"Só voltarei se houver uma mudança completa na executiva. Isso não significa jogar suspeição sobre os companheiros que estão lá. Mas precisamos compreender que fomos derrotados e temos que mudar", disse Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, ao colunista Bernardo Mello Franco; "Não acho que o PT vá definhar ou desaparecer. Mas precisamos fazer uma revolução democrática. Estamos numa curva histórica", afirma
247 – Em entrevista ao colunista Bernardo Mello Franco, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro falou sobre a derrota do PT nas eleições municipais e deu um ultimato à direção do partido.
"O PT sofreu um isolamento na sociedade, e isso foi bem explorado pelos adversários. É hora de lamber as feridas. O partido errou e tem que compreender que a reação foi a redução drástica de sua votação", diz ele.
Tarso afirmou que não participará mais de reuniões internas, enquanto a direção atual não se afastar. "Só voltarei se houver uma mudança completa na executiva. Isso não significa jogar suspeição sobre os companheiros que estão lá. Mas precisamos compreender que fomos derrotados e temos que mudar."
Em outro ponto, ele criticou a ida de Lula para a presidência do PT. "Acho que o Lula não quer e não deve ser presidente do PT. Ele é uma liderança maior que o partido, tem que ficar solto", diz.