Esquerda vai às ruas neste domingo (14) contra PL da Dosimetria e ‘Congresso inimigo do povo’

A população brasileira voltará às ruas neste domingo (14/12), em diversas capitais e cidades do país, para denunciar o que movimentos populares classificam como mais um ataque à democracia por parte do Congresso Nacional.

A aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, na madrugada da última quarta-feira (10/12), provocou reações imediatas. As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocam manifestações em todo o país com o mote “Sem anistia para golpistas!”.

A mobilização acontece uma semana após os protestos do levante Mulheres Vivas, que reuniram milhares de pessoas em dezenas de cidades para denunciar a violência de gênero e os altos índices de feminicídio. Os organizadores dos atos deste domingo afirmam que a retomada das ruas é uma resposta direta ao Congresso e à tentativa de reduzir penas de envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão.

Para Camila Moraes, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude e secretária-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE), o chamado às ruas no dia 14 fecha um ciclo de retomada da mobilização popular. “Nós precisamos dar uma resposta nas ruas, assim como fizemos com os atos do dia 21 de setembro. Derrubamos a PEC da bandidagem porque fomos para a rua. Se queremos derrubar a PEC da Dosimetria, temos que nos mobilizar mais uma vez”, afirmou.

Segundo ele, o Congresso deveria estar discutindo pautas de interesse do povo, como a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1.
Entenda o que está em jogo com o PL da dosimetria

O PL da Dosimetria foi aprovado pela Câmara dos Deputados às 2h26 da madrugada de quarta-feira (10/12), com 291 votos favoráveis, 148 contrários e uma abstenção. Apresentado pelo presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), e relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), o texto altera as regras de cálculo das penas em crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Na prática, o projeto impede o acúmulo de penas para crimes correlatos e estabelece que a progressão de regime possa ocorrer após o cumprimento de apenas um sexto da pena em regime fechado. No caso de Bolsonaro, por exemplo, condenado a 27 anos e três meses, a nova regra poderia permitir a saída da prisão em pouco mais de dois anos. O texto também prevê benefícios para réus que usaram tornozeleira eletrônica e permite converter dias de trabalho em redução de pena.

Apesar de seus defensores negarem que o projeto represente uma anistia, o entendimento de juristas, parlamentares que se opõem à proposta e movimentos populares é de que se trata de uma manobra para evitar a responsabilização pelos atos de 8 de janeiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que só tomará uma decisão sobre o veto quando o texto chegar ao Executivo, mas reiterou que Bolsonaro foi preso “porque tentou fazer uma coisa muito grave”, como atentar contra a vida de autoridades e planejar um golpe de Estado.

A sessão de votação foi marcada por episódios de violência e repressão. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força do plenário após denunciar a pauta. O sinal da TV Câmara foi cortado durante a sessão, em um episódio sem precedentes desde a redemocratização. Para os movimentos populares, isso apenas reforça a avaliação de que o Congresso atua descolado da sociedade.

O texto agora segue para o Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já indicou que pode levar o projeto diretamente ao plenário, acelerando sua tramitação.(Ópera Mundi)

IPVA 2026 no Maranhão: Veja o calendário de pagamentos

 


A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) divulgou, no Diário Oficial do Estado, o calendário de pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para 2026. O pagamento poderá ser feito em cota única ou parcelado em até três vezes.

As alíquotas do IPVA no Maranhão vão permanecer as mesas, com 3% sobre o valor para carros de passeio, caminhonetes e utilitários e 2% para motocicletas.

Caso o contribuinte optar pelo pagamento em cota única, o desconto ainda será de 10%. Não será permitido o parcelamento de valores iguais ou inferiores a R$ 100.

O primeiro pagamento está previsto para 27 de fevereiro de 2026, para os optantes da cota única. Já para os que optam pelo parcelamento, os vencimentos acontecem a partir do mês de março, de acordo com o número final da placa do veículo.

Pagamento parcelado

De acordo com a Sefaz, os contribuintes que optarem pelo pagamento parcelado e, se por ventura, atrasarem a compensação financeira, estarão sujeitos ao pagamento de multa e juros que serão calculados de acordo com a data de vencimento.

As cotas devem ser pagas na ordem crescente, de forma que o pagamento da segunda cota fique condicionado ao da primeira, e assim sucessivamente.

A consulta de débitos e a emissão do Documento de Arrecadação (DARE) devem ser feitas exclusivamente pelos canais oficiais do Governo do Maranhão para garantir a segurança dos dados. (G1MA)

Pastor relata por que desafiou bolsonaristas em vigília em Brasília

247 - Na noite em que decidiu atravessar a multidão bolsonarista para denunciar, com a Bíblia na mão, a responsabilidade do ex-presidente e de seus aliados pelas “700.000 covas” abertas na pandemia, o teólogo e pastor independente Ismael Lopes sabia que corria risco. Ele foi à vigília convocada por Flávio Bolsonaro em Brasília, evento que misturava culto religioso e mobilização política, levando apenas o celular e a ideia inicial de fazer um vídeo irônico, mas voltou de lá como personagem de um dos episódios mais comentados do embate entre extrema direita e campo progressista.O relato desse dia foi feito em entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, no programa Boa Noite. Ao longo da conversa, Ismael reconstrói o passo a passo da decisão de pedir a palavra no ato bolsonarista, detalha as agressões que sofreu ao deixar o palco, comenta a explosão de sua visibilidade nas redes sociais, explica sua trajetória religiosa e política e apresenta uma leitura crítica, porém de apoio, ao governo Lula.

Ele conta que chegou à vigília com outra intenção. “Na verdade, eu fui para fazer uma galhofa, uma piadinha sobre a vigília. Tinha pouca gente ali, cerca de 200 pessoas. Eu ia gravar um videozinho, fazer a brincadeira e ir embora”, lembra. A mudança de rumo ocorreu quando começou a ouvir as orações e pregações que, segundo ele, deturpavam o sentido dos textos bíblicos para defender a extrema direita e questionar a condenação do ex-presidente. O ponto de virada foi quando o pastor responsável pela mensagem leu Isaías 58. “Aquilo me bateu fundo, porque é um texto que fala de justiça. Eu pensei: ‘Pelo amor de Deus, eles estão usando um texto que ensina justiça para defender alguém que foi condenado justamente’.”

Indignado, Ismael decidiu que precisava intervir. Primeiro procurou um segurança, que mandou uma mensagem e o orientou a se aproximar de Flávio Bolsonaro. “Eu fui até o Flávio, consegui chegar até ele, me apresentei e falei: ‘Posso deixar uma reflexão bíblica?’ Ele acenou com a cabeça, autorizando”, relata. A oportunidade apareceu porque um dos pastores escalados para falar não compareceu, abrindo um “buraco” na programação. Nesse intervalo, seu nome foi chamado ao microfone.

Já no púlpito, Ismael recorreu a um texto pouco conhecido entre os fiéis, mas cuidadosamente escolhido. “Eu li Eclesiastes 10, do versículo 1 ao 8. Escolhi esse texto porque sabia que eles ouviriam e achariam que eu estava falando do Lula, porque fala de um governante tolo”, conta. O trecho final, porém, virou o centro do recado: “No versículo 8 diz que quem abre covas será lançado nelas”.

A partir daí, ele fez a ligação direta com a pandemia de Covid-19 e com o governo anterior. “Eu disse: ‘Nós não queremos que ninguém caia morto, mas queremos que seja julgado dentro do devido processo legal e responda pelos seus crimes, como seu pai, que abriu 700.000 covas durante a pandemia’”, afirma. O choque entre os presentes foi imediato, mas, por alguns instantes, o silêncio dominou o ato. “Eles ficaram meio atordoados”, recorda. Em seguida, ele ampliou o alvo da crítica: “Eu disse que todos os aliados que colaboraram com isso, que trouxeram essa horda do mal contra o nosso Estado, também precisam ser responsabilizados. Foi aí que me interromperam.”

Apesar da firmeza ao falar, o medo esteve presente o tempo todo. “Medo a gente tem, mas não usa”, admite. Ele conta que o momento mais tenso foi justamente depois da referência às “700.000 covas”: “Eu pensei: ‘Eles estão me deixando falar para depois não me deixarem sair daqui. Vão me cercar e eu não vou conseguir sair’.” Mesmo assim, decidiu continuar, convencido de que falava em nome de quem perdeu familiares na pandemia. “Eu tinha na minha cabeça 700.000 famílias comigo. Tem muito mais gente comigo do que contra mim ali. Eu mesmo perdi muitos amigos e amigas nessa tragédia”, explica.

