Através das redes sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), avaliou como grave a situação das finanças dos estados; para ele, o congelamento dos gastos por 20 anos cria uma situação insustentável para os governadores: ”Crise das finanças públicas estaduais é grave. Se a economia não voltar a crescer, não sobrará ninguém. E teremos muitos conflitos sociais”; ainda segundo o governador, o colapso nas finanças estaduais é bem pior do que a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, “Que já é bem ruim”
Por Portal Vermelho - Por meio das redes sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), classificou como grave a crise das finanças dos estados e reforçou que o arrocho nas contas, proposto pelo governo de Michel Temer com a PEC dos gastos – que impõe o congelamento dos investimentos por 20 anos –, cria uma situação de insustentabilidade para os governadores.
“Crise das finanças públicas estaduais é grave. Se a economia não voltar a crescer, não sobrará ninguém. E teremos muitos conflitos sociais”, afirmou o governador maranhense.
E segue: “Difícil conseguir coesão social para ‘medidas de ajuste’ se não houver ‘ajuste’ também sobre mais ricos, por exemplo, capital financeiro e rentistas”.
O colapso nas contas dos governos estaduais tem afetado principalmente o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que são os estados com maior endividamento.
No Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, por exemplo, a queda nas receitas já compromete as despesas mais básicas. Atrasos nos pagamentos dos salários dos servidores e outros repasses viraram rotina.
Esse quadro compromete a tão prometida retomada do crescimento feita do Temer. Os governadores tentam uma solução emergencial para garantir o mínimo de receitas, entre as quais a ampliação da margem de endividamento dos estados com a União.
Segundo Flávio Dino, o colapso nas finanças estaduais é bem pior do que a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. “Que já é bem ruim”, enfatizou.
Ele finaliza apontando certa apatia diante desse quadro dramático. “Questão é que os mais poderosos parecem fazer mais barulho. Por exemplo, criam logo um ‘pato amarelo’ e um ‘impostômetro’ para se defender”, salientou ele, referindo-se ao movimento feito pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) durante o processo de impeachment para insuflar o golpe.