247 - O ex-comandante do Exército no governo Bolsonaro (PL), o general da reserva Marco Antônio Freire Gomes, respondeu a mais de 200 questionamentos da Polícia Federal durante seu depoimento de oito horas nesta sexta-feira (1). Segundo informações reveladas pelo Jornal da Band na noite deste sábado (2), Freire Gomes confirmou que não desmontou acampamentos de manifestantes golpistas na porta de Quartéis-Generais do Exército por ordem direta do ex-presidente.
O general também confirmou o relato feito pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, sobre a existência da reunião com os comandantes das Forças Armadas em que foi apresentada a minuta do golpe, que planejava a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o impedimento da posse do presidente Lula (PT). As novas informações obtidas pela Band, com fontes ligadas ao próprio general, indicam que Freire Gomes também confirmou a presença de Bolsonaro na reunião em questão, que teria ocorrido após as eleições, ainda durante o governo do ex-ocupante do Palácio do Planalto.
As informações sobre o depoimento de Freire Gomes estão sob máximo sigilo, visando evitar vazamentos que possam comprometer a investigação em curso. A cautela que a PF tem adotado em relação ao depoimento é tamanha que nem a própria defesa do general foi autorizada a levar uma cópia do depoimento.