As imagens exibidas por Joaquim de Carvalho mostram o que veio depois: empurrões, tentativas de socos e um chute que quase acertou seu rosto. “Esse foi o momento em que eu fui derrubado. Um homem tentou me dar um chute no rosto. Eu consegui proteger o rosto e ele não me acerta”, relata. Em seguida, a polícia interveio com spray de pimenta. “Logo depois dessa tentativa de chute, a polícia chegou e dispersou com spray de pimenta. Nesse ponto, a polícia até agiu rápido”, avalia. Em outro momento, ele descreve uma tentativa de golpe pelas costas: “Esse rapaz atrás de mim tenta me dar um soco. Eu tinha acabado de desviar a mão dele, tanto que minha mão está até encostada nele. Depois ele volta com a mão e me acerta nas costas, mas foi um golpe fraco, não me machucou.”

Ismael afirma que um dos agressores que tentou chutá-lo cobriu o rosto depois, mas foi filmado antes pela imprensa. A identificação, diz ele, é questão de tempo: “No vídeo dá para ver ele antes de cobrir o rosto. Então, saiba que você será identificado e vai entrar no processo.” Ele faz questão de reconhecer também a importância dos jornalistas que registraram tudo: “Eu agradeço muito à imprensa. De um lado, eles me cercaram para tirar foto e filmar, e isso impediu que outra parte do grupo chegasse. Por outro lado, eu consegui me defender minimamente até ser derrubado.”

Depois de ser retirado do local, Ismael foi levado pela própria polícia à delegacia. “Quando saí de lá, a polícia me levou de viatura até a delegacia para registrar ocorrência. Fiz o boletim de lesão corporal e tentativa de linchamento”, relata. Em seguida, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal. “Fui ao IML para fazer exame de corpo de delito. Eu tive poucas escoriações, nada muito grave, graças a Deus”, afirma. Agora, o foco é a responsabilização dos agressores: “O processo vai seguir. Agora é a fase de identificação dos agressores. Se eu não me engano, tenho seis meses para identificar e anexar ao processo, e é isso que estou fazendo.”

Naquele primeiro momento, conta ele, não havia sequer defesa técnica ao seu lado. “Eu fui à delegacia sem advogado, porque a polícia me encaminhou. Conversei com o agente que me atendeu. Naquele momento eu estava sem advogado, embora hoje já esteja com suporte, o movimento está me dando todo o apoio necessário”, explica. A expressão “movimento” remete à sua atuação em coletivos evangélicos progressistas, mas também à sua militância social e política em Brasília.

Ao longo da entrevista, Ismael reconstrói sua trajetória na fé para mostrar que sua postura não é ruptura repentina, mas resultado de um caminho de décadas. Ele nasceu em Realengo, na zona oeste do Rio, em uma favela marcada por violência e domínio de grupos armados. “Sou da zona oeste do Rio de Janeiro, de uma comunidade que já foi dominada pela milícia e hoje é pelo tráfico. Na prática, hoje não há tanta diferença, porque a milícia também trafica”, afirma. De família majoritariamente assembleiana, ele passou a infância na Assembleia de Deus, até conhecer, na adolescência, a organização batista Embaixadores do Rei, que lhe deu formação bíblica mais sistemática.

A partir daí migrou para o campo batista, estudou teologia no Seminário Batista do Sul, no Rio de Janeiro, e concluiu o curso a distância. “Eu estudei no Seminário Batista do Sul, no Rio de Janeiro, e depois terminei a teologia à distância. Eu abandonei o seminário presencial, mas concluí o curso. Sou teólogo”, resume.

Hoje, sua atuação pastoral se dá em uma igreja independente em Brasília, conhecida como igreja da garagem, que ele define como um modelo simples e itinerante, semelhante às comunidades do cristianismo primitivo. “Eu não sou pastor de uma grande denominação. Sou pastor de uma igreja independente, a igreja da garagem. Minha igreja-mãe é a Nossa Igreja Brasileira, que é batista, no Rio, mas não tem vínculo institucional com a igreja da garagem em Brasília”, explica. Os cultos são feitos em casas de membros e, após o episódio da vigília, o número de interessados aumentou abruptamente. “A gente se reúne na casa dos membros. Agora está chegando muita gente procurando, por causa do que aconteceu. Eu não sei se vamos conseguir comportar todo mundo dentro de uma casa”, comenta.

Ismael reforça que essa experiência busca resgatar um modo mais comunitário de viver a fé. “A gente tem trabalhado essa dinâmica itinerante, se reunindo nas casas. Eu sei que a institucionalidade tem seu papel e é importante existir enquanto instituição, mas tentamos ser o mais orgânicos possível, porque considero isso um caráter interessante para a gente”, diz.

Essa trajetória dentro da fé, insiste ele, o empurrou à esquerda: “É por ser crente que eu sou de esquerda. A fé cristã tem muitas interseções com os princípios e com o nosso projeto de sociedade pautado pela esquerda.”

Na política institucional, ele diz estar em processo de filiação ao PDT, embora milite também no PCBR, partido comunista sem registro eleitoral. “Hoje eu estou em processo de filiação ao PDT, mas também componho o PCBR, o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, que ainda não tem legenda”, explica. Segundo ele, há diálogo interno para permitir essa filiação “democrática”. Nas disputas locais, já se aproxima de figuras como a senadora Leila. “Eu acho muito importante trabalhar pela reeleição dela, porque imaginar Michele Bolsonaro ou alguém do mesmo campo no Senado é um pesadelo”, comentou.

Ao mesmo tempo, Ismael não esconde a radicalidade de sua leitura do capitalismo. “Eu sou comunista. Eu sou um radical de esquerda no sentido de que buscamos a raiz dos problemas da nossa sociedade. E hoje a raiz da maior parte desses problemas é o nosso anticristo atual, que é o sistema capitalista. Portanto, como eu estou do lado de Cristo, estou contra o anticristo”, afirma.

Para ele, a igreja primitiva, descrita em Atos dos Apóstolos, inspira um horizonte de partilha que se aproxima da ideia socialista. “A experiência descrita em Atos fala de pessoas que davam o que tinham e repartiam conforme a necessidade de cada um. Por isso, para mim, não há oposição entre fé cristã e projeto socialista”, diz, lembrando que Engels enxergou nessa narrativa uma forma de socialismo primitivo.

A relação entre fé e política aparece também quando o pastor fala de sua aproximação com a teologia da libertação e, depois, com a teologia da missão integral, formulada em meios protestantes latino-americanos. “Eu tive contato primeiro com a teologia da libertação, de tradição católica, no fim da adolescência. Depois, em uma escola de fé e política, me apresentaram a teologia da missão integral, uma teologia latino-americana de tradição protestante”, conta. A partir daí, passou a atuar em projetos sociais e, mais tarde, na defesa de políticas públicas, especialmente nas áreas de moradia e população em situação de rua.

Em Brasília, trabalha com elaboração de projetos, captação de recursos e capacitação de organizações para uso de plataformas públicas de financiamento. “Eu trabalho com elaboração de projetos e tentativa de captação de recursos, principalmente por meio de editais para projetos sociais. Tem uma plataforma que é o terror de quem trabalha com projetos, a Transfere Gov. Muita gente não sabe mexer porque é muito difícil. Eu dou capacitação para organizações e às vezes sou contratado como consultor para cuidar desse manejo”, explica.

Ao falar da vida pessoal, Ismael revela conflitos dentro da própria família. Parte dos parentes é “bem à direita, bem conservadora”, incluindo o pai, que define como “bolsonarista radical” e admirador de Olavo de Carvalho. Ele lembra o dia em que recebeu de presente o livro do ideólogo. “Meu pai me deu um livro do Olavo de Carvalho. Quando tirei da embalagem, estava escrito ‘O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota’. Eu guardei de volta e disse: ‘Não, pode levar. Eu já sei o que preciso saber para não ser um idiota. Esse livro é feito para quem não sabe isso ainda. É para essa pessoa que ele serve, não para mim’.”

Já a mãe e a avó materna, ambas evangélicas, não votaram em Bolsonaro, e a avó, assembleiana, é descrita como “totalmente anti bolsonarista”. “Minha avó materna tem muita raiva das irmãs bolsonaristas da igreja. Ela está lá nas reuniões de oração da Assembleia de Deus, mas é totalmente contra o bolsonarismo”, afirma.

A conversa com Joaquim também aborda o uso político da religião por lideranças ligadas ao Estado de Israel e à extrema direita global. Ismael critica a tentativa de associar o Estado israelense moderno ao Israel bíblico e afirma que o povo palestino guarda mais continuidade histórica com aquele território antigo. “É muito curioso ver gente tentando vincular o Estado de Israel de hoje ao Israel bíblico, quando, na verdade, quem tem mais vínculo com o Israel antigo é a Palestina. O povo palestino está lá, com registros desde antes do ano 70 depois de Cristo”, diz. Para ele, o Estado de Israel contemporâneo é resultado de um projeto de colonização: “O Estado de Israel moderno é formado em grande parte por colonos vindos da Europa, sem ligação histórica direta com aquele lugar. Foi um projeto de colonização, um destacamento do Ocidente naquela região.”

