"Cogito, ergo sum"

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Por João Batista De Andrade

Estamos no rumo da decisão que pode levar o Brasil à violência e à arbitrariedade ou que pode, segundo pensamos, nos conduzir com serenidade para manter as nossas conquistas e buscar soluções adequadas para nos conservar desenvolvidos. Falo do segundo turno da eleição presidencial. Travamos uma luta com adversários pouco éticos e sem nenhum escrúpulo: a eles interessa a vitória a qualquer preço e sob o pálio da cizânia.

A obscuridade deixou turva a visão e a consciência de muitos brasileiros. A velha tática nazista de repetir uma mentira – aqui criada em laboratório e financiada por “gente de bem” - milhares de vezes até que, mais cedo ou mais tarde, se torne um mantra induvidoso.

Em direito, em condições de igualdade das partes, o falso há de perecer, mas no campo da política, a liberdade de escolha é garantida por lei, mas o “sistema” permite a esculhambação entre candidatos, em especial tolera a mentira, a mesquinhez, a cretinice, as afirmações desprovidas de qualquer cor ética, porque o que vale mesmo é o voto na urna. 

Assim, contudo, não deve ser. É imperioso que mudemos a metodologia das campanhas eleitorais. Agora, que a internet se faz de instrumento importante na avaliação de candidatos e na escolha do eleitor, segundo a vontade daqueles, isto é, o candidato possui um público: o cristão evangélico pentecostalista, embora voltado para o fundamentalismo charlatão da fé: Jesus Cristo está presente, mas ninguém faz a vontade Dele, apenas se preocupa com a prosperidade... Os fazendeiros e agropecuaristas ou agronegociantes, outro segmento que um dia lançará o machado (trator) na última árvore, como já lançam fogo no serrado e nas florestas, sob o mísero argumento de desenvolver o país e daí vai a outras dezenas de eleitores-público. 

Nem falarei dos partidos políticos, porque estes existem bem mais que marcas de queijo, e já nos cansa demais Eymael, Levi Fidélix e nanicos no mais amplo sentido que a inteligência alcançar. Quem são vocês, asnos da democracia? (Com todo respeito aos animais desta estirpe). Vendilhões de siglas, escoram-se nos corredores da discórdia para obterem lucro fácil, negociando cargos, votos, dinheiro, favores, e oxalá: as cadeiras do corpo.

Nas redes sociais não se vê uma única pessoa que saiba desconstruir, com razoável argumento, uma ideia ou mesmo um ou outro projeto político. O que aparece é a violência verbal, o ódio depauperado, o mau gosto das ironias, enredo específico de quem não tem serenidade, seriedade nem ética como valores. E o pior: falam de Deus... Ah, são todos cristãos, mas a Igreja de minha vila vive vazia... Não era para estar cheia?

Enfim, há peleja... e por isso: esperança! 

Para a Prof.ª. Conceição. 

João Batista De Andrade é advogado. Natural de Tuntum - Maranhão.