Conforme antecipado pelo blog no mês de outubro, Roseana Sarney planeja montar um escritório político em São Luís, assessorada pelos ex-secretários João Abreu, Ana Graziella, Conceição Andrade e Olga Simão. O fato novo é que a ex-governadora quer financiar toda essa estrutura com recursos públicos.
Pouco antes de renunciar ao governo, ela enviou projeto à Assembleia Legislativa alterando a Lei 8.507, de 2006, que coloca à disposição dos ex-governantes 5 servidores estaduais e um veículo oficial.
Segundo o texto original, os ex-ocupantes do Palácio dos Leões teriam direito a indicar 2 militares para os cargos de motorista e ajudante-de-ordem, 2 policiais civis e 1 assessor especial por período semelhante ao do mandato. No novo texto, os ex-governadores — a contar da própria Roseana – terão à disposição um séquito formado por 4 assessores e 1 motorista dos quadros da PM ou Bombeiros.
A alteração foi aprovada no dia 16 de dezembro pelo legislativo e sancionada imediatamente pelo governador tampão Arnaldo Melo. Além da pensão vitalícia de R$ 26.589,68, esta seria uma das exigências feitas pela filha de José Sarney para deixar o governo antes do final, entregando a chave do cofre nas mãos do presidente da Assembleia.
Com a mudança na lei, os novos cargos seriam ocupados por Abreu, Conceição Andrade, Ana Graziella e Olga Simão, que serviriam como interlocutores políticos de Roseana Sarney, bancados com dinheiro do contribuinte maranhense para garantir a sobrevivência do grupo Sarney.
O governador-eleito Flávio Dino, entretanto, dá sinais de que deve acabar com mais essa regalia tão logo assuma o comando do Palácio dos Leões.
Do Marrapá