Ao avaliar o governo Lula, Ismael adota um tom de apoio crítico. Ele reconhece os avanços na redução da fome e na ampliação de programas de moradia, mas não poupa críticas à política econômica e ao arcabouço fiscal. “Minha avaliação é dura. Eu sou muito crítico ao governo Lula, principalmente pela política econômica”, resume. Segundo ele, é “matematicamente” impossível conciliar o arcabouço com os pisos de saúde e educação: “É importante pressionar o governo para derrubar o arcabouço fiscal, não os pisos, pelo amor de Deus.”

Ao mesmo tempo, enfatiza que o governo tirou milhões de brasileiros da fome. “Nós não temos mais 33 milhões de pessoas passando fome no país. Isso precisa ser destacado. Saímos de um cenário de fome em massa, e isso é uma conquista importante”, afirma. Na área de moradia, ele destaca a ampliação de programas habitacionais e de reforma de casas como pontos positivos.

Na disputa eleitoral, sua posição é clara: “Em termos eleitorais, eu considero o governo Lula a alternativa para 2026. Eu faço um apoio crítico, tentando puxar o governo para a esquerda, não derrubá-lo. A crítica é para que o governo avance, não para que retroceda.”

Sobre transformação social, Ismael afirma que o voto é necessário, mas insuficiente. “O voto não resolve tudo, mas isso não quer dizer que não seja importante ocupar esse espaço. A gente precisa eleger companheiros e companheiras do nosso campo”, explica. A raiz do problema, para ele, é “a engrenagem do capitalismo”, que só pode ser enfrentada com um processo revolucionário, cujo formato concreto a história definirá. “A construção do processo revolucionário começa com organização. Quem ainda não está em nenhum movimento, partido ou coletivo, procure se organizar”, convoca.

Um dos pontos mais contundentes da entrevista é a crítica ao que ele chama de “republicanismo radical” da esquerda, que teria subestimado a natureza não republicana da extrema direita. Para ele, o campo progressista resiste demais e ataca pouco. “Quando a gente recua, perde direitos, perde espaço e perde povo”, resume. Sua defesa é por um enfrentamento firme, ainda que não violento, nas ruas e nos espaços de poder: “Quem viu o vídeo sabe que eu não fui violento em nenhum momento. Minha fala foi respeitosa, mas muito firme e confrontadora.”

Ele define as lideranças da extrema direita como covardes: “Essa gente é covarde, é medrosa. Eles atacam gente frágil, atacam em grupo, atacam com difamação. Quando encontram alguém sincero na luta, com coragem de enfrentar, eles recuam ou ficam atordoados, como ficaram lá.”

Depois da vigília, a vida do pastor teólogo foi atropelada pela repercussão. Ele conta que seu perfil no Instagram saltou de cerca de 500 seguidores para mais de 100 mil em apenas dois dias. “Minha vida ficou caótica. Eu não tenho equipe, sou só eu mexendo nisso. Eu tinha 500 seguidores e, de repente, passei de 100 mil em dois dias”, relata. O desafio, segundo ele, é transformar o interesse em debate real sobre economia, educação, saúde e moradia. “O grande desafio é usar essa visibilidade para discutir a vida real do povo: emprego, renda, educação, moradia, saúde”, afirma.

Ao mesmo tempo, tornou-se alvo de fake news, como montagens que lhe atribuem tatuagens de políticos. “Estão publicando muitas fake news a meu respeito, inclusive foto falsa mostrando tatuagem de político. Eu tenho três tatuagens: o nome de Jesus no antebraço, um versículo de Primeira Timóteo 4:16 no tronco e a tatuagem de um herói no ombro, que é o personagem de ‘V de Vingança’, inspirado em Guy Fawkes, um dos líderes da Conspiração da Pólvora, uma revolta cristã na Inglaterra”, esclarece.

Ismael também fala do papel das igrejas na assistência social e da necessidade de um Estado forte o suficiente para tornar essa atuação emergencial desnecessária. Ativo na União Nacional por Moradia Popular e no Movimento Nacional da População em Situação de Rua, ele descreve esse horizonte com clareza: “O nosso objetivo é construir um Estado que torne a igreja desnecessária na assistência. Que a igreja seja só o espaço para cultuar, não para distribuir cesta básica, juntar dinheiro para gás ou aluguel. Que o Estado garanta o necessário para o povo.”

Apesar de reconhecer o impacto simbólico do gesto na vigília, Ismael evita transformá-lo em modelo a ser reproduzido de forma individual e desprotegida. “Eu não incentivo ninguém a fazer o que eu fiz. Pelo amor de Deus, não se coloque em risco nesse nível, até porque agora eles vão ficar muito mais cuidadosos”, alerta. Ele acredita, porém, que haverá “um antes e um depois” daquele dia nos atos bolsonaristas: “Eu acho que, depois do que aconteceu, eles vão ficar com medo da gente, pelo menos um pouco.”

Ao final da entrevista, Joaquim de Carvalho ressalta que o pastor “colocou o nome na história” por um ato de coragem. Ismael, por sua vez, diz estar à disposição para seguir debatendo a natureza do cristianismo e a centralidade dos pobres na fé que professa. “Além de companheiros de caminhada, somos irmãos. Então vamos seguir juntos nessa”, afirma, convicto de que uma fé enraizada no Evangelho e na justiça social não pode se calar diante de projetos autoritários que usam o nome de Deus para legitimar desigualdade, violência e morte. Assista:

     

A Mulher de César e o Edital n.º 19/2025

 


Carlos Furtado

Há frases que atravessam séculos como lâminas finas: discretas, elegantes, mas capazes de cortar até o mais espesso dos véus. “À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta” é uma dessas sentenças atemporais.

Dizem que Júlio César a proferiu ao afastar Pompeia de um escândalo no qual, ironicamente, ela talvez fosse a única inocente. Era uma lição dura sobre a natureza humana: na praça pública, a dúvida pesa mais que a verdade; e a reputação tem o hábito cruel de caminhar na frente dos fatos.

Pois bem. Séculos depois e muito longe da Roma antiga e de suas intrigas palacianas, o Maranhão assiste a um episódio que faria o próprio César ajustar sua toga. Uma de suas poucas instituições centenárias, guardiã de memórias e sentinela da tradição acadêmica, lançou o Edital n.º 19/2025 — um concurso literário, desses que prometem incentivar a pesquisa, o talento e a justa competição entre estudiosos.

Até aí, tudo dentro do rito. O curioso — para não dizer pitoresco — veio depois. Membros da própria instituição inscreveram-se no concurso. A banca julgadora? De quatro membros, dois pertenciam à própria casa promotora. O resultado? Justamente esses dois membros internos foram proclamados vencedores.

É exatamente aqui que surge a questão nevrálgica, que transcende o episódio e se insere no campo universal da ética institucional. Quando integrantes de uma mesma casa avaliam seus pares, o processo repousa, inevitavelmente, sob o espectro do conflito de interesses. Não importa se o julgamento foi honesto e tecnicamente irrepreensível; importa, sobretudo, como ele é percebido.

A ética não se sustenta apenas na ausência do erro, mas na ausênciada dúvida.Conflitos de interesse podem ser sutis: um viés inconsciente, uma

simpatia involuntária, uma rigidez exagerada para “provar imparcialidade”. Podem ser explícitos: favoritismos, vínculos pessoais ou a tentação de prestigiar a própria instituição por meio de seus nomes mais conhecidos. E até quando nada disso existe — até quando tudo é feito com pureza de intenção — permanece o dano invisível: a suspeita pública, que esvazia a credibilidade do concurso e compromete a legitimidade da conquista do vencedor.

Instituições sérias, mundo afora, conhecem bem esse risco e adotam mecanismos simples, porém robustos: júris externos, avaliações cegas, declarações formais de conflito de interesse, códigos de conduta que disciplinam premiações internas. São procedimentos que protegem a instituição, os avaliadores e, principalmente, os próprios premiados.


É aqui que César volta, silencioso, para observar a cena maranhense. E talvez murmurasse: “Pompeia entenderia”. Porque não basta que o concurso seja justo — é preciso que pareça justo. A aparência, nesse terreno, não é cosmética: é o próprio alicerce da confiança pública.

A crônica da vida real é feita desses pequenos desencontros entre o que é e o que parece ser. Não há crime, não há dolo, não há escândalo — mas há um tropeço na estética da ética, que, afinal, é quase tão importante quanto a ética propriamente dita.

No fim, fica a lição antiga, que viajou dois mil anos para nos alcançar: quem ocupa lugar de honra precisa cuidar também da aparência do gesto, não por vaidade, mas porque a confiança do público é uma obra delicada — e frágil como um papiro ao vento.

E assim segue o Maranhão, entre concursos, memórias, literatos e crônicas. Roma já caiu. Mas seus ensinamentos continuam intactos.

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Historiador, Bacharel em Direito, Coronel Veterano da PMMA. Presidentes das ALMEBRAS (Brasileira) e da AMCLAM (Maranhense) de Letras Militares.

