A rosa vermelha da Venezuela se despede


Emerson Araújo 

A boa palavra
Não traduz o dia em lágrima
Que está aqui.

Os jardins não dispersos
Na chuva travada
Dão o tom da rua em cantoria
Na neblina pouca
Do comandante amado
Que agora morto
Puxa os irmãos da nação nova
Para a sigla da crença libertária
Da festa de todos
Nas outras nações, logo.

Mas o comandante dos atos fortes
Na defesa dos miseráveis
É, sem dúvidas, a rosa vermelha de Caracas
No dia em lágrima do amado
Amor maior da grande Venezuela
Que se despede
Deixando o legado
De Bolívar laureado.

(In Címbalos, Lutas e Olhares - 2015)