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A Polícia Civil do Maranhão desbaratou uma quadrilha especializada em roubo de veículos de luxo em São Luís. Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Buchecha” e “Jhonatan Boy” foram detidos na última quarta-feira (15) pela equipe de captura da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), em posse de uma caminhonete branca.
Segundo o delegado Fernando Guedes, adjunto da DRFV, a quadrilha já vinha sendo monitorada pela polícia por venda de veículos, produto de furtos e roubo, além de alguns casos de clonagem de veículos. “Os envolvidos anunciavam as vendas dos carros por um valor abaixo de mercado para os veículos de luxo. No ato da compra era exigido o pagamento com a promessa que em um outro momento seriam entregues os boletos do resto do financiamento e as devidas procurações dos veículos, o que nunca acontecia. Ao constatarem o golpe, as vítimas procuravam a polícia e a partir daí começavam as investigações que identificaram que os veículos tinham seus sinais adulterados ou eram encontrados indícios que os mesmos eram produto de furto ou roubo”, explica Guedes.
“O inquérito foi aberto e chegamos a prisão em flagrante de Jhonatan Boy e do Buchecha, além da identificação de um terceiro envolvido que não pôde ser preso em flagrante, mas que prestou depoimento, ainda podendo ser indiciado ao final do inquérito”, completou o delegado.
Além do veículo apreendido com os dois suspeitos, as equipes da DRFV também identificaram que um dos suspeitos portava um colete de uso exclusivo da Polícia Militar do Maranhão, pertencente ao coronel Reinaldo Elias Francalanci, ex-membro do gabinete militar do governo em gestões anteriores.
Em depoimento prestado na manhã desta quinta-feira (16), na sede da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, o militar alegou ter feito negócio de um outro veículo com os acusados e que teria esquecido o colete no interior desse veículo.
“O coronel foi procurado e prestou depoimento explicando as circunstâncias que fizeram o colete chegar às mãos dos acusados. Agora nós passamos para o aprofundamento das investigações que identificarão se o coronel tem ligação ou não com a quadrilha”, explicou o delegado.
O Golpe
Os envolvidos anunciavam as vendas dos carros como financiados, cobrando valor abaixo de mercado para os veículos de luxo. No ato da compra era exigido o pagamento do valor total da negociação e a outra metade seria cobrada com a entrega dos boletos do financiamento, a documentação e as procurações necessárias para a transferência dos veículos para o nome do comprador, o que não acontecia. Ao constatarem o golpe, as vítimas procuravam a polícia, que iniciou as investigações e constatou que os veículos tinham sinais adulterados ou eram produto de furto ou roubo.
Governo do Maranhão