Governo do Maranhão lança Refis 2025 para IPVA e ITCD com descontos de até 100% em juros e multas

 

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-MA), lançou o Programa de Pagamento e Parcelamento de Créditos Tributários – Refis 2025, destinado a contribuintes com débitos de IPVA e ITCD constituídos até 31 de dezembro de 2024, inscritos ou não em dívida ativa.

O programa oferece condições especiais para regularização fiscal, com descontos de até 100% em juros e multas para quem optar pelo pagamento à vista, além da possibilidade de parcelamento em até 12 vezes, com redução de 60% nas penalidades.

O governador Carlos Brandão destacou a importância da ação: “Estamos garantindo este desconto para quem tem débitos de IPVA ou ITCD constituídos até o dia 31 de dezembro de 2024. É uma oportunidade para os contribuintes se regularizarem e, ao mesmo tempo, fortalecermos a arrecadação, que retorna em serviços para a população. Nas próximas semanas, lançaremos um pacote especial do IPVA 2026 e taxas, para todos os tipos de veículos, especialmente motocicletas”, enfatizou.

Condições de adesão

– IPVA: pagamento à vista com 100% de desconto em juros e multas; ou parcelamento em até 12 vezes com redução de 60%. Valor mínimo da parcela: R$ 30 (motocicletas) e R$ 100 (demais veículos automotores).

– ITCD: pagamento à vista com 100% de desconto em juros e multas; ou parcelamento em até 12 vezes com redução de 60%. Valor mínimo da parcela: R$ 500.

Prazo e forma de adesão

A adesão ao Refis 2025 pode ser feita até 31 de outubro de 2025, por meio da emissão do DARE – Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais, disponível no site da Sefaz (portal.sefaz.ma.gov.br), ou presencialmente em qualquer Agência de Atendimento da Fazenda Estadual.

De acordo com a Sefaz, o Refis 2025 tem como objetivo facilitar a regularização de débitos tributários, oferecendo condições vantajosas para que os contribuintes fiquem em dia com suas obrigações fiscais, além de contribuir para o fortalecimento da arrecadação estadual, que é revertida em serviços públicos para a população maranhense.


Blog do John Cutrim

Preservação da história: Quilombo Liberdade é declarado patrimônio cultural no Maranhão


Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional/br 247


A Assembleia Legislativa do Maranhão reconheceu o território do Quilombo Liberdade, em São Luís, como o maior quilombo urbano e maior polo cultural da América Latina. O projeto aprovado nessa quinta-feira (25) segue para sanção do governo estadual. O estado tem a segunda maior população quilombola do país.


Desde 2019, o quilombo é certificado pela Fundação Cultural Palmares. O reconhecimento permite a inclusão do território na agenda oficial do Estado, com prioridade para manifestações culturais, festivais, festas e a difusão dos saberes e fazeres da comunidade quilombola.

Segundo a Fundação municipal de Patrimônio Histórico, mais de 200 manifestações no Quilombo Liberdade estão classificadas entre as celebrações, formas de expressão, saberes, além de lugares e edificações, com valor histórico e cultural.

São Blocos Afro e Carnavalescos, Circuito de Reggae, Festa do Divino, Capoeira, Grupos de Boi, Companhias de Dança, Tambor Crioula, Terreiros, Casas de Oração e Igrejas que marcam o dia a dia dos mais de 160 mil moradores dos cinco bairros que compõem o território.

Com a medida, a Secretaria de Cultura deve adotar medidas para o desenvolvimento social e econômico, priorizando o afroturismo, economia criativa e valorização da identidade quilombola.

Tuntum celebra 70 anos de história com três dias de festividades

Entre os dias 10 e 12 de setembro de 2025, a cidade de Tuntum viveu intensamente as comemorações de seus 70 anos de emancipação política. O município, localizado no coração do Maranhão, reuniu autoridades, artistas e acadêmicos para celebrar sete décadas de história, luta e conquistas.

A programação foi aberta no dia 10 de setembro, com destaque para a sessão solene da Academia Tuntuense de Letras, Educação e Artes (ATLEA), realizada no auditórioda secretaria municipal de saúde. O evento homenageou personalidades que contribuíram para o desenvolvimento social, cultural, político e educacional de Tuntum. Foi entregue Placa de Honra ao Mérito Acadêmico a figuras que ajudaram a escrever capítulos importantes da trajetória do município.
Na ocasião, os acadêmicos ressaltaram o papel da memória e da cultura como pilares para o futuro de Tuntum. O presidente da ATLEA destacou que “valorizar o passado é fortalecer o presente e preparar os novos caminhos da cidade”.

Durante a sessão solene no auditório da SEMUS, à noite, os participantes do evento acompanharam as apresentações culturais com grupos de dança, música e poesia, que emocionaram os presentes e reforçaram o sentimento de pertencimento.

O prefeito Fernando Pessoa participou ativamente das comemorações, ressaltando em seu discurso que os 70 anos de Tuntum representam a força de um povo trabalhador, que acredita na educação, na fé e na esperança. “Celebramos não apenas a história, mas também o futuro que estamos construindo juntos, com dignidade e desenvolvimento”, declarou.

Nos dias seguintes, 11 e 12 de setembro, a festa se estendeu com várias inaugurações na zona rural e urbana do município.
As comemorações encerraram-se no dia 12 com uma grande festa popular, marcada por apresentações musicais que atraíram moradores e visitantes de toda a região.

A celebração dos 70 anos de Tuntum deixou registrada a união de um povo que, com orgulho, honra o passado e renova a esperança no futuro.

Academia de Letras (ATLEA) realizará sessão solene para comemorar os 70 anos de Tuntum nesta quarta-feira(10)


Abrindo as comemorações dos 70 anos de emancipação política de Tuntum - MA, a  Academia  Tuntuense de Letras, Educação e Artes(ATLEA)  realizará, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde de Tuntum na Avenida Joacy Pinheiro centro da cidade a Sessão Solene: Tuntum 70 anos com a presença de acadêmicos(as), autoridades e homenageados(as) com a placa de Honra ao Mérito Acadêmico ofertada pelo sodalício tuntuense.

Para o Presidente da ATLEA, Professor Emerson Araújo, a Sessão Solene: Tuntum 70 anos organizada pela academia será um marco de reafirmação e importância para os intelectuais locais do trabalho desta instituição fundada em 2025. Para Emerson Araújo, a  ATLEA já é uma realidade portentosa e fortalecerá, ainda mais,  a cultura do município e a sua  produção intelectual no campo das letras, educação e artes. A Academia de Letras de Tuntum, apesar de ter sido criado este ano já é conhecida no Maranhão e Piauí como espaço de ambiente acadêmico forte e necessário, ponderou, ainda, o Presidente da ATLEA. 

Honra ao Mérito Acadêmico/2025

Durante a realização da Sessão Solene: Tuntum 70 anos, a ATLEA fará a outorga da Placa de Honra ao Mérito Acadêmico às personalidades (in memoriam) e "vivas" que ajudaram a construir a história do município durante estes setenta anos na cultura, educação, artes e política.

Os(as) homenageados(as) com Honra ao Mérito Acadêmico

1-Fernando Portela Teles Pessoa

2-Nelson Silva de Almeida

3-Ivalto Bílio Chaves

4-Antônio Pires Leda Neto

5- Dr. Cleomar Tema Carvalho Cunha 

6-Dr. Cleones Seabra Carvalho Cunha

7-Lucivania Gomes Sousa Lacerda 

8- Waldir Ribeiro Silva (Boré)

9-Francisco Ronald Torres 

10–Lídia Dias Costa Batista 

11-Hélio Araújo 

12-Inocência da Silva Uruçu 

13- Sebastião Félix Teixeira

14- Maria Feitosa de Araújo Torres 

15 - Raimundo Pereira Barros

16 - Francisco das Chagas Milhomem da Cunha

Apoio do Poder Público Municipal e Estadual

A ATLEA tem recebido apoio administrativo do Prefeito de Tuntum Fernando Pessoa que tem sido um entusiasta na montagem e  nas ações recentes da academia e do Governador do Maranhão Carlos Brandão através da reforma e cessão do prédio onde funcionará a academia nos próximos meses. 

Em voto duro, Moraes pede condenação de Bolsonaro e mais sete réus por liderarem a trama golpista

 

247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou nesta terça-feira (9) um duro voto no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete aliados, acusados de arquitetar a tentativa de golpe de Estado contra o resultado das eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Diante de todo o exposto, voto no sentido da procedência total da ação penal para condenar os réus Almir Garnier Santos, Anderson Gustavo Torres, Augusto Ribeiro Pereira, Mauro Cesar Barbosa Cid, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira e Walter Souza Braga Netto pela prática de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado", disse Moraes.

