Entre e perdas e ganhos

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Por Emerson Araújo

Sei que não sou bom de crônica, mas não dispenso a frase límpida, as vezes carregada de sentimentos pueris,  as vezes nem tanto. Mas sei que a vida segue entre perdas e ganhos e, quem sabe,  secos e molhados, mas segue, única verdade real de todos os fatos.

Ponderações a parte, paro, agora, para fazer uma breve retrospectiva deste ano findo que se vai/esvai, desta semana do natal que se foi a meia noite de ontem sob o canto infantil das crianças no culto da 2ª ICE de Tuntum que me fizeram viajar para as perdas e ganhos que tento resenhar. Primeiro rememorizo sobre a perda brutal do meu irmão Antonio Fernando(Barão), tão moço para brigar com a morte e perder esta guerra inexprimível de lágrimas e chateações com tantas coisas. A dor da perda ainda persiste volta e meia e com a mesma intensidade da partida do meu pai, o mestre Hiran Silva, suas boas heranças e sua abnegação cotidiana pelos filhos e filhas. A saudade  doi e corroi a gente nos dias de festa. Sem narrar outras perdas inumeráveis que os usurpadores e seus aliados nos impuseram temporariamente. Estas, sem dúvidas, serão passageiras para o bem do povo nordestino, maranhense como um todo.

Mas o ano que se  finda não foi somente de perdas, os ganhos vieram definitivos nos primeiros ensaios de aprendizado escolar de Lorena, minha caçula, oferta generosa de Deus em minha vida quase sexagenária, nos primeiros passos de Pedro Lucas e, até mesmo,  na aproximação tímida de Davi, netos amados, presentes inomináveis do criador do universo. 

Contabilizando perdas e ganhos neste emblemático 2016, os ganhos foram substanciais e, ao apagar das suas últimas luzes, surge Maria Eloah, primeira neta, que envolta na manta artística de Mônica Almeida, a companheira amada/exemplar que tem suportado as minhas mais profundas contradições, consolida mais um ganho, que ao longo destes dias, vai curando a dor da saudade em asa de pensamento como dissera o poeta.