A cidade perde mais um de seus filhos e nós perdemos mais um amigo: Paulo Borges.
Ele era do tempo em que a cidade era povoado de Presidente Dutra e ainda havia currais por todos os lados.
O povo era dado à labuta na agricultura, e apenas poucos tinham atividade mercantil. Carros de passeio não havia nenhum, e quando muito, um Jeep ou outro, mas Chevrolet(o velho Cheba) sim, alguns rodavam pela cidade para carregar a produção agrícola da meia dúzia, se muito, dos comerciantes de maior potência: Gerardo Uruçu, Paulo Andrade, Alípio Coelho, Antônio Joaquim, Manoel Borges ou mesmo os couros e o babaçu de Manoel Valente.
Paulo Borges, homem simples, mas de grandeza ímpar, viveu para os seus e agora nos deixa tristes porque a partida sempre dói. A cidade ficou menor e sentiremos sua falta, mas nos conforta saber que viveu com honra e dignidade, aliás, uma característica de uma grande família, que tem como tronco o saudoso Manoel Borges.
Por João Batista Rodrigues DE Andrade é advogado.