"Em relação a Jair Messias Bolsonaro, pelas mesmas infrações já descritas e a imputação específica de liderar a organização criminosa", acrescentou. "E condeno o réu Alexandre Ramagem pelas práticas de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado".

Relator do caso na Primeira Turma, Moraes descreveu em detalhes o funcionamento de uma organização criminosa liderada pelo ex-presidente, analisou provas, rebateu argumentos das defesas e ressaltou que o país esteve à beira de retroceder a um regime autoritário. réus praticaram todas as infrações penais imputadas pela Procuradoria-Geral da República', diz Moraes.

Estamos esquecendo aos poucos que o Brasil quase volta a uma ditadura que durou 20 anos porque uma organização criminosa constituída por um grupo político não sabe perder eleições”, afirmou.
Organização criminosa sob comando de Bolsonaro

Moraes estruturou seu voto destacando a atuação contínua de Bolsonaro desde julho de 2021 até os atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o ministro, o ex-presidente chefiava uma rede hierárquica e permanente, dedicada a atacar a democracia brasileira.

“O conjunto é de uma organização criminosa sob a liderança de Jair Messias Bolsonaro que, durante o período de julho de 2021 até 8 de janeiro de 2023, com divisão de tarefas e de forma permanente e hierarquizada, praticou vários atos executórios destinados a, primeiro: atentar contra o Estado Democrático de Direito (...). E também atos executórios para tentar depor por meio de grave ameaça governo legitimamente constituído”, disse.

Ele destacou que se tratam de crimes autônomos — atentar contra o Estado de Direito e tentativa de golpe de Estado — e que as penas podem ser somadas.

A estratégia de desacreditar a democracia

Segundo Moraes, a partir de 2021 o grupo iniciou uma ofensiva contra o sistema eleitoral, buscando desacreditar as urnas eletrônicas e colocar a população contra o Judiciário.

“A organização criminosa iniciou a consumação desses atos executórios com a finalidade de perpetuação no poder, seja mediante um controle do Judiciário e do TSE, seja desrespeitando as regras da democracia e as eleições que ocorreriam em 2022”, afirmou.

Ele detalhou ainda a utilização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na criação da chamada “Abin paralela”, voltada a monitorar adversários políticos e difundir desinformação.

“Não é razoável achar normal um general do Exército, general quatro estrelas, ministro do GSI, ter uma agenda com anotações golpistas, preparando a execução de atos para deslegitimar as eleições, o Judiciário e para se perpetuar no poder”, criticou, em referência ao general Augusto Heleno.

O 7 de Setembro e a "confissão"

O ministro relembrou o 7 de Setembro de 2021 como um marco na escalada golpista. Na ocasião, Bolsonaro discursou em Brasília e em São Paulo, fazendo ameaças ao STF.

“Isso não é conversa de bar (...). Isso é o presidente da República no 7 de Setembro, a data da independência do Brasil, instigando milhares de pessoas contra o Supremo, contra o Judiciário, e especificamente contra um ministro do STF”, disse.

Para Moraes, os discursos configuraram confissão pública de crime. “Uma frase que confessa novamente, de viva-voz, perante milhares de pessoas, o crime de abolição do Estado Democrático de Direito (...). Qualquer pessoa decente e de boa-fé sabe que um líder político, num alto cargo, instigando, insuflando milhares de pessoas dessa forma, aumenta exponencialmente as agressões, ameaças ao Supremo, aos ministros e às suas famílias".

A reunião com embaixadores e a "tentativa de retorno à posição de colônia"

Outro episódio duramente criticado foi a reunião convocada por Bolsonaro em 18 de julho de 2022 com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, para desacreditar o sistema eletrônico de votação.

“Essa reunião eu diria que talvez entre para a história como um dos momentos de maior entreguismo nacional (...). Os últimos acontecimentos demonstram que esta reunião foi só preparatório para uma tentativa de retorno à posição de colônia brasileira, só que não mais de Portugal”, disse Moraes.

Para ele, o encontro teve como objetivo “já preparar o descrédito nos resultados eleitorais, sempre naquela finalidade desse grupo político se perpetuar no poder”.

A derrota eleitoral e a nota da Defesa

Moraes recordou que, após a derrota de Bolsonaro no segundo turno, em 30 de outubro de 2022, a organização criminosa financiou bloqueios de rodovias e incentivou acampamentos em frente a quartéis. Ele criticou a omissão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e destacou que, em 10 de novembro, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, divulgou uma nota para manter viva a narrativa de fraude.

“Uma das mais esdrúxulas notas, vergonhosas notas, que um ministro da Defesa do Brasil pode ter emitido. (...) Vergonhosa a conduta. Seria só vergonhosa se não fosse criminosa”, afirmou.

Estado de sítio como disfarce para golpe

O relator também rejeitou os argumentos de Bolsonaro de que discutia apenas “considerandos” ou hipóteses constitucionais com militares.

“Não existe previsão constitucional para decretação de estado de sítio, estado de defesa ou GLO no caso de derrota eleitoral. Não existe. Chame-se como quiser. Aqui era uma minuta de golpe de Estado”, declarou.

E ironizou: “Quem pretende dar um golpe, dá um golpe, como se pretendeu aqui e se tentou, não conversando com o Legislativo ou com conselheiros da República, mas conversando e pedindo a lealdade e o apoio dos comandantes das Forças Armadas".

Ameaças e suspeição rejeitada

Moraes também aproveitou seu voto para rechaçar alegações de que seria suspeito ou impedido de julgar o caso por ter sido alvo de ataques pessoais.

“Todos os advogados e advogadas sabem que qualquer juiz que seja ameaçado, coagido, até agredido no curso do processo por quem está sendo investigado, ele não se torna suspeito ou impedido. (...) O Código de Processo Penal é claro: qualquer fato superveniente ligado ao processo que tente coagir ou destruir a Justiça, que ofenda o magistrado, não é causa de suspeição ou impedimento.”

"O Brasil quase voltou a uma ditadura"

Moraes ressaltou a gravidade dos atos praticados e afirmou que o Brasil esteve muito perto de perder sua democracia.

“Essa bomba [em Brasília, no Natal de 2022] não explodiu por pouco. Acarretaria na morte de centenas de pessoas. (...) O Brasil quase voltou a uma ditadura porque uma organização criminosa liderada por Jair Bolsonaro não sabe que é um princípio democrático e republicano a alternância de poder. Quem perde vira oposição e disputa as próximas eleições. Quem ganha assume e tenta se manter pelo voto popular, não utilizando órgãos do Estado, não com bombas em aeroportos, não com depredação das sedes dos Três Poderes".

O julgamento

Além de Bolsonaro, também são réus Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Walter Braga Netto, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Mauro Cid — este último colaborador das investigações.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), assinada por Paulo Gonet, pede a condenação de todos, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão. O julgamento está em curso na Primeira Turma do STF, composta por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Flávio Dino.

INSS Anuncia Ressarcimento a Aposentados Vítimas de Fraude

Na última terça-feira (6), o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, fez um anúncio importante para os aposentados e pensionistas que foram vítimas de fraudes que resultaram em descontos indevidos em seus benefícios. Em uma coletiva de imprensa, Waller Júnior informou que os valores descontados de forma irregular serão ressarcidos diretamente nas contas bancárias onde os beneficiários recebem seus pagamentos.

O presidente do INSS destacou que a medida visa reparar os danos causados aos segurados, que enfrentaram dificuldades financeiras em decorrência das fraudes. Segundo ele, a instituição está comprometida em garantir a segurança e a integridade dos benefícios pagos aos seus segurados, além de reforçar a importância da transparência nas operações do órgão.

O processo de ressarcimento será realizado de forma automática, o que significa que os aposentados e pensionistas não precisarão tomar nenhuma ação adicional para receber os valores devidos. O INSS está trabalhando para que o pagamento ocorra de maneira rápida e eficiente, minimizando o impacto negativo que os descontos indevidos causaram na vida dos beneficiários.

Além disso, Waller Júnior enfatizou que o INSS está implementando medidas de segurança mais rigorosas para prevenir novas fraudes e proteger os direitos dos segurados. A instituição também está promovendo campanhas de conscientização para informar os beneficiários sobre como identificar e denunciar possíveis irregularidades.

Com essa iniciativa, o INSS reafirma seu compromisso com a justiça e a proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas, assegurando que todos os beneficiários possam contar com a integridade de seus pagamentos.

Blog do Jesael

CNT/MDA: Lula sai na frente em todos os cenários testados

247 - A pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (8) mostrou o presidente Lula (PT) na primeira posição em todos os três cenários do primeiro turno na disputa pela eleição de 2026.

Em um dos cenários, Lula conseguiu 36,2%, contra 29,7% de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) apareceu em terceiro lugar, com 9,6%, seguido por Ratinho Junior (PSD), com 6,9%, por Ronaldo Caiado (União), com 2,8%, e por Romeu Zema (Novo), com 2%. Brancos e nulos somaram 9,5% e os indecisos, 3,3%.

