247 – "Lula não tem poupado esforços para se aproximar dos militares. Pessoas próximas ao petista relatam que interlocutores do ex-presidente com trânsito na caserna têm procurado nomes de alta patente para se aproximarem de Lula. O foco são integrantes das Forças Armadas da ativa que não concordam com ações do governo Bolsonaro, como as pregações contra o Supremo Tribunal Federal e os ataques à urna eletrônica, sempre feitos sem prova de fraude", informa a jornalista Bela Megale, do Globo, em sua coluna deste sábado.
"O foco das conversas é amenizar resistências a Lula com argumentos de que, em seus dois mandatos como presidente, não houve problemas com as Forças Armadas e que, numa eventual vitória sua em 2022, as relações continuariam pacíficas", prossegue.
"Nesta semana, o ex-presidente silenciou sobre a matéria do 'Estadão' que revelou que o ministro da Defesa, Braga Netto, enviou uma ameaça para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por meio de um interlocutor, avisando que, sem o voto impresso, não haveria eleições no ano que vem. A postura de Lula foi vista por aliados como um gesto para não se indispor com os militares", diz ainda a jornalista.