Por causa dos ataques a locais de votação em cidades do Maranhão, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o governo federal pode deslocar militares que estão no Pará e no Piauí para reforçar a segurança das eleições no estado; Jungmann e o presidente do TSE, Gilmar Mendes, estiveram em São Luís e se reuniram com o governador do Maranhão, Flávio Dino, e outras autoridades
Da Agência Brasil
Por causa dos ataques a locais de votação em cidades do Maranhão, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse hoje (1) que o governo federal pode deslocar militares que estão no Pará e no Piauí para reforçar a segurança das eleições no estado. Jungmann e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, estiveram hoje em São Luís e se reuniram com o governador do Maranhão, Flávio Dino, e outras autoridades.
"A pedido do TSE estamos com efetivo de cerca de 1,3 mil militares aqui no Maranhão. Temos força reserva que pode ser deslocada se necessário. Assim, asseguro que as eleições ocorrerão com tranquilidade", disse Jungmann, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Defesa.
Gilmar Mendes disse que a Justiça Eleitoral conta com as Forças Armadas para garantir o bom andamento das eleições de amanhã (2) no Maranhão e em todo o país. "Estamos aqui para dizer que as eleições ocorrerão normais aqui em São Luís, como nos demais estados. As Forças Armadas estão aí para dar resposta, se for necessário." A pedido do TSE, cerca de 25 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica irão atuar em 488 localidades de 16 estados.
Ataques
Pelo menos três escolas onde haveria votação neste domingo no Maranhão sofreram ações de bandidos na madrugada de hoje. O vandalismo ocorreu em seções eleitorais na região metropolitana de São Luís e em São José de Ribamar.
Duas escolas foram incendiadas e uma delas sofreu danos, com a queima de material didático e de expediente. As urnas que serão utilizadas nas eleições não estavam no local durante os crimes.
O governador do estado, Flávio Dino, informou que 23 líderes dos ataques, que davam ordens de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, foram identificados e transferidos para outras unidades prisionais.
De acordo com o ministro Raul Jungmann, a pedido do presidente Michel Temer, na próxima semana, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, convocará uma ampla reunião com diversos setores do governo federal para tratar de questões referentes à segurança pública no país.