No cenário 2, o petista alcançou 35,8%, contra 17,1% de Tarcísio de Freitas (Republicanos). O pedetista Ciro Gomes teve 11,6%, e Ratinho Junior, 10%. Caiado registrou 4,2%, e Zema, 3,6%. O quesito branco/nulo somou 12,4% e os indecisos, 5,3%.

Na terceira simulação, o atual presidente da República conseguiu 37,1%, seguido por Eduardo Bolsonaro (PL), com 14,6%, e por Ciro (12,3%). Na sequência apareceram Ratinho Junior (10,9%), Caiado (4,5%), e Zema (4,2%). Brancos e nulos somaram 11,8% e os indecisos, 4,6%.

Segundo turno

Nas simulações de segundo turno, o presidente Lula vence Bolsonaro por 45,7% a 37,7%, e Tarcísio de Freitas por 43,9% a 37,6%.

Na disputa contra Ciro, Lula ganha por 39,4% a 36%, e no duelo com Ratinho Jr. vence por 43,4% a 36,7% .

O presidente também saiu na frente no confronto com Romeu Zema (45% a 30,7%). Contra Ronaldo Caiado, o placar foi de 44,8% a 30,4% a favor do petista.

Dados da pesquisa

Foram entrevistadas 2.002 pessoas de forma presencial entre a última quarta-feira (3) e o sábado (6). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

TUNTUM: Desfile cívico reúne escolas do município

 As escolas da rede municipal, com a coordenação da Secretaria de Educação, em comemoração a Independência do Brasil, realizaram na tarde desse sábado (06), em Tuntum, desfile cívico reunindo centenas de estudantes do pré-escolar, fundamental menor e maior.

O ato comemorativo em alusão a nossa independência, teve seu início nas imediações do prédio da Secretaria de Educação, momento em que reuniu cinco bandas e fanfarras: três das cidades de São Domingos, Peritoró e Presidente Dutra, além de duas de Tuntum (povoado Arroz e colégio Millenium). O desfile percorreu a rua Ariston Léda e avenida Joacy Pinheiro até a praça São Francisco de Assis, local onde se encontrava as autoridades municipais.

O desfile não abordou uma temática específica, mas destacou vários aspectos culturais e sociais do município tuntuense, exibindo trajes atuais e de época, dando ênfase a alguns momentos, desde o processo de emancipação até os dias atuais, já que o município celebra dia 12 de setembro, 70 anos de sua criação, e nada mais oportuno para comemorar, mesmo que de forma antecipada, a grande data.

Com pelotões não tão grandes, exceção da Escola Militar e Corpo de Bombeiros, o desfile ficou atraente para ser assistido, especialmente para quem aguardava da calçada, que em pouco tempo assistia toda movimentação sem esperar tanto. Os estudantes das escolas militares, em face dos trajes, organização e sincronia dos movimentos, chamaram mais atenção, despertando total curiosidade do público.

De um palco armado entre as praças Paulo Andrade e São Francisco de Assis estava o prefeito Fernando Pessoa, sua esposa Érica Pessoa, o secretário de Educação, Carlos Júnior, o presidente da Academia Tuntuense de Letras (Atlea), professor Emerson Araújo, professores e representantes de escolas, ocasião em que assistiam e aplaudiam o importante momento.

Após o término da solenidade cívica, o prefeito e sua esposa sortearam brindes educativos aos estudantes.


Do Blog do Lobão com edição de fotos

Fufuca ignora anúncio do PP sobre desembarque do governo e diz que ‘segue despachando normalmente’



O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), ignorou o anúncio das cúpulas nacionais do PP e do União Brasil de proibir todos os filiados de ocuparem cargos no governo. A decisão, que ainda precisa ser votada pelas Executivas Nacionais das suas siglas, atinge os ministros dos Esportes, André Fufuca, do PP, e do Turismo, Celso Sabino, do União.

Em nota, assessoria do ministro afirmou que Fufuca “cumpre rigorosamente sua agenda institucional”. O ministro passou o dia em cumprindo agendas em seu gabinete, na Esplanada dos Ministérios. À tarde, Fufuca assinou dois acordos de cooperação na área do esporte, um com o Sebrae e o segundo com o Centro Universitário Unifatecie de Paranavaí.

“Ministro dá andamento ao que foi estabelecido pelo presidente Lula como prioridade para a pasta: transformar o esporte em uma ferramenta de inclusão social que garanta a todos os brasileiros o acesso às práticas esportivas”, diz a nota.

Já o ministro do Turismo, Celso Sabino, cumpriu agendas no Pará. Nas redes sociais, afirmou que esteve na 1ª Conferência de Turismo de Curionópolis e Serra Pelada e em Tomé-Açu para conhecer uma cooperativa.

“Com o governo do presidente Lula, seguimos apoiando iniciativas que geram emprego, renda e oportunidades para o povo paraense, mostrando ao Brasil e ao mundo a força da nossa história e natureza”, afirmou.

Blog do John Cutrim

"Não há chances dos réus golpistas serem absolvidos", diz Fernando Fernandes

247 - O jurista Fernando Fernandes afirmou que os réus no julgamento da tentativa de golpe de Estado não têm chances de absolvição. Em entrevista ao programa Boa Noite 247, nesta segunda-feira (2), Fernandes destacou que a acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) é “precisa” e “embasada em provas contundentes” contra Jair Bolsonaro e seus aliados.

“Eu não estou vendo chances de ninguém ser absolvido. Há uma acusação muito embasada em provas, muito precisa. Eu diria que a acusação foi tão precisa que a chance de absolvição tende a zero. Todos ali [os réus] estão com elementos probatórios de participação na trama golpista muito contundentes”, avaliou.

Anistia “inconstitucional”

O jurista também se posicionou contra as articulações em curso no Congresso Nacional para discutir uma possível anistia aos envolvidos nos atos golpistas. Para ele, além de a medida não ter respaldo popular, seria flagrantemente inconstitucional.

“A maior parte da população brasileira é contra a anistia ou qualquer tipo de perdão a esses atos. Isso está nas pesquisas. Por isso, nesse momento em que o Tarcísio [de Freitas] fez um discurso dizendo que não confia na Justiça brasileira, que seu primeiro ato seria um indulto [a Bolsonaro], ele está jogando para o ‘cercadinho’, porque quer se legitimar como sucessor do Bolsonaro. Mas isso é impossível neste momento. É por isso que não se pauta a anistia no Congresso: o Centrão sabe que a maior parte da população é contrária. Além disso, seria inconstitucional tanto a anistia quanto o indulto. A Constituição não permite indulto em crimes armados contra a democracia e muito menos contra terrorismo”, declarou.

Membros da Academia de Letras de Tuntum(ATLEA) serão entrevistados na Nutri+ Fm de Presidente Dutra nesta quarta

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PF indicia mulher de confusão com Dino em avião por dois crimes


Imagens que começaram a circular nesta terça-feira (2) registraram o desembarque em Brasília do voo marcado por uma confusão entre a enfermeira paranaense Maria Shirlei Piontkievicz e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Ela acabou indiciada por injúria qualificada e incitação ao crime.

O episódio ocorreu na tarde de segunda-feira (1), ainda em São Luís, quando a passageira avançou contra o magistrado, afirmando que “este avião está contaminado”, que não respeita “esse tipo de gente” e perguntando “onde o comunismo deu certo?”. Dino, que permaneceu sentado, não reagiu às provocações.

Segundo informações de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a tripulação e o segurança de Dino contiveram a mulher, e a Polícia Federal foi acionada. Já em Brasília, Maria Shirlei foi levada para prestar depoimento e ironizou a ação: “Parece que vieram pegar o Bolsonaro aqui dentro”, disse, pedindo que outros passageiros testemunhassem a seu favor.


Marrapá

Weverton destaca ampliação do “Mais Médicos” no Maranhão

 
Marrapá
- O senador Weverton Rocha comemorou a chegada de 63 profissionais do Programa Mais Médicos para reforçar o atendimento em 51 municípios maranhenses. A medida integra a 2ª chamada do 41º ciclo do programa, que busca ampliar o acesso à atenção primária no estado.

“O presidente Lula está trabalhando para levar mais saúde para o nosso estado e é por isso que ele sabe que pode contar comigo. A chegada desses profissionais vai fazer a diferença na vida de muita gente”, afirmou o senador.

Entre as cidades contempladas estão Alcântara, Codó, Duque Bacelar, Igarapé Grande, Chapadinha e Bacabal. Com meta de alcançar 28 mil médicos até 2027, o programa já atende 67 milhões de brasileiros, com cerca de 26,4 mil médicos em atividade em 4,5 mil municípios, incluindo 1,7 mil em situação de alta vulnerabilidade social.

