Roseana anuncia plano de cargos do servidor e concurso público para 2.797 vagas
A
governadora Roseana Sarney anunciou nesta quinta-feira a realização de
concurso público com 2.197 vagas para vários setores do governo. O
anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, realizada no Palácio
dos Leões, onde a governadora e o secretário Fábio Gondim
(Planejamento) detalharam o Plano Geral de Cargos e Carreiras do Poder
Executivo (PGCE).
Gondim disse que o concurso deve ser anunciado em detalhes em 30
dias. A secretaria está na fase de contratação da empresa que realizará
as provas. O secretário explicou que o PGCE vai estimular a
aposentadoria do servidor, com a diminuição da diferença salarial entre
ativos e inativos, possibilitando a realização do concurso.
Observada por Washington, Arnaldo Melo e Luis Fernando, Roseana assina leis do plano.
Foto: Handson Chagas
Foto: Handson Chagas
“Esse plano de cargos é o reconhecimento do trabalho dos nossos
servidores e de ajustes das contas públicas. A própria presidente Dilma
Roussef e o ministro Guido Mantega (Fazenda) elogiaram o Governo do
Maranhão dizendo que é a unidade mais equilibrada financeiramente do
país”, destacou Roseana.
A governadora contou que o plano substitui gratificações por
aumentos reais de salários. Gondim contou que uma categoria receberá
aumento de 330%. Após assinar a PEC e os projetos de leis que formam o
plano, Roseana entregou os documentos ao presidente da Assembleia,
Arnaldo Melo (PMDB), para que os deputados discutam e votem a matéria.
Ela também anunciou a construção de uma cidade administrativa onde
serão reunidas várias secretarias.
“Desde 1992 estávamos lutando por esse plano. Talvez 5% dos
funcionários não fiquem satisfeitos, mas a maioria ficará”, comemorou
Cleinado Lopes, presidente do Sindicato dos Servidores Estaduais. “O
que melhor podia ser feito responsavelmente em favor do funcionário foi
feito”, disse o secretário de Planejamento.
Nesse primeiro momento só estão sendo beneficiados pelo PGCE os 88
mil servidores (ativos e inativos). Gondim prometeu para um mês um
plano para os comissionados. O projeto será implantado por etapas até
2015 com impacto na folha de R$ 630 milhões.
O secretário contou que 1/3 dos servidores do estado estão em
condição de se aposentar e não fazem porque a distorção entre ativos e
inativos é muito grande, problema que o PGCE está resolvendo,
estimulando a aposentadoria.
O principal objetivo do plano é diminuir as distorções entre
categorias, o que na maioria dos casos significará em aumento real de
salário. Os 17 grupos ocupacionais foram reunidos em cinco. O mesmo
aconteceu com as 29 tabelas de pagamento, transformadas em 17.
O presidente da Adepol-MA, Marconi Chaves Lima, disse que uma das
medidas boas do PGCE é o fim do teto do servidor ao salário do
governador, de cerca de R$ 14 mil. Esse teto vai passar a ser do
desembargador do Tribunal de Justiça, de R$ 24,5 mil.