagosta fresca, 800 quilos de camarão fresco grande, 750 quilos de patinha de caranguejo, 100 unidades de barras de chocolate e 30 quilos de castanhas portuguesas. Seriam gastos mais de R$ 1,1 milhão em alimentos para abastecer, por um ano, a residência oficial da então governadora e ainda a casa de veraneio do governo, também na capital do estado.

Em nota, a Secretaria de Comunicação não justificou o motivo da suspensão, e disse apenas que a comissão de licitação “solicitou revisão no termo de referenciamento” (ou termo de referência, que especifica o objeto de compra, prazos e forma de entrega, entre outros dados). 

Dino também mencionou, ainda, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas e afirmou que a situação no local é difícil, "mas estamos atravessando o ano sem uma crise”. 

Primeiro governador eleito pelo PC do B, Dino afirmou que "ser comunista, acima de tudo, é defender a comunhão justa da riqueza", definiu o político.

Cenário político-econômico nacional

Questionado sobre qual conselho daria para a presidente Dilma Rousseff, o governador reforçou que a petista "enfrenta uma grave crise política". "Ela busca neste momento estabilizar sua relação com o Congresso Nacional. Este seria o primeiro capítulo. O segundo, que eu acho mais importante, é retomar a governabilidade social, ganhar de volta a confiança dos brasileiros", disse.

Sobre a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Dino disse que o tempo deve resolver a atual situação do político.

O governador disse que a CPMF é um "tributo que tem muitas virtudes", mas sugeriu a correção da alíquota para baixo, "bem calibrada" pode se tornar um caminho para a "retomada". Dino afirmou que não cometeu atos de nepotismo, e privilegiou funcionários competentes e responsáveis em suas contratações. "O povo reconhece nosso esforço" disse Dino sobre seu governo.

*Com Blog Marrapá