Morre Mino Carta, ícone do jornalismo brasileiro e fundador da CartaCapital


 247 - O jornalista Mino Carta morreu nesta terça-feira (2), aos 91 anos, em São Paulo. A informação foi divulgada inicialmente pela CartaCapital, veículo do qual ele foi fundador e diretor de redação. Segundo a publicação, o jornalista enfrentava problemas de saúde e estava internado há duas semanas na UTI do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. A causa da morte não foi informada.

Nascido em Gênova, na Itália, em 1933, Mino Carta mudou-se com a família para São Paulo ainda na década de 1940. Ao longo de sua trajetória, tornou-se um dos nomes mais influentes da imprensa brasileira, participando da criação e da direção de veículos como o Jornal da Tarde, a revista Veja, a revista IstoÉ e, posteriormente, a CartaCapital, fundada em 1994.

Mino foi reconhecido não apenas pelo pioneirismo editorial, mas também pela defesa de um jornalismo crítico, independente e comprometido com o debate político e social do país. Sob sua liderança, as publicações que ajudou a criar moldaram o cenário da comunicação no Brasil, consolidando pautas e narrativas que marcaram momentos decisivos da história recente.

Com estilo inconfundível, combinando rigor crítico e visão de longo alcance, Mino Carta construiu um legado que permanece como referência no jornalismo nacional.

Othelino desmente fala de jornalista sobre suposto afastamento de Brandão

Em nota à imprensa, o deputado estadual Othelino Neto desmentiu uma informação divulgada por uma comentarista da TV Mirante sobre supostos movimentos de oposicionistas para afastar o governador Carlos Brandão e abrir caminho para o vice-governador Felipe Camarão.

A especulação foi levantada durante o quadro Bastidores, apresentado pelo jornalista Kambalau, no qual a comentarista citou Othelino, Leandro Bello e Márcio Jerry como articuladores de uma conspiração contra o grupo Brandão nos corredores do Superior Tribunal de Justiça. Othelino negou veementemente a acusação. Leandro Bello e Márcio Jerry também devem se manifestar.

Confira a íntegra da nota:

NOTA À IMPRENSA

“Repudio as especulações irresponsáveis do quadro Bastidores, no Bom Dia Mirante, que falsamente atribuiu a mim comentários sobre o governador Carlos Brandão.

A sociedade sabe que qualquer ação judicial em curso é fruto exclusivo dos atos e escolhas do próprio governador, e somente ele deve responder por suas consequências. Não aceitarei que mentiras sejam usadas para manipular a opinião pública.

Estou ao lado do povo do Maranhão e seguirei firme no compromisso com transparência, responsabilidade e democracia.

Deputado estadual Othelino Neto”

Maior operação do país contra o crime organizado envolve setor de combustíveis e atinge a Faria Lima

247 - A Avenida Faria Lima, símbolo do mercado financeiro brasileiro, foi alvo de uma megaoperação policial nesta quinta-feira (28). Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a ação, batizada de Operação Carbono Oculto, é considerada a maior já realizada no país contra a infiltração do crime organizado na economia formal.

Conduzida pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), além das Receitas Federal e Estadual, a ofensiva mobilizou cerca de 1.400 agentes para cumprir 200 mandados de busca e apreensão em dez Estados. O foco da investigação está no setor de combustíveis, em grande parte capturado por grupos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com a reportagem, somente na região da Faria Lima, epicentro do mercado financeiro em São Paulo, foram identificados 42 alvos entre corretoras, fundos de investimento e empresas de fachada, espalhados por cinco endereços de destaque. Um dos principais pontos da apuração é o BK Bank, instituição de pagamentos investigada por movimentações suspeitas que somam R$ 17,7 bilhões. A Receita Federal calcula que o esquema tenha provocado R$ 1,4 bilhão em sonegação de tributos federais, enquanto o governo paulista estima um prejuízo superior a R$ 7,6 bilhões em impostos estaduais.

As autoridades apontam que a rede criminosa atuava em várias frentes: adulteração de combustíveis, crimes ambientais, fraudes fiscais, estelionato e, sobretudo, lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. O objetivo era dominar etapas da produção e distribuição de etanol, gasolina e diesel, utilizando empresas associadas a operadores financeiros suspeitos de atuar para Marcola, líder do PCC.

O Gaeco destaca ainda que o grupo mantinha “um esquema massivo de ocultação de patrimônio, rendas e posições societárias”, criando uma rede complexa para driblar fiscalizações e blindar recursos ilícitos.

Ainda conforme a reportagem, a Justiça determinou a indisponibilidade de quatro usinas de álcool, além de cinco redes de postos de combustíveis, que juntas somam mais de 300 unidades em todo o Brasil. Ao todo, estão na mira das investigações 17 distribuidoras de combustíveis, quatro transportadoras de cargas, seis refinadoras e formuladoras, além de terminais portuários e duas instituições de pagamentos.

Outro ponto investigado é a importação irregular de metanol pelo Porto de Paranaguá (PR). O produto era desviado de seu destino oficial e distribuído clandestinamente, usado para adulterar gasolina e gerar lucros bilionários para a organização.

De acordo com os investigadores, os acusados expandiram seus negócios em toda a cadeia do setor de combustíveis graças a recursos ilícitos. Essa força financeira lhes permitiu ampliar poder político e contratar lobistas influentes em Brasília.

Empresários como Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Loco, e Mohamad Hussein Mourad, do antigo grupo Aster/Copape, aparecem como líderes de um dos núcleos investigados. Eles teriam se associado ao Grupo Refit (ex-Manguinhos), de Ricardo Magro, ex-advogado do ex-deputado Eduardo Cunha, para fortalecer as operações.

As investigações também revelam que, mesmo após a cassação das licenças da Aster e da Copape pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2024, os envolvidos seguiram ativos no setor. O grupo teria adquirido usinas sucroalcooleiras no interior de São Paulo e utilizado novas distribuidoras como a Arka e a Duvale para manter a rede em funcionamento.

Segundo o Gaeco, essas empresas apresentavam indícios de “interpostas pessoas” e vínculos diretos com condenados por tráfico internacional de drogas. O modelo de atuação sugere a formação de um cartel abastecido por usinas do próprio grupo, conectando a produção de etanol e diesel a uma rede de postos controlada pelos investigados.

A Operação Carbono Oculto expôs a dimensão da expansão do crime organizado sobre um setor que representa 10% do PIB brasileiro, gera 1,6 milhão de empregos e movimenta cerca de R$ 420 bilhões anuais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Até o momento, as defesas dos investigados não foram localizadas pela reportagem.

Ancelotti investe em novos jogadores em convocação para Eliminatórias

A seleção brasileira masculina de futebol, já classificada para o Mundial de 2026, entrará em campo repleta de novidades nos dois últimos jogos das Eliminatórias (17ª e 18ª rodadas). O técnico Carlo Ancelotti anunciou na tarde desta segunda-feira (25), na sede da CBF no Rio de Janeiro, a lista dos 25 convocados, e 10 deles ganharam a primeira chance na de treinar sob comando do italiano. Entre eles estão os meio-campistas Lucas Paquetá (West Ham) e Joelinton (Newcastle) e os atacantes João Pedro (Chelsea, Kaio Jorge (Cruzeiro) e Luiz Henrique (Zenit). Além de Kaio, artilheiro do Brasileirão (15 gols), apenas outros três atuam no futebol nacional: o goleiro Hugo Souza (Corinthians), o lateral-esquerdo Alex Sandro (Flamengo) e o zagueiro Fabrício Bruno (Cruzeiro).

O Brasil enfrenta o Chile no próximo dia 4 de setembro (uma quinta-feira), às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro. A venda de ingressos será aberta às 18h desta segunda (25) no site Bilheteria Digital, mediante cadastro de biometria facial. O último jogo das Eliminatórias será fora de casa contra a Bolívia, em 9 de setembro (uma terça), às 20h30.

Durante a coletiva de imprensa, o técnico italiano se esforçou para responder às perguntas em português e explicou o porquê de tantas caras novas na amarelinha.

“Quero conhecer novos jogadores que podem ajudar a seleção, tanto no perfil técnico quanto o pessoal. Os jogadores que não estou chamando trabalharam muito bem na primeira convocação”, ressaltou Ancelotti, que também elogiou Lucas Paquetá. Quero aproveitar para conhecê-lo: tem muita qualidade e será muito importante para o Brasil.”

Ao falar da ausência de Neymar, o técnico aproveitou para reiterar o principal critério que utiliza para avaliar os jogadores visando a convocação.

“Neymar teve um problema físico na última semana. Não preciso testá-lo, todos conhecem muito bem o Neymar, mas ele tem de chegar com uma boa condição física para fazer o melhor na Copa do Mundo. Um critério muito importante é o aspecto físico: [o jogador] tem que estar em 100% da sua condição física para ser convocado”, pontuou.

