Blog do Clodoaldo Corrêa - O governador Flávio Dino tem se movimentado e tenta achar uma saída para a sua sucessão, com a base cada vez mais dividida entre a pré-candidatura do senador Weverton Rocha, que se consolida como o mais forte do grupo, e a pré-candidatura de Carlos Brandão, que tem como trunfo sentar na cadeira de governador em abril, quando o governador Flávio Dino se desincompatibilizar. Ainda correm por fora o secretário Simplício Araújo e o deputado Josimar de Maranhãozinho. Este último nunca teve muita ligação com o governo e faz questão de seguir um caminho mais solo com seu grupo de prefeitos.
O tempo tem sido um adversário ferrenho para o governador, que fica com menos tempo de poder a cada dia. O mês de agosto está acabando. Ao final do mês, Flávio terá apenas mais sete meses de governo enquanto Brandão terá noves meses, sendo seis destes antes das eleições.
Flávio Dino já tem hoje menos tempo de governo do que Brandão e quanto menor o tempo de controle do poder, menor a influência no processo. Por isso, ele tem se apressado muito nas últimas semanas para dar fôlego ao comando do processo.
Por último, o governador ameaçou seus aliados com a jogada que poderia resolver a questão: ficar no governo até o fim e fazer o secretário Felipe Camarão governador. De certo, seria uma candidatura quase imbatível.
Mas para cumprir a ameaça, Dino precisa abrir mão da candidatura ao senado, com oito anos para construir seu nome para o Palácio do Planalto, seu grande projeto de vida. A possibilidade de ficar no governo até o fim reforça o poder de influência de Flávio Dino, que vinha caindo diante do pouco tempo que lhe resta como governador.
Com o fim do governo, muitas lideranças e até secretários já começavam a tratar Brandão como governador e se reportar a ele e não mais a Dino. Ele busca agora retomar as rédeas. Caso saia do governo em abril, o tempo é pequeno para resolver o imbróglio e ter o domínio de sua sucessão.