TERÊ, 165 ANOS...


Por Emerson Araújo 

A minha passagem por Teresina se deu de forma silenciosa, da mesma maneira que cheguei em 1974 vindo de Picos com passagens por Floriano e Oeiras. 

Em 2009 desarmei a rede e voltei para Tuntum, minha terra de origem. 

Em Teresina me formei em Letras, Direito, Educação Profissional. Fiz carreira profissional, escrevi alguns versos quebrados, publiquei alguns livretos artesanais no tempo da marginália cultural da década de setenta nas suas ruas e madrugadas movidas a vodca barata com fanta, gelo picado e limão. 

Lutei contra a ditadura. Fui expurgado pelos novos donos do poder. Fiz filhos(04: Lorena, Jonas, Francisco e Carmen), abandonei o cigarro, bebida nunca mais. 

Depois de ser materialista de carteirinha e tudo, converti-me ao cristianismo protestante também em Terê. 

Fui professor a vida toda na "verde cap". 

Constitui poucos e bons amigos, mas Teresina sempre foi uma trava na beira do seu cais em mim. 

As poucas vezes que tentei escrever sobre Teresina fui um fiasco, por isso que neste seus 165 anos continuo sem muita coisa pra dizer sobre Ela a não ser isto: Teresina, a cidade mais quente do mundo, continua sendo em mim carne. Boa tarde!