A primeira ação da Polícia Federal contra o empresário Eike Batista aconteceu em 2008, quando foi deflagrada a Operação Toque de Midas, que fez busca e apreensão na casa do ex-bilionário no Rio; a PF investigava a licitação fraudulenta na concessão da ferrovia entre a região mineradora (rica em manganês e ferro) da Serra do Navio e porto de Santana, no Amapá, para a MMX Logística (do grupo EBX); como no Maranhão, Eike chegou ao amapaense graças aos apoio de José Sarney (PMDB-AP), então senador pelo estado, a quem o empresário fez doações, assim como à filha dele, Roseana Sarney (PMDB-MA)
A primeira ação da Polícia Federal contra o empresário Eike Batista, que está preso em Bangu (RJ) aconteceu em 2008, quando foi deflagrada a Operação Toque de Midas, que fez busca e apreensão na casa do ex-bilionário no Rio. A PF investigava a licitação fraudulenta na concessão da ferrovia entre a região mineradora (rica em manganês e ferro) da Serra do Navio e porto de Santana, no Amapá, para a MMX Logística (do grupo EBX). Como no Maranhão, Eike chegou ao amapaense graças aos apoio de José Sarney (PMDB-AP), então senador pelo estado, a quem o empresário fez doações, assim como à filha dele, Roseana Sarney (PMDB-MA).
A concessão foi mais uma jogada especulativa de Eike: em 2008, foi vendida para a mineradora britânica Anglo American. Em 2013, a indiana ZaminFerrous assumiu a concessão da ferrovia, conforme lembra o JP. Na época em que a licitação suspeita da concessão da ferrovia foi vencida por Eike, o ministro de Minas e Energia era Silas Rondeau, indicado por Sarney, e quem estava à frente do governo do Amapá era Waldez Goés, também ligado ao senador.
Em nota, a MMX Amapá negou ter cometido irregularidades nas licitações que implicaram na outorga da concessão da Estrada de Ferro do Amapá.Sobre o desvio de ouro, a empresa disse que não realizava "quaisquer atividades de mineração de outro no Amapá ou em qualquer outra região do país".
Eike, considerado o empresário mais rico do Brasil em 2012, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, voltou a ser destaque no noticiário nacional, após ser alvo da Operação Eficiência. A Polícia Federal, que decretou sua prisão, investiga um esquema usado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Desse valor, o Ministério Público Federal (MPF) recuperou apenas 10%.
De acordo com as investigações da procuradoria, a ocultação do dinheiro era feita por operadores ligados ao empresário Eike Batista. Um dos esquemas investigados é o pagamento de uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador pelo empresário Eike Batista e pelo vice-presidente do Flamengo, Flávio Godinho, do grupo EBX, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. A propina foi paga a pedido da Cabral.
Paradar uma aparência de legalidade à negociação, foi feito um contrato de fachada para a compra de uma mina de ouro entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados.
Eike, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem tentado atrapalhar as investigações.
Maranhão 247