Em relação à primeira convocação, Ancelotti manteve 12 jogadores: os defensores Alex Sandro (Flamengo), Alexsandro (Lille Olympique), Marquinho (PSG) e Vanderson (Monaco); os meio-campistas Andrey Santos (Chelsea), Bruno Guimarães (Newcastle) e Casemiro (Manchester United); e os atacantes Estêvão (Chelsea), Gabriel Martinelli (Arsenal), Matheus Cunha (Manchester United), Raphinha (Barcelona) e Richarlison (Tottenham).

"Teremos 10 meses pela frente para preparar uma lista definitiva. elenco definitivo. A ideia é ter um grupo fixo de 15 ou 16 jogadores e ir tentando os demais”, disse o treinador, que esperar avaliar 52 atletas até definir a equipe para a Copa do Mundo de 2026, no Canadá, México e Estados Unidos.

Após as Eliminatórias, a seleção fará amistosos em outubro, novembro e dezembro. Os adversários e as datas ainda serão divulgados pela CBF.

Convocados

Goleiros

Alisson (Liverpool)

Bento (Al-Nassr)

Hugo Souza (Corinthians)

Defensores

Alexsandro (Lille)

Alex Sandro (Flamengo)

Caio Henrique (Monaco)

Douglas Santos (Zenit)

Fabrício Bruno (Cruzeiro)

Gabriel Magalhães (Arsenal)

Marquinhos (Paris Saint-Germain)

Vanderson (Monaco)

Wesley (Roma)

Meio-campistas

Andrey Santos (Chelsea)

Bruno Guimarães (Newcastle)

Casemiro (Manchester United)

Joelinton (Newcastle)

Lucas Paquetá (West Ham)

Atacantes

Estevão (Chelsea)

Gabriel Martinelli (Arsenal)

João Pedro (Chelsea)

Kaio Jorge (Cruzeiro)

Luiz Henrique (Zenit)

Matheus Cunha (Manchester United)

Raphinha (Barcelona)

Richarlison (Tottenham)


Agência Brasil

ATLEA se reúne em Tuntum

Na noite,  desta terça-feira (26/08), a ATLEA  - Academia Tuntuense de Letras, Educação e Artes realizou a primeira reunião ordinária de sua membresia,  no prédio da Câmara de Vereadores, onde foi detalhada a pauta da Sessão Solene do dia 10 de setembro em homenagem aos 70 anos da emancipação política da cidade.

Em sua fala, o presidente Emerson Araújo agradeceu a presença de todos(as) e destacou a importância de enaltecer e valorizar a nossa cultura tuntuense. 

A  primeira reunião ordinária da ATLEA,  com a maioria dos seus membros, foi  um momento de união e preparação para celebrarmos a história de Tuntum.

Em Fernando Falcão, oposição declara apoio a Bruna Pessoa para Assembleia

O cenário político de Fernando Falcão ganhou novos rumos nesta semana. O grupo de oposição, liderado por Idefran Santana, marido da ex-candidata a prefeita nas eleições de 2024, Roseli Santana, juntamente com Edimar do Posto, oficializou apoio à pré-candidatura de Bruna Pessoa a deputada estadual.

Bruna é irmã do prefeito de Tuntum, Fernando Pessoa, considerado uma das maiores revelações políticas do Maranhão pela forma exemplar com que vem conduzindo sua administração.

O encontro que consolidou a aliança contou ainda com a presença de Marcus Brandão, presidente estadual do MDB e irmão do governador Carlos Brandão, evidenciando a força da articulação e o peso estratégico desse movimento no cenário político da região.

Blog do Glaucio Ericeira

Tuntum marca presença em seminário estadual sobre gestão de resíduos sólidos

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Tuntum participou ativamente de um importante seminário realizado em São Luís, organizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que teve como pauta central a gestão de resíduos sólidos e o fortalecimento do compromisso pelo fim dos lixões no Maranhão.

Durante o encontro, o secretário Amilson Dilacerda destacou os avanços significativos que Tuntum vem alcançando nas causas ambientais, fruto de um trabalho contínuo e responsável. Ele ressaltou que o município já se posiciona de forma sólida na cena ambiental do estado, com iniciativas que reforçam a preservação e a sustentabilidade.

Segundo o secretário, esse resultado é reflexo da gestão do prefeito Fernando Pessoa, que tem demonstrado responsabilidade extrema com as questões ambientais, apoiando políticas e ações que colocam Tuntum em evidência no cenário estadual.

A participação da secretaria nesse seminário reafirma o compromisso do município em avançar na luta contra os lixões e construir um futuro mais sustentável para a população.


Blog do Pedro Jorge(Com Edição).

PF desmonta fraude em precatórios no Maranhão


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (22/8), a Operação Hybris II para desarticular um esquema criminoso que fraudava o levantamento de precatórios judiciais no Distrito Federal e no Maranhão.

A investigação identificou prejuízos superiores a R$ 3,5 milhões e constatou a participação de advogados e empregados de uma instituição financeira no esquema.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares, como o afastamento de função pública e a suspensão do exercício da advocacia.

Segundo a Polícia Federal, o grupo atuava na falsificação de documentos para levantar valores de precatórios de forma ilícita. A participação de profissionais com acesso privilegiado ao sistema financeiro e jurídico foi essencial para a execução do golpe.

A investigação prossegue. Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos e organização criminosa.


Blog do John Cutrim

Juscelino Filho confirma instalação de Centro de Reabilitação Ortopédica em Tuntum

O deputado federal Juscelino Filho (União Brasil/MA) garantiu a implantação de um Centro Especializado em Reabilitação com Oficina Ortopédica no município de Tuntum. A notícia foi confirmada em reunião nesta quarta-feira (20), com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília (DF), que contou com a presença do prefeito de Tuntum, Fernando Pessoa, e sua comitiva. Também foram tratados, na oportunidade, sobre outros benefícios e convênios para a cidade e para mais municípios do Maranhão.

Agradeço ao presidente Lula e ao ministro Padilha por toda atenção com o nosso Estado do Maranhão e, aqui, em especial com a cidade de Tuntum, que está sendo beneficiada com muitas ações e programas importantes do governo federal. Tuntum é uma cidade estratégica que atende toda a região e esse centro de reabilitação com oficina ortopédica agora será realidade graças ao nosso trabalho para liberar o recurso para ajudar a quem precisa de um tratamento ortopédico adequado”, comemorou Juscelino Filho.

O Centro Especializado em Reabilitação (CER – IV) é um espaço de atenção à pessoa com deficiência mantido pelo SUS com assistência em quatro modalidades de reabilitação, e vai beneficiar não só à população de Tuntum como também de mais de 40 municípios da região Central do estado. Além do equipamento, será instalado o serviço de Oficina Ortopédica com acesso gratuito à órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPMs).

O ministro Padilha reafirmou o trabalho do governo Lula em prol do Maranhão. “Esse investimento é mais um compromisso do presidente Lula para melhorar a saúde da população do Maranhão, graças aos esforços do nosso deputado Juscelino Filho que é um grande defensor da saúde do estado. Temos dado atenção aos maranhenses, e, agora, vamos implantar um centro especializado de reabilitação tão importante para as pessoas com deficiência que poderão ser cuidadas e tratadas na unidade”, disse.

“Agradecemos ao deputado federal Juscelino Filho que tem ajudado bastante a nossa cidade de Tuntum. Estamos aqui tratando de mais benefícios importantes, desta vez para a saúde. Nosso município ganhará um centro ortopédico para tratamento da população e tem muito mais obras e benefícios em andamento para a cidade. Gratidão ao nosso presidente Lula e ao ministro Padilha”, afirmou o prefeito Fernando Pessoa.


Blog do John Cutrim

PF encontra celular em privada durante operação no MA


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), mais uma etapa da Operação Lei do Retorno, que apura o desvio de mais de R$ 50 milhões do Fundeb entre 2021 e 2025.

Durante o cumprimento de 49 mandados de busca e apreensão em cidades do Maranhão e do Ceará, os agentes encontraram um celular dentro da caixa de um vaso sanitário, numa tentativa de destruir provas. O aparelho foi apreendido e passará por perícia.

No Maranhão, a ofensiva se concentrou em Estreito, Imperatriz, Santa Inês, Pindaré-Mirim, Itapecuru-Mirim, São José de Ribamar e Timon. Em Fortaleza (CE), também foram cumpridos mandados. Somando as duas fases desta semana, já são 94 ordens judiciais executadas.

Segundo a PF, a organização criminosa manipulava licitações em prefeituras para desviar recursos da educação, com parte do dinheiro sendo repassado a servidores públicos. Até agora, foram apreendidos cerca de R$ 2,5 milhões em espécie, além de cheques, veículos e documentos considerados relevantes para a investigação.

A primeira etapa da operação atingiu em cheio o clã político-familiar liderado pelo ex-prefeito e atual secretário estadual Fábio Gentil. Ele, a filha e deputada federal Amanda Gentil, a namorada e deputada estadual Daniella Gentil e o gabinete do atual prefeito de Caxias, Gentil Neto, foram alvos dos agentes.

Marrapá