Eu fui criticada com piadinha, memes, me chamaram de cobaia. Eu não sou cobaia, sou participante de pesquisa e tô muito orgulhosa. Meu nome tá aí no mundo todo, 54 anos, negra, brasileira e participante de vacina. Vamos nos vacinar. Não tenham medo“, disse Monica Calazans, logo após ser imunizada com a primeira dose da vacina Coronavac.
Mulher negra, torcedora do Corinthians e moradora de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, Monica Calazans trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Com obesidade, hipertensão e diabetes, ela faz parte do grupo de risco.
Com seu uso emergencial autorizado na tarde deste domingo pela Anvisa, a Coronavac tem uma eficácia global de 50,38%, subindo para 78% para leves e, embora isso ainda precise de confirmação, aparentes 100% para moderados e graves.
Nesta segunda, o governo paulista começa a distribuir doses, seringas e agulhas para imunizar trabalhadores de saúde de seis hospitais do estado. HC (Hospital das Clínicas) da capital e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).