LOBÃO SERÁ TESTEMUNHA DE DEFESA DE CUNHA

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O senador Edson Lobão será ouvido no próximo dia 20 pelos ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), como testemunha de defesa do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de mentir na CPI da Petrobras ao negar ter contas no exterior; o procurador geral da República Rodrigo Janot confirmou que o parlamentar possui contas na Suíça; são necessários 257 votos para que seja aprovado o parecer do Conselho de Ética que pede a cassação do mandato de Cunha

247 com Blog Marrapá - O senador Edson Lobão será ouvido no próximo dia 20 pelos ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), como testemunha de defesa do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de mentir na CPI da Petrobras ao negar ter contas no exterior. O procurador geral da República Rodrigo Janot confirmou que o parlamentar possui contas na Suíça. São necessários 257 votos para que seja aprovado o parecer do Conselho de Ética que pede a cassação do mandato de Cunha.

Além de Lobão, serão ouvidos ainda neste mês o ministro do Esporte, Leonardo Picciani; e o candidato a vice-prefeito na chapa do petista Fernando Haddad, Gabriel Chalita (PDT). O STF começou a ouvir testemunhas na ação penal na qual Cunha é réu no final de agosto. Ao todo, o Supremo ouvirá 26 testemunhas arroladas pela defesa do deputado afastado, sendo 13 parlamentares. 

Em março deste ano, Cunha passou a ser réu na primeira ação penal no STF originada das investigações da Operação Lava Jato, pois no dia 3 daquele mês, Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu, por 10 votos a 0, a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Eduardo Cunha por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O peemedebista é acusado de exigir e receber ao menos US$ 5 milhões em propina de um contrato do estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras. 

Em junho, Cunha se tornou réu pela segunda vez. A segunda denúncia apontou que o parlamentar recebeu propina no exterior na compra, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África. Fechado em 2011, o negócio teria custado R$ 138 milhões à estatal e rendido propina de R$ 5,2 milhões para o peemedebista.

Além das acusações de negociar propina por meio de um contrato do estaleiro, do campo petrolífero no continente africano e de mentir na CPI da Petrobras, Cunha enfrenta uma terceira acusação. Um dos delatores da 'Lava Jato', o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, afirmou que as empresas ligadas à construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, teriam que pagar R$ 52 milhões em propinas [cerca de ou 1,5% do valor total dos Certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac)] a Cunha (veja aqui).

O peemedebista negou irregularidades.