Por Emerson Araújo
Tenho me mantido distante das palavras neste tempo de nervosismo eleitoral e de ameaça clara à democracia e ao estado de direito em que parte da população brasileira quer nos ofertar como castigo a égide da mentira e do "fake".
Até mesmo pastores evangélicos a quem eu tinha enorme consideração e respeito foram ficando pelo meio do caminho ao aceitarem a agenda política dos mercenários e mercadores da fé tão combatidos anteriormente nos cultos e púlpitos de inúmeras denominações evangélicas que enchem de ponta a ponta o país. É como disse um evangélico amigo: - meu irmão, o que estão ensinando nos seminários de formação pastoral? Intolerância? Falta de amor ao próximo? Violência contra o outro? Fascismo? Mentira? "Fake"? E aí me fez lembrar do Livro de Judas no Novo Testamento: "Ai deles! porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré." (Judas 1:11), porém parece determinante de quem vivemos na égide da banalidade espiritual onde homens antes(bispos, pastores, obreiros) se tornaram ratos depois para implementarem as suas vontades carnais.
Mas não quero falar dos ratos, quero falar de homens que ainda encontramos por aí na sua missão pastoral de entender que o mundo é diversificado e que o livre arbítrio pregado por Cristo não pode ser visto apenas como uma mera intenção de pregadores exaltados em suas línguas estranhas, línguas demoníacas. Quero falar de homens que mesmo diante de tantas limitações conseguem/conseguiram referendar o amor, afastando o ódio que é alimentador de satanás e seus asseclas.
Prefiro falar de homens que, na sua mais tenra limitação, ainda exalam/exalaram amor e misericórdia, convivência cristã do melhor quilate diante das contradições que costumam arrotar ao abrirem suas bocas imundas e declamarem Spurgeon, Luther King, Calvino e Lutero, sem viver na práxis aquilo que estes heróis da fé colocaram como missão na defesa do amor ao outro, na tolerância aos diversos.
Quero sim falar de homens que nem cristãos foram ou são, mas que pelas suas ações cotidianas e pelos seus gestos a favor da vida e da paz merecem um galardão de Deus. Estes são os homens de vida solidária e não são os ratos que tentam empurrar o próximo para os porões do sofrimento e da dor.
Mas finalizo sobre homens e ratos, os ratos são aqueles que Judas na inspiração do espírito de Deus vaticina:"Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse". Judas 1:16.
Quanto aos homens cristãos ou não-cristãos esperamos a certeza de sermos felizes de novo, neste próximo domingo(28), para celebramos a vitória do amor sobre o ódio num culto de verdadeiro louvor a Cristo, o Deus da tolerância e da paz.
Quanto aos homens cristãos ou não-cristãos esperamos a certeza de sermos felizes de novo, neste próximo domingo(28), para celebramos a vitória do amor sobre o ódio num culto de verdadeiro louvor a Cristo, o Deus da tolerância e da paz.
Emerson Araújo é jornalista e cristão.