Tráfego de veículos na Esplanada foi interditado para o treinamento.
Militares e servidores de Executivo e Legislativo participaram da simulação.
Do G1, em Brasília
Enquanto a presidente Dilma Rousseff descansava na Base Naval de Aratu, na Bahia, o cerimonial da Presidência realizava neste domingo (28) um ensaio geral, na Esplanada dos Ministérios, para a cerimônia de posse da petista, que ocorrerá na próxima quinta-feira (1º). O treinamento contou com a presença de militares, servidores do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Ministério de Relações Exteriores.
Assim como em outros anos, o ensaio deste domingo contou com a ajuda de servidoras que fizeram o papel da presidente e simularam percursos que Dilma fará no dia. No Congresso, a funcionária do Senado Virgínia Galvez foi quem passou a tropa em revista. No Palácio do Planalto, foi a vez da servidora do cerimonial da Presidência Fátima do Carmo subir a rampa como se fosse a presidente – em 2010, no ensaio da primeira posse de Dilma, Fátima já havia se passado pela petista.
Para viabilizar o ajuste final do cerimonial do Planalto, o trânsito da Esplanada foi interrompido desde o início da avenida S1, na altura da Catedral Metropolitana de Brasília, até a Praça dos Três Poderes. O Rolls Royce presidencial começou o trajeto às 15h13. No dia da posse, se não estiver chovendo, a presidente reeleita desfilará em carro aberto pelo Eixo Monumental, via que reúne os prédios públicos mais importantes da capital federal.
Seguindo o roteiro, depois da catedral, a presidente seguirá até o Congresso Nacional para a cerimônia oficial de posse. “Na saída do Congresso, a presidente já recebe as honras militares”, explicou o coronel Flávio Luciano de Assunção, coordenador do escalão avançado da Presidência da República para a solenidade.
Do prédio do Legislativo, Dilma irá para o Palácio do Planalto, onde subirá a rampa e receberá a faixa presidencial. Em seguida, ela fará um pronunciamento no parlatório e será cumprimentada por chefes de estado que virão ao Brasília especialmente para a posse. Entre as autoridades estrangeiras que confirmaram presença na cerimônia estão o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e os presidentes José Mujica (Uruguai) e Michelle Bachelet (Chile). A solenidade de posse terminará com um cocktail oferecido pelo governo brasileiro a convidados no Palácio do Itamaraty.
De acordo com o coronel Assunção, a segurança de todo o evento ficará a cargo de tropas das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), além de homens das polícias Federal, Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros. Também haverá apoio de equipes do Samu.
Reforma ministerial
A expectativa é de que nesta segunda-feira (29), ao retornar do breve período de descanso na Bahia, a petista anuncie os últimos 22 nomes que faltam para completar seu novo primeiro escalão.
Até o momento, Dilma já anunciou os titulares de 17 pastas. Devido à pressão do mercado, a definição começou pela área econômica: Joaquim Levy para a Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Armando Monteiro Neto para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Também foi confirmada a permanência de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central.
Nesta terça (23), Dilma divulgou os nomes de outros 13 ministros que farão parte do primeiro escalão de seu governo. Foram anunciados os nomes de Aldo Rebelo (que deixou os Esportes para chefiar a pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação); George Hilton (Esportes); Cid Gomes (Educação); Edinho Araújo (Portos); Eduardo Braga (Minas e Energia); Eliseu Padilha (Aviação Civil); Helder Barbalho (Pesca); Kátia Abreu (Agricultura); Vinicius Lajes (Turismo); Jaques Wagner (Defesa); Gilberto Kassab (Cidades); Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial); e Valdir Simão (Controladoria Geral da União).