Governo Caiado: blogueiros investigados alegam perseguição política e censura

Ronado Caiado
Donos de blogs e sites, em Goiás, investigados pela Polícia Civil na Operação Sofisma, deflagrada na quinta-feira (23), se manifestaram e afirmaram que estão sendo vítimas de intimidação e perseguição política. Os três veículos investigados, Goiás 24Horas, Blog Cleuber Carlos e Canal Gama, possuem linha editorial crítica ao governo estadual e justificam que por isso estão sendo retaliados. 

A Operação Sofisma investiga a suposta irregularidade no anúncio de campanhas publicitárias do governo passado nesses sites. As investigações apontam um suposto superfaturamento. Os proprietários dos três sites afirmam que os serviços foram prestados dentro do que manda a lei e que seus veículos possuem audiência comprovada e compatível com os contratos firmados.

O radialista Cleuber Carlos, responsável pelo blog que leva o nome dele, afirmou, em nota, que a operação deflagrada hoje é uma “perseguição que Ronaldo Caiado realiza contra Marconi e seus aliados para tentar justificar a sua incompetência”. Segundo o radialista, ele não teria sido intimado a prestar esclarecimentos, mas disse ser inocente e que está à disposição para relatar seu lado dos fatos. 

“Quem não deve não teme, mas não vou fazer o jogo dos que estão fazendo serviço sujo e confrontar a autoridade policial, em respeito a instituição que é composta em sua maioria de pessoas sérias e idôneas, que indignadas, me aconselham a ter calma e sabedoria”, completa Cleuber. 

O radialista Luiz Gama, do site Canal Gama, também se defende alegando “perseguição política” e afirma que “não será intimidado”. Ele afirma que que conduz um portal de notícias com credibilidade”. Em nota, o comunicador destaca que o seu canal recebe mídias também do governo federal e de prefeituras, além do governo do Estado, e nega qualquer “superfaturamento”. “Nossa tabela de preços é a mesma para qualquer tipo de anúncio público”, frisou,

Editor do Goiás 24 Horas, o jornalista Cristiano Silva também nega qualquer tipo de favorecimento envolvendo contratos com publicidades. “Foi mandada a tabela de preços, a agência de publicidade viu se tinha capacidade ou não. Pediu as certidões, as certidões foram oferecidas e aí foi veiculada a campanha”, alega. Para o jornalista, trata-se de perseguição política e tentativa de intimidação. 

Em nota Cristiano Silva afirmou que que atua dentro da legalidade e não tem envolvimento algum com qualquer tipo de irregularidade. Por isso mesmo, está à disposição para prestar esclarecimentos eventualmente requeridos pelas autoridades. Ele assinalou que o veículo de comunicação que dirige contabiliza milhões de acesso e manifestou sua crença na liberdade de imprensa, pilar do regime democrático. “Refuto qualquer tipo de intimidação ao exercício do jornalismo livre e fundamentado nos preceitos constitucionais”, concluiu.

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